Murilo Antunes Alves

Murilo Antunes Alves CavMM (Itapetininga, 28 de abril de 1919São Paulo, 15 de fevereiro de 2010) foi um jornalista brasileiro. Chegou a ser um dos mais antigos profissionais em atividade dessa área, até morrer em 2010 aos 91 anos.

Murilo Antunes Alves
Vereador de São Paulo
Período 1 de janeiro de 1993
até 1 de janeiro de 1997
Dados pessoais
Nascimento 28 de abril de 1919
Itapetininga
Morte 15 de fevereiro de 2010 (90 anos)
São Paulo
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PMDB
Profissão jornalista e advogado

Biografia editar

Murilo começou a escrever aos 14 anos no jornal estudantil O Arauto em Itapetininga. Foi correspondente do jornal O Estado de S.Paulo no qual o pagamento era assinatura do jornal-até 1929. Em 1935, seu primeiro emprego foi no jornal A Tribuna Popular. Em 1943, tornou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.[2]

Iniciou sua carreira no rádio em 1.º de março de 1938, na Rádio São Paulo, quando tornou-se locutor e comentarista esportivo, em parceria com Geraldo José de Almeida. Seu primeiro programa foi o Broadway Melody, de música americana. Em 1946, foi para a Rádio Bandeirantes, sendo o primeiro locutor esportivo da emissora. Posteriormente, trabalhou nas rádios Rádio Cultura, Rádio Gazeta e Rádio Tupi, ainda na década de 1930, cobrindo o Estado Novo, a Segunda Guerra Mundial, entre outros eventos da época.

Chegou em 1947 a Rádio Record, onde cobriu vários eventos,entre eles as eleições italianas de 1948 e fez a última entrevista de Monteiro Lobato. Em 1953, ajudou a inaugurar a TV Record. Lá, cobriu os mais variados eventos, como a morte de John Kennedy, o primeiro homem na Lua, entre outros. Apresentou ao lado de Hélio Ansaldo o programa Record em Notícias (1972-1996), popularmente conhecido como "Jornal da Tosse".

Permaneceu na Rede Record após Silvio Santos e o espólio de Paulo Machado de Carvalho venderem suas participações acionárias na emissora para Edir Macedo, bispo da Igreja Universal, em 1990. Até sua morte, era o contratado mais antigo da emissora, onde trabalhava na produção dos telejornais.

Em 1991, Murilo foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[1]

Carreira política editar

Em 1992, foi eleito vereador por São Paulo pelo PMDB,onde foi também o 1º vice-presidente da Câmara Municipal.Murilo foi o autor do projeto que obrigava o uso do cinto de segurança na cidade de São Paulo.[3] Em 1946 foi candidato a deputado estadual pelo PSD, mas as eleições foram adiadas.Em 1953 foi o primeiro Chefe do Cerimonial da Assembléia Legislativa de São Paulo, onde se aposentou em 1985, como Diretor do Cerimonial e Relações Públicas. Em 1961 foi nomeado Oficial do Gabinete da Presidência da República, pelo presidente Jânio Quadros. Entre 1971 e 1974 foi Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo,na gestão de Laudo Natel.[4]

Morte editar

Morreu em 15 de fevereiro de 2010, aos 91 anos.[5]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de julho de 1991.
  2. «Jornalista Murilo Antunes Alves, o decano do radiojornalismo». Assembleia Legislativa de SP. Consultado em 18 de fevereiro de 2010 
  3. «Aprovada lei obrigando uso do cinto na cidade». Folha. Consultado em 24 de fevereiro de 2010 
  4. «Morre aos 90 anos o jornalista Murilo Antunes Alves». Bastidores do Rádio. Consultado em 24 de fevereiro de 2010 
  5. «Jornalista Murilo Antunes Alves morre aos 91 anos». noticias.r7.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2010 
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