Nota: Para outros significados, veja Melão (desambiguação).

Melão (Cucumis melo L.) é uma fruta provavelmente nativa do Oriente Médio. Existem inúmeras variedades cultivadas em regiões semiáridas de todo o mundo, todas apresentando frutos mais ou menos esféricos, com casca espessa e polpa carnosa e suculenta, com muitas sementes achatadas no centro. A cor e a textura da casca, bem como a cor e o sabor de sua polpa, variam de acordo com o cultivar.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMelão

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Género: Cucumis
Espécie: C. melo
Nome binomial
Cucumis melo
L.
Sementes de melão

A abundância de água em seu interior e o sabor suave tornam o melão uma fruta muito apreciada na forma de refrescos. Suas sementes, tostadas e salgadas, também podem ser consumidas.

Valor nutricional Editar

Qualidades do Melão Editar

O melão é bastante refrescante e por esse motivo indicado para os meses de calor. Contém quantidades razoáveis de Cálcio, Fósforo e Ferro, que contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue. Tem também vitamina A que protege a visão, vitamina C, que age contra infecções e Niacina, que combate problemas de pele. Por conter pectina e fibras solúveis, ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue. Tem alto teor de bioflavonoides, que aumentam a resistência dos vasos sanguíneos e capilares, além de ser útil no fortalecimento do sistema imunológico.

Maduro, o melão é bom como calmante, diurético e laxante. É também recomendado nos casos de gota, reumatismo, artrite, obesidade, colite, prisão de ventre, afeções renais, nefrite, cistite e infecções ginecológicas. Recomendado para regimes de emagrecimento, para diabéticos e hipertensos, pois, além de mineralizante e vitamínico, é pouco calórico. Sua polpa contém papaína, uma enzima excelente para uma boa digestão, pois ajuda na decomposição de proteínas. Além disso, contém peptidase e protease, que também ajudam na digestão dos alimentos.

Rico em fibras, auxilia no esvaziamento dos intestinos e na eliminação de toxinas, sendo muito útil no combate à prisão de ventre. Os de polpa amarela são uma excelente fonte de vitamina A, ajudando na visão; e de vitamina C, que desempenha importante papel no sistema imunológico. As sementes contém aminoácidos como lisina e histidina, sendo usadas em muitos países em substituição de amêndoas e pistaches. Devido à sua alcalinidade, deve ser ingerido antes das refeições. Tem muito potássio, (430 mg em 100g de polpa) sendo útil para as pessoas que eliminam muito potássio: pelo uso de diuréticos, pelo suor (atletas), ou pela perda de líquidos no caso de diarreias. Até a sua casca contém potássio, por isso pode ser usada como adubo.

Produção mundial Editar

País Produção em 2018
(toneladas anuais)
  China 12.727.263
  Turquia 1.753.942
  Irão 1.731.443
  Cazaquistão 893.857
  Estados Unidos 872.080
  Egito 701.071
  Espanha 664.353
  Guatemala 623.405
  Itália 607.970
  México 594.608
  Brasil 581.478
Fonte: Food and Agriculture Organization[1]

Produção no Brasil Editar

Em 2018, o Brasil produziu cerca de 581 mil toneladas de melão, sendo o 11º maior produtor do mundo. O Rio Grande do Norte responde sozinho por cerca de 70% da produção nacional. Outros estados que se destacam são Ceará e Pernambuco. 60% da produção do país é destinada à exportação.  Em 2017 foram exportadas 233,6 mil toneladas, totalizando US$ 163 milhões. Os maiores compradores da fruta brasileira são Inglaterra, Holanda e Espanha. Em 2019 a China passou a aprovar a importação do melão brasileiro, e com isto, a produção e as vendas externas de melão devem ao menos duplicar, já que o país é o maior consumidor do mundo de melão. [2][3][4]

Galeria Editar

Ver também Editar

Referências

  • FRANCO, LELINGTON LOBO - As incríveis 50 frutas com poderes medicinais. ISBN 85-900360-3-0
 
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