Mauro Iasi
Mauro Luís Iasi (São Paulo, 10 de fevereiro de 1960) é um pesquisador, historiador, sociólogo, político e professor universitário brasileiro, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).[1] É também poeta com diversos poemas publicados, incluindo uma coletânea deles intitulada Meta amor fases.[2][3][4][5]
Mauro Iasi | |
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Político(a) de Brasil | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Mauro Luís Iasi |
Nascimento | 10 de fevereiro de 1960 (64 anos) São Paulo, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Partido | PCB (1979-1980) PT (1980-2004) PCB (2004-presente) |
Profissão | professor universitário |
Website | mauroiasi.com.br |
Carreira acadêmica
editarFormou-se em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1983, obtendo mestrado em 1999 e doutorado em 2004, ambos pela Universidade de São Paulo (USP).[6] Atualmente é professor adjunto da escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro.[7][8] Como também já foi presidente da Associação dos Docentes da UFRJ (AdUFRJ), entre 2011 e 2013.[7][9]
Anteriormente foi professor da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e professor titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).[10]
É pesquisador de tópicos como ideologia, consciência de classe, classes sociais, processos políticos, partidos, educação popular e teoria do Estado.[7] Dentre esses, destaca-se o tema da consciência, sobre o qual já lançou os livros O Dilema de Hamlet, o ser e o não ser da consciência, Ensaios sobre consciência e emancipação e As metamorfoses da consciência de classe: o PT entre a negação e o consentimento.[10][11][12]
Além disso, Mauro Iasi é educador popular do NEP (Núcleo de Educação Popular) 13 de maio.[13] [14]
Carreira política
editarDurante a juventude, participou do grupo Liberdade e União para o Teatro Amador (LUTA), o qual apresentava peças censuradas pela Ditadura Militar brasileira na década de 1970, cujo conteúdo era de contestação política.[15] Militou ainda no movimento estudantil brasileiro e docente organizado.[15][16] Em 1979 filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB),[9] porém, deixou o partido por concordar com as divergências que motivaram a saída de Luís Carlos Prestes em 1980.[17] Na década seguinte, envolveu-se nas greves da região do ABC Paulista, consequentemente, também da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual permaneceu filiado até o ano de 2004, saindo por discordar da prioridade dada à governabilidade.[8][17] Nesse mesmo ano, retornou ao PCB,[16][9] de cujo Comitê Central é membro.[5]
Em 2006, foi candidato a vice-governador do Estado de São Paulo na chapa com Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), ficando com cerca de 2,5% dos votos.[8][16]
Foi candidato de seu partido à presidência do Brasil na eleição de 2014.[6][18] Em sua candidatura presidencial, suas propostas incluem "imediata reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção”, "desoneração da renda do trabalhador e o aumento da tributação de grandes fortunas e patrimônios", “garantia do direito ao aborto”, "estatização dos transportes coletivos para implementar tarifa zero", Universidade Popular de acesso universal ao ensino e de uma formação crítica, "radicalização da democracia direta, o Poder Popular".[9][6][19] Posicionou-se contra a restrição posta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o retrocesso promovido pelo Plano Nacional de Educação (PNE), a perversidade do Presidencialismo de Coalizão, a polícia militarizada (Polícia Militar), as discriminações por cor, gênero, orientação sexual e nacionalidade, a criminalização de usuários das atuais drogas ilícitas, de movimentos sociais e da pobreza, e reforma da maioridade penal,[20][6][21][22] além do capitalismo e do imperialismo.[5][23] Ainda apontou a corrupção como endemia do capitalismo.[24] Obteve por fim, 47.845 votos (0,05% dos votos válidos), melhorando a marca da candidatura do PCB em 2010.
