Nota: Para o álbum de Clarice Falcão, veja Monomania (álbum).

Em psiquiatria, monomania (do grego monos, "um", e mania, "loucura" ou "frenesi") é um tipo de paranóia na qual o paciente tem uma única ideia ou tipo de ideias. A monomania emocional é aquela na qual o paciente é obcecado por uma única emoção ou por várias relacionadas a uma só; a monomania intelectual é aquela relacionada a um único tipo de ideia(s) delirante(s).

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O Wikcionário tem o verbete monomania.

No uso coloquial, a expressão monomania é frequentemente ligada a uma subcultura que o público em geral considera esotérica. Todavia, as diferenças entre monomania e paixão podem ser muito sutis e dificultar seu reconhecimento.

Monomania na literatura editar

Em Crime e Castigo, o magnum opus de Fyodor Dostoevsky, afamado novelista russo do século XIX, o personagem principal, Raskolnikov, é descrito como monomaníaco em várias ocasiões.

Em Moby Dick de Herman Melville (1851), o capitão Ahab é um monomaníaco, algo demonstrado por sua caçada implacável à baleia branca.

Em Wuthering Heights, da escritora britânica Emily Brontë, o personagem Heathcliff possui monomania, o que pode ser descrito nos capítulos finais quando o último passa dias sem comer e sem desejar nenhum contato social, devido à alunição de Catherine Earnshaw.

No conto "Berenice", Edgar Allan Poe traz um protagonista declaradamente afetado pela monomania.

Bibliografia editar

  • POE, Edgar Allan. "Edgar Allan Poe: Ficção Completa, Poesia e Ensaios". Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001. ISBN 8521000340.

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