Movimento Popular de Libertação de Azauade (em francês: Mouvement populaire de libération de l'Azawad, MPLA), mais tarde conhecido como Movimento Popular de Azauade (em francês: Mouvement populaire de l'Azawad, MPA), é um grupo rebelde tuaregue formado no norte do Mali durante a rebelião tuaregue de 1990-1996.

Histórico editar

O movimento foi formado em 1988 por Iyad Ag Ghali, um soldado tuaregue do exército líbio e da Legião Verde. Em 29 de junho de 1990, este último atacou a gendarmaria de Ménaka e desencadeou a segunda rebelião tuaregue contra o Mali.[1] [2]

Em 6 de janeiro de 1991, Iyad Ag Ghali assinou os Acordos de Tamanrasset e o MPLA mudou seu nome para Movimento Popular de Azauade (MPA).[1] No entanto, vários rebeldes romperam com o MPA, considerado muito dominado pela tribo dos Ifogas. Os Shamanamas fundam a Frente Popular de Libertação de Azauade (FPLA) e os ingades fundam o Exército Revolucionário de Libertação de Azauade (ERLA).[1]

O MPA junta-se aos Movimentos e Frentes Unificadas de Azauade (MFUA) e assina o Pacto Nacional com Bamaco em 11 de abril de 1992.[1][3]

Entre os grupos rebeldes tuaregues, o MPA foi o mais moderado e que respeitou a paz com o Estado maliano. Também foi o mais importante com mil combatentes.[2] Em 1993, no entanto, surgiu um conflito entre os Ifogas do Movimento Popular de Azauade e os Inghades do Exército Revolucionário de Libertação de Azauade, até que os últimos removem Intalla Ag Attaher, o amenokal de Ifogas. Iyad Ag Ghali, em seguida, reagrupa suas forças e persegue o Exército Revolucionário de Libertação de Azauade em Adrar Tigharghar e na região de Quidal.[3]

Em 26 de março de 1996, o MPA foi dissolvido durante a cerimônia "Chama da Paz" em Timbuktu, onde 3.000 armas foram queimadas.[4][1]

Referências

  1. a b c d e Jean-Christophe Notin, La guerre de la France au Mali, , p. 23-26
  2. a b Jeune Afrique : Mali : Iyad Ag Ghali, rebelle dans l'âme, par Laurent Touchard, B. Ahmed et Ch. Ouazani.
  3. a b Serge Daniel, Les mafias du Mali ; Trafics et terrorisme au Sahel, , p. 283-291
  4. Soutenir les droits de l'homme au Mali 1998-1999, rapport de la fédération internationale des ligues des droits de l'homme, juin 1999.

Bibliografia editar