Desempenho em eleições
editarAno | Eleição | Coligação | Partido | Candidato a | Votos | Resultado |
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2006 | Estaduais em SP | Frente de Esquerda por São Paulo (PSOL, PCB, PSTU) | PCB | Vice-governador | 532.470 (2,49%) | Não eleito |
2014 | Presidencial | sem coligação | PCB | Presidente | 47.845 (0,05%) | Não eleito[25] |
Obras
editar- O dilema de Hamlet: o ser e o não ser da consciência (Boitempo, 2002)
- As metamorfoses da consciência de classe: o PT entre a negação e o consentimento (Expressão Popular, 2006)
- Ensaios sobre consciência e emancipação (Expressão Popular, 2007)
- Meta amor fases (Expressão Popular, 2008)
- Política, Estado e Ideologia (Instituto Caio Prado Jr., 2017)
Ver também
editarReferências
- ↑ «Conheça o candidato à Presidência Mauro Iasi (PCB)». R7.com. 17 de julho de 2014. Consultado em 2 de março de 2020
- ↑ Editora Expressão Popular. «Meta amor fases». Consultado em 2 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ «Recanto das Letras». Consultado em 2 de Outubro de 2014
- ↑ Algo a Dizer. «Dissidência ou a arte de dissidiar». Consultado em 2 de Outubro de 2014
- ↑ a b c Diário Liberdade. «Mauro Iasi: 'Junho é a materialização do Bloco Revolucionário do Proletariado'». PCB. Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ a b c d Vitor Abdala (22 de setembro de 2014). «Mauro Iasi propõe controle estatal em setores estratégicos». Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ a b c Coletivo Cultura Verde (16 de julho de 2013). «CULTURA VERDE ENTREVISTA – MAURO IASI (PROFESSOR DA UFRJ)». Consultado em 2 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ a b c Iolando Lourenço (16 de julho de 2014). «Mauro Iasi, do PCB, defende programa anticapitalista com revolução socialista». Agência Brasil. Consultado em 2 de Outubro de 2014
- ↑ a b c d G1. «MAURO IASI, PCB»
- ↑ a b «Mauro Iasi: O dilema de Hamlet». Consultado em 2 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 28 de junho de 2014
- ↑ «Ensaios sobre consciência e emancipação». Consultado em 2 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ www.espacoacademico.com.br. «IASI, Mauro Luis. As metamorfoses da consciência de classe: o PT entre a negação e o consentimento. Editora Expressão Popular, São Paulo, 594 paginas». Consultado em 2 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ Pinheiro, Milton (25 de agosto de 2021). «Entrevista do Momento: Mauro Iasi». PCB - Partido Comunista Brasileiro. Consultado em 14 de julho de 2024
- ↑ Silva, Cyntia de Oliveira e (2008). O resgate da trajetória histórico-política do 13 de Maio NEP - Núcleo de Educação Popular (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina. Consultado em 14 de julho de 2024
- ↑ a b Zero Hora (4 de agosto de 2014). «A trajetória de Mauro Iasi em três momentos». Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ a b c R7 (17 de julho de 2014). «Conheça o candidato à Presidência Mauro Iasi (PCB)»
- ↑ a b Fania Rodrigues. «Entrevista com Mauro Iasi: a alternativa do PCB». Revista Caros Amigos. Editora Caros Amigos. Consultado em 14 de Outubro de 2014
- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/especial/2014/eleicoes/candidatos/presidente/mauro-iasi-21.shtml
- ↑ DiariodePernambuco.com.br. «Na Bahia, Mauro Iasi defende Universidade Popular». Boa Informação. Consultado em 3 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ LeiaJá (25 de setembro de 2014). «Conheça as 10 principais propostas de Mauro Iasi». iG. Consultado em 3 de Outubro de 2014. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014
- ↑ Tonico Ferreira (6 de setembro de 2014). «Mauro Iasi é entrevistado no Jornal da Globo». Jornal da Globo. Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ Vladimir Platonow, Agência Brasil (27 de setembro de 2014). «Mauro Iasi diz que desmilitarização da PM pode evitar corrupção». Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ Gabriel Brito e Valéria Nader. «Mauro Iasi: "A verdadeira tarefa da esquerda vem depois das eleições: construir a alternativa ao bloco dominante"». ODiario.info. Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ Gabriela Salcedo e Dyelle Menezes (2 de outubro de 2014). «A corrupção é endêmica ao capitalismo, afirma Mauro Iasi». Contas Abertas. Consultado em 3 de Outubro de 2014
- ↑ http://eleicoes.folha.uol.com.br/2014/1turno/presidente/br.shtml