Mineração Corumbaense Reunida

A Mineração Corumbaense Reunida ou MCR é uma empresa brasileira do ramo da mineração com sede em Corumbá, Mato Grosso do Sul. É subsidiária integral da J&F Mineração, do Grupo J&F.[1]

MCR
Razão social Mineração Corumbaense Reunida S.A.
Sociedade anônima
Atividade Mineração
Fundação 1974 (50 anos)
Sede Corumbá,  Mato Grosso do Sul
Área(s) servida(s) Brasil Brasil
Proprietário(s) J&F Mineração
Produtos Minério de ferro e manganês

História editar

A empresa foi criada em 1974 para extrair minério do Maciço do Urucum, por meio de uma sociedade entre o empresário Elísio Curvo (51%) e o Grupo Tragtemberg (49%). Inicialmente, realizava a lavra subterrânea de manganês nos morros de Santa Cruz e São Domingos.[2]

No final da década de oitenta, a empresa vendia para um consórcio composto pela paraguaia ACEPAR – Aceros del Paraguay e as argentinas TAMET S/A – Talleres Metalurgicos San Martín, Direción General de Fabricaciones Militares da Argentina, Usina Altos Hornos de Zapla e SOMISA – Sociedade Mista Siderurgia Argentina.[2]

Em 1991, a MCR foi adquirida pela FX Investimentos e Participações Ltda (20%), subsidiária do grupo TVX de propriedade do empresário Eike Batista, em consórcio com a anglo-australiana Rio Tinto (80%), que, inclusive, possuía na cidade a Casa Rio Tinto. [2]

Em 1994, a MCR deixou de lavrar manganês para se concentrar na exploração do minério de ferro. [2]

Foi vendida para a Vale em 2009[3] e para a J&F Mineração em 2022.[1][4][5]

A companhia incorporou a Urucum Mineração em 2011.[6]

Atualmente, a MCR explora duas minas na região: Corumbá e Urucum. De ambas é extraído ferro, com a peculiaridade de que a Mina de Urucum, subterrânea, se destaca pelo alto teor de manganês do seu minério. Esta era uma das duas únicas minas subterrâneas sob responsabilidade da Vale no Brasil.[7][8]

A exploração de minério na região de Corumbá já gerou a necessidade da construção da 21 barragens de rejeitos. Nove delas pertencem à MCR (o restante é de responsabilidade da Vetorial Mineração, que atualmente opera as minas da MMX Mineração.[9]

O maior represamento de rejeitos do estado, Barragem do Gregório, é fruto da atividade da MCR e tem capacidade para armazenar 9,3 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro. Para efeito de comparação, a Barragem do Córrego do Feijão, rompida na Tragédia de Brumadinho, possuía capacidade de armazenamento no montante de 12 milhões de .[10]

Referências

  1. a b «Vale conclui venda do Sistema Centro Oeste à J&F Mineração». Valor Econômico. 15 de julho de 2022. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  2. a b c d Lisandra Pereira Lamoso (2001). «A EXPLORAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO NO BRASIL E NO MATO GROSSO DO SUL» (PDF). USP 
  3. «Vale vai comprar mina de ferro da Rio Tinto em Corumbá». Campo Grande News. Consultado em 18 de junho de 2016 
  4. «Vale confirma venda de ativos do Sistema Centro-Oeste por cerca de US$ 1,2 bilhão». CNN Brasil. 6 de abril de 2022. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  5. «MCR retoma operação no Morro do Urucum». Brasil Mineral. 8 de dezembro de 2022. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  6. «Diário Oficial da União» (PDF) 
  7. «Vale no Mundo | Unidade». mundo.intranetvale.com.br. Consultado em 18 de junho de 2016 
  8. «MCR retoma operação no Morro do Urucum» 
  9. «Após resolução de conselho, MPE abre inquérito contra mineradoras em MS». Campo Grande News. Consultado em 4 de fevereiro de 2019 
  10. «Governo manda fiscalização a barragem de alto risco da Vale em MS - Brasil». Estadão. Consultado em 30 de janeiro de 2019 
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