Museu de José Malhoa

museu de arte em Caldas da Rainha, Portugal

O Museu de José Malhoa é um museu de arte em Caldas da Rainha que mostra o maior núcleo reunido de obras do pintor José Malhoa e uma importante coleção de pintura e de escultura dos séculos XIX e XX, revelando-se a quem o visita como o museu do naturalismo português.

Museu José Malhoa
Museu de José Malhoa
Informações gerais
Tipo Museu de Arte
Inauguração 28 de abril de 1934 (90 anos)
Diretor Carlos Coutinho
Website https://www.culturacentro.gov.pt/museu-jose-malhoa/
Património Nacional
DGPC 73586
SIPA 8884
Geografia
País Portugal
Cidade Caldas da Rainha
Localidade Parque D. Carlos I
Coordenadas 39° 24′ 03″ N, 9° 08′ 02″ O

Classificado como Imóvel de Interesse Público[1] desde 2002 e com uma localização de excelência no magnífico Parque D. Carlos I, em Caldas da Rainha, o edifício do Museu José Malhoa foi o primeiro a ser projetado para fins museológicos em Portugal.

Este Museu tem um significado único na história da nossa cultura, revelando-se pioneiro na museologia portuguesa, quer pelo conceito arquitetónico, quer pela aplicação de princípios de conservação e adequação ao acervo de pintura e de escultura que expõe, ficando detentor de um lugar definitivo na história cultural da especialidade.[carece de fontes?]

História

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Estátua de José Malhoa, frente ao Museu.

1926 - 1960

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Este espaço foi inicialmente idealizado pelo escritor António Montês, com o objectivo de aproximar o pintor José Malhoa da sua terra natal, Caldas da Rainha.

Em 1926, o artista ofereceu uma das suas obras, o óleo "Rainha D. Leonor", à cidade; no ano seguinte, institui-se a “Liga dos Amigos do Museu José Malhoa”, para o qual o artista iria doar mais obras em 1932.[2]

A 17 de Junho de 1933, um despacho ministerial confirma um parecer favorável do Conselho Superior de Belas Artes, autorizando a criação do “Museu José Malhoa”.

O Museu seria, então, inaugurado a 28 de Abril de 1934, dia do aniversário de José Malhoa, que havia falecido a 26 de Outubro do ano anterior; o Museu foi, provisoriamente, instalado na “Casa dos Barcos”, no Parque D. Carlos I, um edifício cedido pelo Hospital Termal, abrindo anualmente ao público entre 28 de Abril e 26 de Outubro[2] .

O projecto definitivo, dos arquitectos Paulino Montês (1897-1962) e Eugénio Correia (1897-1985), é concluído em 1937. A 11 de Agosto de 1940, dá-se a inauguração do edifício, no âmbito dos festejos provinciais dos Centenários da Fundação e da Restauração de Portugal, sendo entregue, com todas as colecções, à Junta de Província da Estremadura; o nome da instituição foi, assim, alterado para "Museu Provincial de José Malhoa"[2] .

Em 1960, a Junta de Província da Estremadura foi extinta, sendo a gestão do Museu passado a ser assegurada pela Direcção-Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, divisão do Ministério da Educação Nacional; a instituição passa a designar-se "Museu de José Malhoa"[2] .

1960 - actualidade

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"Os Bêbados" (óleo sobre tela, por José Malhoa).

Em 1962, é organizado o Serviço Educativo e, em 1964, é exposta a colecção de cerâmica, num espaço denominado de "Museu de Cerâmica".[3]

Em 1977, no âmbito das celebrações do Cinquentenário da Elevação das Caldas da Rainha a Cidade, é organizado o evento “Expo Caldas-77 – Retrospectiva de Cerâmica”[3] .

Em 1983, realiza-se, no Museu, uma exposição antológica, para assinalar o Cinquentenário da Morte de José Malhoa[3] .

Em 1992, a colecção de António Montês é legada ao Museu, segundo o testamento da sua viúva, Júlia Paramos Montês; em 1996, esta colecção seria apresentada ao público na exposição "António Montês – Museu de José Malhoa", no centenário do nascimento do fundador da instituição[3] .

Em 2005, o Museu assinalou os 150 Anos do Nascimento de José Malhoa e Centenário da Morte de Rafael Bordalo Pinheiro com a exposição “Malhoa e Bordalo: confluências duma geração”, entre outros eventos[3] .

Em 2007, a denominação da instituição é de novo alterada, para "Museu José Malhoa", de acordo com as orientações do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado[3] .

O edifício do Museu José Malhoa sofreu, entre Setembro de 2006 e Dezembro de 2008, diversas obras de remodelação e de requalificação; um núcleo provisório foi, então, estabelecido no Museu do Ciclismo. O Museu reabriu em 19 de Dezembro, com uma nova apresentação das colecções e várias melhorias no acolhimento aos visitantes[3] .

Acervo do Museu

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O Museu reúne colecções de pintura, escultura, medalhística, desenho e cerâmica dos séculos XIX e XX.

O acervo do Museu de José Malhoa é composto por obras dos seguintes artistas:

  • Sá, Alves de
  • Salazar, Abel
  • Salgado, Agostinho
  • Salgado, Veloso
  • Salvador Júnior
  • Sampaio, Fausto
  • Sanchez, José
  • Santos Júnior, Henrique dos
  • Santos, Alda Machado dos
  • Santos, Fernando dos
  • Santos, Francisco dos
  • Santos, Laura
  • Santos, Sylvia de Aguiar e
  • Saraiva, Domingos Gonçalves
  • Saúde, António
  • Sauvinet, Laura
  • Semke, Hein
  • Sérgio, Octávio
  • Silva, Américo
  • Silva, Conceição
  • Silva, Constâncio da
  • Silva, João Cristino da
  • Silva, Eugénio Ferreira da
  • Silva, João da
  • Silva, Maria de Jesus Conceição
  • Soares, António
  • Sousa, Alberto da Silva e
  • Sousa, José de
  • Sousa, Adelaide Yvone de
  • Souza, Alberto
  • Staël, Hansi
  • Tavares, Henrique
  • Teixeira, Anjos
  • Telles, Sérgio
  • Tocha, Celestino
  • Torres, Renato
  • Toste, Josefina de Meneses
  • Trigoso, Falcão
  • Valença, Francisco
  • Vaz Júnior, Júlio
  • Vaz, Isolino
  • Veiga, Simão da
  • Viana, Eduardo
  • Victorino H.
  • Vidigal, António
  • Vieira, João
  • Vitorino, António
  • Vitorino, Túlio
  • Xara, Francisco
  • Xavier, Raul
  • Zamon, Lopes

Notas

  1. Ficha na base de dados SIPA
  2. a b c d «História». Museu José Malhoa. 2009. Consultado em 16 de Fevereiro de 2010. Arquivado do original em 7 de maio de 2013 
  3. a b c d e f g «Dos anos 1960 à actualidade». Museu José Malhoa. 2009. Consultado em 16 de Fevereiro de 2010 
 
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Ligações externas

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