Minoru Genda (源田実 Genda Minoru, Hiroshima, 16 de agosto de 1904Tóquio, 15 de agosto de 1989) foi um oficial aviador naval da Marinha Imperial do Japão, principal estrategista e planejador do ataque japonês a Pearl Harbor, e após a guerra, um dos mais proeminentes políticos nacionalistas e conservadores do país, além de chefe de estado-maior da força aérea japonesa criada após o conflito sob a supervisão dos Estados Unidos.

Minoru Genda
Minoru Genda
Nascimento 16 de agosto de 1904
Hiroshima, Japão
Morte 15 de agosto de 1989 (84 anos)
Tóquio, Japão
Nacionalidade Japonês
Ocupação Membro da Câmara dos Conselheiros (1962–1986)
Filiação Partido Liberal Democrata
Serviço militar
País Império do Japão
 Japão
Serviço Marinha Imperial Japonesa
Força Aérea de Autodefesa Japonesa
Anos de serviço 1924–45 (marinha imperial)
1954–1962 (força aérea)
Patente Capitão-de-mar-e-guerra (marinha imperial)
General (força aérea)
Comando Oficial de estado-maior da 1ª Frota Aeronaval do Japão
Chefe de estado-maior da Força Aérea Japonesa
(pós-II Guerra Mundial)
Conflitos Segunda Guerra Mundial

Por seus serviços durante a II Guerra Mundial, quando idealizou em detalhes toda a operação do ataque a Pearl Harbor - convencendo a cúpula das forças armadas sobre o poderio aeronaval em combate dos recém criados e nunca testados porta-aviões, ao invés do investimento militar em grandes encouraçados de batalha - trabalhando sob o comando direto do Almirante Isoroku Yamamoto, que tinha grande admiração e respeito por seu brilhantismo intelectual, Genda é considerado um dos maiores líderes e estrategistas do Japão e da guerra.

Após o conflito e a derrota, ele teve grande participação na criação da JASDF, a reconstruída força aérea do país durante os anos 50, quando assumiu por vários anos a chefia de seu estado-maior.

Nas décadas seguintes, como político influente da Dieta, profissão que seguiu após encerrar sua carreira militar e se eleger para o parlamento, foi um controverso advogado público do rearmamento japonês, proibido pela nova constituição do país no pós-guerra, discursando inclusive sobre possibilidade de desenvolvimento ou aquisição de armas nucleares, convicção esta causada pelo trauma de ser um natural de Hiroshima, a primeira cidade a sofrer um bombardeio atômico na história.

Genda foi também um forte opositor à ratificação, pelo governo japonês dos anos 70, do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, sob o argumento de que seu país talvez um dia precisasse de armas atômicas para sobreviver a um ataque estrangeiro. Morreu em 15 de agosto de 1989, na véspera de seu 85º aniversário e exatos 44 anos após a rendição incondicional do Japão na II Guerra Mundial.