O Metro de Teerão foi projetado nos anos 70, tendo sido inaugurado em 2000.[1]

Metrô de Teerão
Informações
Local Teerão
Tipo de transporte Metropolitano
Número de linhas 7
Mapa da Rede

Mohsen Hashemi Rafsanjani, ex-presidente do metro de Teerão em um vagão no metro.

História editar

Os primeiros projetos para a criação de um sistema de metrô em Teerão surgiram no início dos anos 1970. Em junho de 1974 o governo do Irão fez um acordo de cooperação com a França, que incluiu o projeto de uma rede de metrô para Teerão.[2][3] Antes mesmo de o projeto ser iniciado, o Xá havia encomendado os vagões do metrô a empresas francesas durante sua visita a Paris.[4] Somente em dezembro daquele ano as empresas francesas RATP e Sofrerail passaram a projetar a rede de metrô de Teerão.[5] A rede foi apresentada em 1976 e possuía 63 quilômetros de extensão e quatro linhas, com sua primeira linha de 15 quilômetros cortando a cidade de norte a sul. Previa-se que as obras levariam cinco anos para serem realizadas.[6][7] Após o início das obras em 1978, o projeto das quatro linhas [8] era estimado em cinco bilhões de dólares. A crise política do regime do Xá fez com que o projeto fosse paralisado em dezembro de 1978.[9] O contrato de cooperação com a França foi formalmente cancelado após a Revolução Iraniana e o projeto de metrô acabou cancelado.[10] Ao mesmo tempo, o novo governo passou a procurar empresas japonesas e alemãs para continuar o projeto.[11] As obras do metrô foram retomadas apenas em 1985, seguindo lentamente até o final daquela década por conta da Guerra Irã – Iraque.[12]

Em 1991 o governo iraniano negociou um acordo comercial de 1 bilhão de dólares com o Brasil para investimentos em projetos de engenharia, incluindo o metrô.[13] A expectativa era que o consórcio Mafersa-Villares fabricasse os vagões para o metrô de Teerã, financiados pelo BNDES.[14][15][16] A privatização da Mafersa, contudo, fez com que a empresa não conseguisse o contrato.[17] A concorrência para o fornecimento dos 700 vagões acabou vencida por empresas chinesas.[18]


Tabela do sistema editar

Linha Terminais Inauguração Comprimento (km) Estações
1 Mirdamad ↔ Haram-e-Motahar 2005 nd 22
2 Sadegieh ↔ Elm o Sanat University 2006 nd 19
5 Golshahr ↔ Sadegieh 1999 nd 11

Referências

  1. Associated Press (21 de fevereiro de 2000). «After 13 years, Iran's first metro completed». Desert News. Consultado em 10 de julho de 2022 
  2. «Irã-Uma potência emergente». Jornal do Brasil, ano LXXXIV, edição 125, Caderno Especial, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 11 de agosto de 1974. Consultado em 10 de julho de 2022 
  3. Time (10 de maio de 1975). «Barganhando pelo petróleo árabe». Manchete, ano 21, edição 1203, página 115/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  4. «Com o país mergulhado na sua mais grave crise econômica». Diário de Pernambuco, ano 154, edição 37, página A13/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 7 de fevereiro de 1979. Consultado em 10 de julho de 2022 
  5. «Kuwait e Qatar anunciam a nacionalização do petróleo:Acordos». Jornal do Brasil, ano LXXXIV, edição 259, Caderno Especial, página 15/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 23 de dezembro de 1974. Consultado em 10 de julho de 2022 
  6. Irênio de Faro (24 de abril de 1976). «Metrô». Jornal do Commércio (RJ), ano 149, edição 169, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  7. «Irã levará anos para recuperar sua economia». Jornal do Commércio (RJ), ano 152, edição 107, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 7 de fevereiro de 1979. Consultado em 10 de julho de 2022 
  8. Irênio de Faro (4 de agosto de 1978). «Para sua informação». Jornal do Commércio (RJ), ano 151, edição 253, página 24/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  9. «O fim do Eldorado na economia iraniana». Jornal do Brasil, ano LXXXVIII, edição 266, página 14/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 31 de dezembro de 1978. Consultado em 10 de julho de 2022 
  10. «Irã anula contrato nuclear com a França». Jornal do Brasil, ano LXXXIX, edição 2, página /republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 10 de abril de 1979. Consultado em 10 de julho de 2022 
  11. Zózimo (26 de maio de 1979). «Pouco grato». Jornal do Brasil, ano LXXXIX, edição 48, Caderno B, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  12. «Teerã inabitável». Jornal do Brasil , ano XCVIII ,edição 331, página 8/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 9 de março de 1989. Consultado em 10 de julho de 2022 
  13. «Brasil fecha acordos com o Irã». Jornal do Brasil, ano CI, edição 92, Caderno Negócios e Finanças, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 9 de julho de 1991. Consultado em 10 de julho de 2022 
  14. Zózimo (9 de julho de 1991). «Mãos cheias». Jornal do Brasil, ano CI, edição 92, Caderno B, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  15. «Irã vai mesmo contratar a Andrade Gutierrez». Jornal do Commércio (RJ), ano 165, edição 30, Economia e finanças, página 8/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 6 de novembro de 1991. Consultado em 10 de julho de 2022 
  16. Denise Neumann (10 de julho de 1991). «Irã abre negócios ao Brasil». Jornal do Brasil, ano CI, edição 93, Caderno Negócios, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2022 
  17. «Edital da Mafersa em setembro». Jornal do Commércio (RJ), ano 164, edição 258, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 15 de agosto de 1991. Consultado em 10 de julho de 2022 
  18. GARVER, John W. (2006). China and Iran: Ancient Partners in a Post-Imperial World. [S.l.]: University of Washington Press: Seattle. p. 261 

Ligações externas editar

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