Minerva

divindade romana
 Nota: Para outros significados, veja Minerva (desambiguação).

Minerva[1] (/mɪˈnɜːr.və/; latim: [mɪˈnɛr.wa]; etrusco: Menrva) era a deusa romana das artes, do comércio e da sabedoria. Também rege as estratégias de guerra, embora diferentemente de sua correspondente grega Atena, não seja associada diretamente às batalhas e guerras. A partir do século II a.C., os romanos equipararam-na à deusa Atena. Minerva faz parte da Tríade capitolina da antiga religião romana.

Minerva
Deusa das artes, comércio, magia, medicina, poesia, sabedoria e tecelagem

Escultura do século II no Museu do Louvre, em Paris.
Local de culto Lucera, Monte Capitolino, Templo de Minerva Medica, Templo de Júpiter e Minérvio (atualmente no local de Santa Maria sopra Minerva)
Símbolo Coruja de Minerva
Pais Júpiter e Métis
Grego equivalente Atena
Etrusco equivalente Menrva

Na religião romana primitiva editar

De acordo com Jesse Benedict Carter, vários dos deuses tradicionalmente associados a Roma, como Minerva, Diana, Vênus, Fortuna, Hércules, Castor e Pólux, Apolo, Mercúrio, Dis, Prosérpina, Esculápio e Magna Mater, não faziam parte do panteão romano inicial, porque estes deuses representavam fases da vida que eram estranhos aos romanos.[2] No período mais antigo, há poucas evidências do culto a Minerva no Lácio ou no sul da Itália, e é quase certo que ela era desconhecida em Roma.[3]

Minerva, segundo este autor, teria sido introduzida na época de Sérvio Túlio, cuja sociedade não podia prever o que esta introdução significava, e sua importância para o desenvolvimento futuro de Roma.[3]

Carter sugere que o centro do culto de Minerva, na Itália, era Falérios, e foi a partir de Falérios que Minerva entrou em Roma, em três ocasiões: diretamente da cidade de Falérios, depois vinda de Falérios e atravessando a Etrúria e, finalmente, quando Roma capturou Falérios.[3]

A deusa Minerva de Falérios, porém, tinha pouco em comum com a deusa Atena da Grécia, além de ser a deusa dos artesãos, pois a deusa grega tinha centenas de outros interesses, enquanto a pequena deusa dos camponeses de Falérios parecia só se interessar por um assunto. Em suas viagens pela Etrúria, a deusa teve contato com pessoas que conheciam a representação grega de Atena, e passaram a associar as duas deusas, mas Minerva continuou sendo, primariamente, a deusa do artesão e do trabalhador, a patrona do trabalho manual do homem em vez do trabalho intelectual, e foi assim que chegou a Roma.[3]

 
Estátua da Deusa Minerva do escultor François Gaspard Adam

No início, os trabalhadores romanos adoravam Minerva em suas casas, mas quando o número deles foi crescendo, a sua importância se espalhou para os romanos nativos, até que ela se tornou tão importante que o estado romano teve que reconhecê-la como uma deusa do estado. Diferente, porém, de Hércules e Castor, que foram recebidos dentro do pomério, Minerva recebeu um templo do lado de fora, no Aventino.[3]

Seu grande festival ocorria no dia 19 de março, uma data antes sagrada a Marte, mas devido às celebrações de Minerva, esta data deixou de ser associada a Marte. Seu templo se tornou o local de encontro dos artesãos de Roma, o que durou enquanto Roma foi pagã.[3]

Minerva, logo após sua introdução, foi associada a Júpiter e Juno, formando a tríade capitolina. Foram construídos vários templos a Minerva, sob os vários aspectos de Atena com a qual ela foi sendo gradualmente identificada.[3]

Características de Minerva editar

Equivalente romana da deusa grega Atena, Minerva era filha de Júpiter, após este engolir a deusa Métis (Prudência). Com uma forte dor de cabeça, pediu a Vulcano que abrisse sua cabeça com o seu melhor machado, após o qual saiu Minerva, já adulta, portando escudo, lança e armadura.[4] Era considerada uma das três deusas virgens, ao lado de Diana e Vesta.[5]

Deusa da sabedoria, das artes e da estratégia de guerra, era filha de Júpiter.[6]

Minerva era para os romanos a deusa da excelência, da misericórdia e da pátria.[5]

Ver também editar

 
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Referências

  1. «Minerva | Infopédia» 
  2. Jesse Benedict Carter, The Religion of Numa (1906) [em linha]
  3. a b c d e f g Jesse Benedict Carter, The Reorganization of Servius (1906) [em linha]
  4. «História de Minerva». Consultado em 30 de abril de 2012. Arquivado do original em 17 de abril de 2012 
  5. a b «Nascimento e características de Minerva». Consultado em 30 de abril de 2012. Arquivado do original em 6 de maio de 2012 
  6. Atuação de Minerva
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