Museu de Arte Popular (Portugal)

edifício histórico em museu em Belém, Lisboa, Portugal

O Museu de Arte Popular localiza-se junto ao rio Tejo, entre o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém, na freguesia de Belém, na cidade, no Município e no Distrito de Lisboa, em Portugal. [1]

Museu de Arte Popular
Museu de Arte Popular (Portugal)
Tipo museu de arte popular, edifício, património cultural
Inauguração 15 de julho de 1948 (75 anos)
Visitantes 7.708 (1º semestre de 2015)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 38° 41' 37.169" N 9° 12' 30.118" O
Mapa
Localidade Avenida Brasília, Lisboa
Localização Lisboa - Portugal
Patrimônio Monumento de Interesse Público
Museu de Arte Popular, Lisboa.

De 2014 a 2016 as salas de exposição estiveram encerradas, encontrando-se apenas aberta a loja. No dia 14 de dezembro de 2016 foi reaberto com a inauguração da exposição “Da Fotografia ao Azulejo”, sobre a portugalidade no início do século XX. [2]

História editar

O edifício foi originalmente projetado pelos arquitetos Veloso Reis Camelo e João Simões como pavilhão da Secção da Vida Popular da Exposição do Mundo Português, 1940. Em 1942 o edifício teria um primeiro projeto de adaptação a museu, realizado por Veloso Reis Camelo sob a direção do etnógrafo Francisco Lage. A ideia concretizar-se-ia apenas três anos mais tarde, com o novo projeto, de Jorge Segurado, que iria dar início à transformação do anterior pavilhão no Museu de Arte Popular, processo que contou ainda com a colaboração de uma equipa de decoradores-pintores constituída por Carlos Botelho, Eduardo Anahory, Estrela Faria, Manuel Lapa, Paulo Ferreira e Thomaz de Mello; as atuais decorações parietais e a estatuária do exterior do edifício são da autoria de Barata Feyo, Henrique Moreira, Júlio de Sousa e Adelina de Oliveira. [3]

Inaugurado a 15 de Julho de 1948, o museu tem salas com a coleção permanente e um espaço destinado a exposições temporárias, organizando-se ao longo de cinco salas correspondentes a cinco regiões do país: Entre-Douro-e-Minho; Trás-os-Montes; Algarve; Beiras; Alentejo e Estremadura. Parte significativa do espólio inicial provinha do material etnográfico reunido nas décadas anteriores à inauguração do museu para figurar em exposições organizadas pelo S.P.N./S.N.I. em Portugal e no estrangeiro. O acervo atual inclui uma grande diversidade de peças: alfaias agrícolas; cerâmica; cestaria; trajes; instrumentos musicais; ourivesaria; pintura e escultura; etc. O conjunto dá uma viva indicação da diversidade das várias regiões de Portugal, das cangas e galos de cerâmica do Minho às cestarias de Trás-os-Montes, dos badalos e louças de cerâmica do Alentejo aos equipamentos de pesca do Algarve. [4]

Desenvolvimentos Recentes editar

Em 2000 iniciaram-se obras de requalificação do museu que tinha entrado em decadência e que levariam ao encerramento do espaço em 2003. Em 2006, a então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, anunciou que o MAP iria ser transformado em Museu da Língua Portuguesa. No entanto, nem todos gostaram da notícia. Foi iniciado então um movimento pela reabertura do MAP, que incluiu a criação de um blogue e de uma petição online que reuniu mais de 3.000 assinaturas. O crítico de arte Alexandre Pomar, a empresária Catarina Portas, a artesã Rosa Pomar, a historiadora Raquel Henriques da Silva e a artista plástica Joana Vasconcelos foram algumas das caras desta campanha que levou a uma mudança de planos. Em Dezembro, a nova ministra, Gabriela Canavilhas, anunciou que o museu "é para se manter tal como estava, […] dedicado à arte popular portuguesa".

Segundo a arquiteta Andreia Galvão, diretora do museu desde 2010, "Mal amado e incompreendido, o museu foi abandonado, mas isso acabou por ser uma vantagem, porque se manteve praticamente intacto. É, ele próprio, um objecto museográfico, representativo da sua época".

O MAP sofreu obras profundas de requalificação em 2010, devido ao estado de degradação avançado. Desde 2012, está sob a alçada do Museu de Etnologia. Chegou a ser pensado como um dos equipamentos que integrariam o projeto de gestão cultural do eixo Belém-Ajuda.

As cerca de 12 mil peças do acervo do MAP permanecem nas reservas do Museu de Etnologia, para onde foram transferidas a partir de 2008, depois de a então ministra da Cultura Isabel Pires de Lima ter decidido extinguir o museu e criar ali o Museu do Mar e da Língua (projeto não concretizado).

 
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Referências

Ligações externas editar


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