Múcia Tércia

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Múcia Tércia (em latim Mucia Tertia) foi uma matrona romana que viveu no século I a.C. Era filha de Quinto Múcio Cévola, pontífice máximo (pontifex maximus),[carece de fontes?] assassinado pela facção de Caio Mário em 86 a.C.,[1] e de Licínia Crassa, que se divorciou do seu pai para se casar com Quinto Cecílio Metelo Nepos, num escândalo mencionado em várias fontes. O seu nome indica que era uma terceira filha, de acordo com a convenção romana de nomes.

Múcia Tércia
Nascimento 95 a.C.
Roma Antiga
Morte 31 a.C.
Desconhecido
Cidadania Roma Antiga
Progenitores
Cônjuge Marco Emílio Escauro, o Jovem, Pompeu
Filho(a)(s) Pompeu, o Jovem, Sexto Pompeu, Pompeia, Marcos Emílio Escauro
Irmão(ã)(s) Quinto Cecílio Metelo Céler, Quinto Cecílio Metelo Nepos

O primeiro marido de Múcia Tércia foi Caio Mário, o Jovem, cônsul em 82 a.C. no pico da guerra civil contra os Optimates liderados por Lúcio Cornélio Sula. Pouco depois, o conflito acabou com o suicídio do jovem Mário e com a vitória de Sulla. Múcia, como viúva de um proscrito, ficou proibida de voltar a casar. No entanto, em 81 a.C., Sula mudou de ideias e patrocinou o seu casamento com Pompeu. Desta união nasceram três crianças: Pompeu, o Jovem,[carece de fontes?] Sexto Pompeu [2] e Pompéia Magna (que casou-se com Fausto Cornélio Sula).

Entre 76 e 61 a.C., Pompeu passou muito tempo fora de Roma, combatendo os piratas do Mediterrâneo, a rebelião de Sertório na Hispânia e o rei Mitrídates VI do Ponto. Quando regressou definitivamente a casa, enviou uma carta de divórcio a Mucia Tertia; Plutarco menciona uma correspondência pessoal de Cícero que teria o motivo desta separação.[3] Múcia Tércia desaparece então das fontes e a data da sua morte é incerta. Muitas fontes afirmam que Júlio César era amante de Múcia, e, portanto, o pivô dessa separação.

Referências

  1. Apiano, As Guerras Civis, Livro I, 88
  2. Dião Cássio, História romana, Livro XLVIII, 16.3 [em linha]
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pompeu, 42.7