Mediunidade

pessoa detentora da faculdade de comunicar-se com o mundo dos espíritos
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Mediunidade, ou canalização, é a prática de supostamente mediar a comunicação entre os espíritos dos mortos e pessoas vivas. Os praticantes são conhecidos como "médiuns".[1][2] Entre as formas mais conhecidas de mediunidade estão o transe, as mesas girantes e o tabuleiro ouija.

A médium Eva Carrière com estrutura ectoplasmática (materialização) na cabeça. Fotografia tirada em 1912 pelo pesquisador parapsicológico alemão Albert von Schrenck-Notzing (1862 – 1929).

Apesar de ser uma crença disseminada pela maioria das sociedades ao longo da história humana, foi a partir do século XIX que a mediunidade começou a ser um objeto de intensa investigação científica. Investigações durante este período revelaram grande número de fraudes, com alguns praticantes empregando técnicas conhecidas de ilusionismo, e a prática começou a perder credibilidade.[3][4] Apesar de grande parte da comunidade científica considerar fenômenos mediúnicos como inexistentes, e de inúmeras revelações de fraudes por parte dos alegados médiuns, a prática ainda é popular ao redor do mundo.[5]

Espiritualistas alegam que quando espíritos desejam comunicar-se, podem entrar em contato com a mente do médium ativo, e, assim, se comunicar por várias formas, como oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se fazendo visível ao médium (vidência). Também afirmam existir a mediunidade de psicometria, que consiste em um médium ler impressões e recordações pelo contato com objetos comuns; e a mediunidade de cura, que se refere ao alegado poder de curar ou aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece.

Objeto de estudo da pseudociência da parapsicologia, o consenso científico atual não suporta as alegações deste e de outros supostos fenômenos paranormais.[6]

Outras designações editar

 
Uma médium (Thai Moa Fa Phi Song) em Si Songkhram, província de Nakhon Phanom, na Tailândia.

Enquanto no meio espírita utiliza-se a palavra médium para designar o indivíduo que serve de instrumento de comunicação entre os espíritos encarnados e espíritos desencarnados, outras doutrinas e correntes filosóficas utilizam termos como clarividente, intuitivo, sensitivo. No entanto, o significado desses termos pode ser considerado por alguns com o mesmo significado, porém cada um pode ser distinguido como uma faculdade mediúnica diferente.

Médium seria aquele que serve de elo com o mundo espiritual, e serviria como um "meio" para que o espírito se manifeste no mundo material.

Clarividente seria aquele com capacidade de enxergar o plano espiritual.

Intuitivo seria aquele com capacidade de sentir a cadeia dos acontecimentos e assim prevê-los, bem como o sensitivo que também se adequaria a esta faculdade.

Kardec definiu no capítulo XIV de O Livro dos Médiuns as diversas faculdades mediúnicas, de acordo com o que julgou oportuno.

Representações notórias de médiuns no cinema e na TV editar

Ver também editar

Notas e referências

  1. Webster M. Webster's Comprehensive Dictionary of the English Language. Naples: Trident Press International; 1996.
  2. Carroll, Bret E. (1997). Spiritualism in Antebellum America. (Religion in North America.). [S.l.]: Bloomington: Indiana University Press. 248 páginas. ISBN 0-253-33315-6 
  3. Brandon, Ruth (1983). The Spiritualists: The Passion for the Occult in the Nineteenth and Twentieth Centuries. [S.l.]: Alfred E. Knopf. ISBN 978-0-394-52740-6 
  4. Christopher, Milbourne (1979). Search for the Soul. [S.l.]: T. Y. Crowell. ISBN 978-0-690-01760-1 
  5. Terence Hines. (2003). Pseudoscience and the Paranormal. Prometheus Books. ISBN 978-1-57392-979-0
  6. Goode, 2013

Bibliografia editar

Ligações externas editar