Nísia Floresta

município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte
 Nota: Este artigo é sobre o município potiguar. Para a personalidade, veja Nísia Floresta (escritora).

Nísia Floresta (antiga Papari) é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do país. Está inserido na Região Metropolitana de Natal e no Polo Costa das Dunas. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2021 sua população era estimada em 28 266 habitantes, distribuídos em uma área territorial de 307,719 km².

Nísia Floresta
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Nísia Floresta
Bandeira
Brasão de armas de Nísia Floresta
Brasão de armas
Hino
Gentílico nísia-florestense
Localização
Localização de Nísia Floresta no Rio Grande do Norte
Localização de Nísia Floresta no Rio Grande do Norte
Localização de Nísia Floresta no Rio Grande do Norte
Nísia Floresta está localizado em: Brasil
Nísia Floresta
Localização de Nísia Floresta no Brasil
Mapa
Mapa de Nísia Floresta
Coordenadas 6° 05' 27" S 35° 12' 32" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Região metropolitana Natal
Municípios limítrofes Parnamirim (Norte), São José de Mipibu (Oeste), Arez e Senador Georgino Avelino (ao Sul), Oceano Atlântico (Leste)
Distância até a capital 40 km
História
Fundação 18 de fevereiro de 1852 (172 anos)
Administração
Prefeito(a) Daniel Marinho (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 307,719 km²
População total (IBGE/2021[1]) 28 266 hab.
 • Posição RN: 22º
Densidade 91,9 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 14 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,622 médio
 • Posição RN: 54°
PIB (IBGE/2018[3]) R$ 410 721,20 mil
PIB per capita (IBGE/2018[3]) R$ 15 066,81
Sítio www.nisiafloresta.rn.gov.br (Prefeitura)

O município ganhou o nome de sua mais ilustre filha, a escritora e poetisa Nísia Floresta. Recebeu atenção da mídia nacional após a rebelião da Penitenciária de Alcaçuz, em janeiro de 2017. O conflito entre facções dentro do presídio ganhou repercussão até no exterior.

Além das atividades agropecuárias tradicionais e do turismo, destaca-se na economia local o recente crescimento da carcinocultura (cultivo de camarões), por tal motivo que ganhou o apelido de "a terra do camarão”. Na cidade se localiza, também, a praia de Barra de Tabatinga que, no entardecer, é comum que seja visitada por golfinhos nas proximidades do "Mirante dos Golfinhos".

Geografia editar

Banhado a leste pelo Oceano Atlântico, Nísia Floresta possui 19,7 km de litoral,[4] formado pelas praias de Pirangi do Sul, Búzios, Barra de Tabatinga, Camurupim e Barreta. Limita-se com Parnamirim, a sul com Arez e Senador Georgino Avelino e a oeste com São José de Mipibu.[5] Ocupa uma área 307,719 km²[1] (0,5827% da superfície estadual), dos quais 12,599 km² em área urbana.[6] Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, Nísia Floresta pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal. Até então, na divisão em mesorregiões e microrregiões que vigorava desde 1989, o município fazia parte da microrregião de Macaíba, uma das quatro microrregiões formadoras da mesorregião do Leste Potiguar.[7] Está a 40 km do centro de Natal, capital estadual,[8] e a 2 373 km da capital nacional, Brasília.[9]

Lagoa do Carcará
Lagoa Azul

O relevo de Nísia Floresta é baixo, com altitudes abaixo dos cem metros. A faixa costeira está incluída na planície costeira, formada em parte por dunas de areia, tanto móveis quanto fixas, do período Quaternário, modeladas pela ação constante dos ventos, e outra parte por falésias de até doze metros de altura. Após essa planície, afastando-se do oceano, estão os tabuleiros costeiros, também denominados de "planaltos rebaixados". No leito dos rios se localizam as planícies fluviais, sujeitas a inundações no período das cheias, enquanto às margens das lagoas do Bonfim e Nísia Floresta encontram-se as planícies fluviomarinhas, por serem formadas por processos tanto fluviais quanto marinhos. Geologicamente, a maior parte do município está inserida no Grupo Barreiras, cujas rochas, do período Terciário Superior, são cobertas por paraconglomerados de quartzo e sílex, formando as paleocascalheiras ou coberturas arenosas coluviais e aluviais.[5]

Quase todo o solo nísia-florestense é arenoso, altamente permeável e bastante drenado, contudo pouco fértil, por ser muito pobre em nutrientes, caracterizando dessa forma a areia quartzosa. A sudoeste, existem áreas menores de latossolo do tipo vermelho-amarelo e do solo aluvial.[5] Tanto este último quanto a areia quartzosa constituem, na nova classificação brasileira de solos, os neossolos. Inserido no bioma da Mata Atlântica, esses solos são cobertos por espécies que possuem troncos delgados e folhas largas. Nas várzeas úmidas estão os campos de várzea, existindo ainda, na faixa costeira, a formação de praias e dunas intercaladas com manguezais.[5] Nísia Floresta abriga grande parte da Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíras, que cobre uma área de 42 mil hectares e foi criada pelo decreto estadual em 22 de março de 1999, abrangendo partes de outros cinco municípios.[10] Também existe a Floresta Nacional de Nísia Floresta, criada por decreto federal em 27 de setembro de 2001.[11]

