Museu Egípcio e Rosacruz
O Museu Egípcio e Rosacruz é uma instituição vinculada a Grande Loja da Língua Portuguesa, mantida pela Ordem Rosacruz – AMORC. O museu está localizado no bairro Bacacheri em Curitiba, no Paraná. Conta com um acervo composto principalmente por réplicas de peças egípcias pertencentes a vários períodos diferentes, incluindo a múmia Tothmea, doada para o museu em 1987.[1][2][3]
| Museu Egípcio e Rosacruz | |
|---|---|
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| Tipo | museu |
| Inauguração | 1990 (34 anos) |
| Operador(a) | Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa |
| Página oficial (Website) | |
| Geografia | |
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| Localização | Curitiba - Brasil |
O museu é único no Brasil, tanto pelo vínculo com a Ordem Rosacruz, também por servir como um atrativo turístico e um importante espaço cultural para a sociedade, sendo aberto ao público e recebendo centenas de visitantes todos os anos.[4][5][6]
História editar
Em 1928, em San José, na Califórnia, Estados Unidos, foi apresentada ao público a coleção do "Museu Oriental Egípcio Rosa Cruz", localizado nos edifícios da administração de AMORC, organização internacional de caráter místico-filosófico fundada em 1910.[7] Depois da viagem do Doutor Lewis ao Egito, em 1929, AMORC recebeu mais objetos e doações, fazendo com que a coleção chegasse a ter mais de 2000 objetos expostos ao público.[7] O segundo imperador de AMORC, Ralph Maxwell Lewis, filho de Harvey Spencer Lewis, decidiu expandir e construir os edifícios novos do museu que abriram em novembro de 1966.[7]
Em Curitiba, o museu surgiu pela iniciativa do artista Eduardo D´Ávila Vilela. Vilela possuía uma coleção de artefatos egípcios e resolveu doar seu acervo para a Ordem Rosacruz, sugerindo a criação de um espaço para que os itens fossem guardados.[6] O museu foi inaugurado no dia 17 de outubro de 1990.[8] O espaço é tido como um atrativo turístico da capital paranaense, além de servir como um instrumento para visitas educacionais e referência para pesquisadores do campo da egiptologia.[3][6][9]
Acervo editar
O museu apresenta uma diversidade com mais de 700 itens que fazem parte de várias coleções, como réplicas confeccionadas por artistas brasileiros.[10] As coleções reúnem obras de artistas como: Eduardo D'Ávila Vilela, Luis César Vieira Branco, Tathy Zimmermann, Christopher Zoellner, Moacir Elias Santos e Aylton Tomás.[6]
O principal atrativo do acervo é a múmia Tothmea, datada de aproximadamente VI a V a.C., sendo uma das duas únicas múmias legítimas do Egito que estão no Brasil.[3][11] Segundo pesquisas realizadas, Tothmea foi uma artista que cantava, pertencente à décima oitava dinastia do Egito, de acordo com o modelo do sarcófago. A múmia foi descoberta no século XVIII. Em 1885 as autoridades egípcias doaram Tothmea como presente aos Estados Unidos, sendo exposta no Museu de Nova Iorque. No final da década de 1980, a múmia foi doada pelo Museu Egípcio Rosacruz de San José, e somente em 1995 Tothmea chegou ao Brasil, para fazer parte do acervo do Museu Egípcio e Rosacruz, em Curitiba.[3][11]
Referências
- ↑ «Museu Egípcio e Rosacruz | URCI». urci.org.br. Consultado em 17 de janeiro de 2017
- ↑ «Museu Egípcio e Rosacruz novos dias e horários | Rosacruz - AMORC GLP». www.amorc.org.br. Consultado em 17 de janeiro de 2017
- ↑ a b c d Ingredi Brunato (17 de outubro de 2021). «Conheça Tothmea, a múmia egípcia que está no Brasil». Aventuras na História. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ «Museu Egípcio Rosacruz reabre as portas e faz 30 anos com programação especial». Tribuna do Paraná. 27 de outubro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ «Curitiba tem atrativos egípcios da Ordem Rosacruz». Coluna de Turismo. 6 de dezembro de 2021. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ a b c d Leandro Hecko (2013). «Egiptomania e usos do passado: o Museu Egípcio e Rosacruz de Curitiba - PR» (PDF). Tese de Doutorado. Universidade Federal do Paraná. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ a b c «Rosicrucian Egyptian Museum in San Jose houses the largest collection of Egyptian artifacts on exhibit in western North America». www.egyptianmuseum.org (em inglês). Consultado em 23 de setembro de 2017
- ↑ Nicole B. (27 de outubro de 2020). «Em Curitiba Museu Egípcio reabre para visitação e completa 30 anos de exposição no mês de outubro». XV Curitiba. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ «Museu Egípcio Rosa Cruz». Colégio Estadual do Paraná. 6 de junho de 2011. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ Giovanna Tortato (10 de janeiro de 2018). «Museu egípcio em Curitiba tem múmia de quase 3 mil anos». Gazeta do Povo. Consultado em 13 de abril de 2022
- ↑ a b Bruna Martins (5 de setembro de 2018). «Incêndio no Museu Nacional torna múmia egípcia de Curitiba ainda mais rara». Gazeta do Povo. Consultado em 13 de abril de 2022
Ligações externas editar
- Considerações sobre a exposição "divindades egípcias: valores sociais no antigo Egito" do Museu Egípcio e Rosacruz de Curitiba - Paraná. Leandro Hecko. I Congresso Internacional de Religião, Mito e Magia no Mundo Antigo. 2010
- Arqueologia e sociedade: as representações do Egito antigo na Ordem Rosacruz em Curitiba. Christopher Augusto Carnieri. Revista Acadêmica Online. 2020
