Miro ou Ariomiro I, rei da Galécia sueva (559-583). Braga, juntamente com Toledo, eram, à época, importantes centros religiosos. A Diocese de Braga exercia papel importante na vida religiosa e nas decisões da Igreja, aí se deu em (571), sob a convocação do rei, o II Concílio de Braga.[1] Nesse mesmo ano Miro levou a cabo uma campanha contra um povo do norte da Hispânia, de Cantábria ou Vascônia, chamado runcões. Esta campanha, além das suas fronteiras, provocou a reacção de Leovigildo, rei dos Visigodos, que empreendeu uma campanha, de advertência ou retaliação, contra o reino suevo.[1][2] A guerra desenvolveu-se no vale do Douro entre 572 e 574, e Leovigildo conseguiu empurrar os Suevos para norte e fundar a Villa Gothorum (hoje Toro).[2] Em seguida Leovigildo submeteu os Cântabros. O controlo de Toro e de Astorga abriu aos Visigodos o caminho da Galécia sueva, que foi invadida em 575.[2] Tendo perdido Ourense e toda a Lusitânia, e sendo atacado nas cidades do Porto e de Braga, Miro pediu a paz, submetendo-se ao rei visigodo.[2]

Miro
Miro (monarca)
Nascimento século VI
Morte 583
Cidadania Reino da Galiza
Progenitores
Filho(a)(s) Eborico, Rei dos Suevos, Nuño de Galícia, Mira, princesa dos Suevos
Ocupação soberano

Pouco tempo depois, quando Hermenegildo, filho de Leovigildo e católico, se revoltou contra o seu pai, Miro apoiou-o e atacou Sevilha em 583.[2] Hermenegildo acabou por ser capturado e executado e Miro, o seu aliado suevo, viu-se novamente obrigado a fazer a paz com Leovigildo e a retirar-se.[2]

Referências

  1. a b «Miro». Dictionary of Christian Biography. Consultado em 16 de agosto de 2021 
  2. a b c d e f Arias, Jorge C. (2007). «Identity and Interaction: The Suevi and the Hispano-Romans». University of Virginia: 30-32 

Ligações externas editar

Precedido por
Teodomiro
Reino Suevo
570 - 583
Sucedido por
Eborico