Nísia Floresta possui a maior parte do seu território (53,99%) na faixa litorânea leste de escoamento difuso,[5] com filetes que escoam em direção ao oceano, sem que haja uma área delimitada pelos divisores de águas.[12] Outros 25,10% estão na bacia do rio Trairi e os 20,91% na bacia do rio Piranji. Pelo município passam os rios Araraí, Baldum, Cajupiranga, Pirangi, Pium e Trairi e os riachos Boacica, Camurupim e Taborda.[5] Dentre as numerosas lagoas, a do Bonfim é a maior delas, com profundidade de 31 metros e capacidade para 84 268 211 m³, responsável pelo abastecimento de mais de trinta cidades do agreste do Rio Grande do Norte por meio da Adutora Monsenhor Expedito.[13][14]

O clima é tropical chuvoso, com chuvas concentradas no período de março a agosto.[5] De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), desde 1992 o maior acumulado de chuva em 24 horas registrado em Nísia Floresta atingiu 192 mm em 15 de fevereiro de 2018. Outros acumulados iguais ou superiores a 150 mm foram: 190,2 mm em 15 de junho de 2014, 172 mm em 8 de março de 2002, 154 mm em 19 de julho de 1998 e 152,5 mm em 4 de setembro de 2013. O recorde de mês mais chuvoso da série histórica pertence a junho de 1994, com 699 mm.[15] Desde fevereiro de 2020, quando entrou em operação uma estação meteorológica automática da EMPARN na cidade, a menor temperatura ocorreu em 16 de agosto de 2022 (19,4 °C) e a maior em 22 de março de 2020 (34,7 °C).[16]

Dados climatológicos para Nísia Floresta
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 32,5 32,9 34,7 33 32,8 31,7 31 30,7 31,3 32,1 32,2 32,9 34,7
Temperatura mínima recorde (°C) 21,7 21,8 22,2 22,1 21,5 20,1 19,5 19,4 19,6 19,7 20,7 22,5 19,4
Precipitação (mm) 91,6 114,3 180,5 204,8 197,5 269,7 204 116 58,4 22 22,3 44,1 1 525,2
Fonte: EMPARN (recordes de temperatura: 01/02/2020-presente; médias de precipitação: 1992-2018)[16][15]

Demografia editar

Crescimento populacional
Censo Pop.
18727 914
19004 700
19206 43536,9%
19406 5111,2%
19507 39213,5%
19609 67630,9%
19709 412−2,7%
19809 9826,1%
199113 93439,6%
200019 04036,6%
201023 87425,4%
Est. 202033 503
Fonte: IBGE[17]

No censo de 2010, Nísia Floresta era o vigésimo segundo município mais populoso do Rio Grande do Norte e o 1 386° do Brasil,[1] com 23 784 habitantes, a maior parte (60,56%) residindo na zona rural. Do total, 51,66% eram do sexo masculino e 48,34% do sexo feminino,[18] resultando em uma razão aproximada de 106,89 homens para cada cem mulheres.[19] Em relação à faixa etária, 65,33% tinham entre 15 e 64 anos, 28,44% menos de quinze anos e 6,22% acima dos 65 anos.[20] A densidade demográfica era de 77,26 hab/km².[1]

Na pesquisa de autodeclaração do censo, 60,75% eram pardos, 29,67% brancos, 6,74% pretos, 1,55% amarelos, 1,2% não declararam e 0,09% eram indígenas.[21] Quanto à nacionalidade, 99,72% dos habitantes eram brasileiros (99,68% natos mais 0,04% naturalizados) e 0,28% estrangeiros,[22] sendo 63,26% naturais do próprio município, dos 92,56% nascidos no estado.[23] Dentre os naturais de outras unidades da federação, os estados com maior percentual de residentes eram Paraíba (2,54%), Pernambuco (1,24%) e São Paulo (1,09%), havendo ainda pessoas nascidas em outros dezessete estados mais o Distrito Federal.[24]

 
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó (2005)

Ainda segundo o mesmo censo, 73,82% dos habitantes eram católicos apostólicos romanos, 16% evangélicos e 7,9% declararam não seguir nenhuma religião, enquanto outros 1,2% não declararam; outras denominações somavam 1,08%.[25] Na Igreja Católica, Nísia Floresta pertence à Arquidiocese de Natal e sua padroeira é Nossa Senhora do Ó, tendo a paróquia sido criada em 29 de agosto de 1833.[26] Existem também alguns diversos credos protestantes ou reformados, sendo algumas delas: Assembleia de Deus, Deus é Amor, Evangelho Quadrangular, Congregação Cristã, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Luterana.[25]

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) de Nísia Floresta é considerado médio, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo dados do relatório de 2010, divulgados em 2013, seu valor era 0,622, ocupando a 53ª posição no Rio Grande do Norte e a 3 653ª do Brasil. Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é 0,773, o valor do índice de renda é 0,601 e o de educação 0,518. Em 2010, 64,17% da população viviam acima da linha de pobreza, 19,44% entre as linhas de indigência e de pobreza e 16,39% abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, os 20% mais ricos eram responsáveis por 56,55% do rendimento total municipal, enquanto os 20% mais pobres apenas 2,82%, sendo o índice de Gini, que mede a desigualdade social, igual a 0,52.[27][28]

Política e administração editar

A administração municipal se dá pelos poderes executivo e legislativo, independentes e harmônicos entre si. O prefeito representa o executivo e é auxiliado pelo seu gabinete de secretários, nomeados livremente por ele. O poder legislativo é exercido pela câmara municipal que, dentre suas atribuições, elabora e vota leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal e o plano plurianual. A câmara possui onze vereadores, eleitos junto com o prefeito e seu vice para mandatos de quatro anos.[29][30]

De forma independente, também existem alguns conselhos municipais em atividade: Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, Alimentação Escolar, Assistência Social, Cultura, Direitos da Criança e do Adolescente, Direitos do Idoso, Educação, Habitação, Meio Ambiente, Saúde e Tutelar.[31][32][33] Nísia Floresta se rege por lei orgânica,[29] promulgada em 1990,[34] e abriga uma comarca do poder judiciário estadual, de entrância intermediária.[35] Pertence à 67ª zona eleitoral do Rio Grande do Norte, possuindo, em dezembro de 2020, 17 533 eleitores registrados, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), equivalente a 0,745% do eleitorado potiguar.[36]

Referências

  1. a b c d e IBGE. «Brasil / Rio Grande do Norte / Nísia Floresta». Consultado em 27 de julho de 2021 
  2. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). «IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2016 
  3. a b IBGE. «Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  4. IBGE (2020). «Anuário Estatístico do Brasil» (PDF). Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2021 
  5. a b c d e f g Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA-RN) (2008). «Nísia Floresta» (PDF). Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 27 de julho de 2021 
  6. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 27 de julho de 2021 
  7. IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1. Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  8. «Distância de Nísia Floresta a Natal». Consultado em 27 de julho de 2021 
  9. «Distância de Nísia Floresta a Brasília». Consultado em 27 de julho de 2021 
  10. «Decreto n° 14.369, de 22 de março de 1999» (PDF). Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2021 
  11. RIO GRANDE DO NORTE (Estado). Cria a Floresta Nacional de Nísia Floresta, no Estado do Rio Grande do Norte, e dá outras providências. Decreto de 27 de setembro de 2001. Brasília, 28 set. 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/dnn/2001/Dnn9334.htm. Acesso em: 27 jul. 2021.
  12. SILVA; TROLEIS, 2017, p. 81.[1]
  13. SALUSTINO, Felipe (25 de abril de 2021). «Situação da Lagoa do Bonfim será debatida». Tribuna do Norte. Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada em 25 de abril de 2021 
  14. «Situação hídrica de Lagoa do Bonfim preocupa». Tribuna do Norte. 17 de julho de 2021. Consultado em 27 de julho de 2021. Cópia arquivada em 17 de julho de 2021 
  15. a b EMPARN. «Relatório pluviométrico». Consultado em 7 de fevereiro de 2022 
  16. a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 7 de fevereiro de 2022 
  17. IBGE. «Evolução da população, segundo os municípios» (PDF). Consultado em 27 de julho de 2021 
  18. IBGE (2010). «Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse». Consultado em 27 de julho de 2021 
  19. IBGE. «Razão de sexo, população de homens e mulheres, segundo os municípios – 2010». Consultado em 27 de julho de 2021 
  20. «Nísia Floresta, RN». Consultado em 27 de julho de 2021 
  21. IBGE (2010). «Tabela 2093 - População residente por cor ou raça, sexo, situação do domicílio e grupos de idade». Consultado em 25 de julho de 2021 
  22. IBGE (2010). «Tabela 1497 - População residente, por nacionalidade». Consultado em 25 de julho de 2021 
  23. IBGE (2010). «Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação». Consultado em 25 de julho de 2021 
  24. IBGE (2010). «Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento». Consultado em 25 de julho de 2021 
  25. a b IBGE (2010). «Tabela 2094 - População residente por cor ou raça e religião». Consultado em 25 de julho de 2021 
  26. «Paróquia de Nossa Senhora do Ó – Nísia Floresta». Consultado em 25 de julho de 2021 
  27. «ODS 01 Erradicação da pobreza». Consultado em 27 de julho de 2021 
  28. «ODS 10 Redução de desigualdades». Consultado em 27 de julho de 2021 
  29. a b «Lei orgânica de Nísia Floresta» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 27 de julho de 2021 
  30. «Prefeito e vereadores de Nísia Floresta tomam posse». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 27 de julho de 2021 
  31. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2017». Consultado em 27 de julho de 2021 
  32. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2018». Consultado em 27 de julho de 2021 
  33. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2019». Consultado em 27 de julho de 2021 
  34. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2005». Consultado em 27 de julho de 2021 
  35. «LEI COMPLEMENTAR Nº 643, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2018». Consultado em 27 de julho de 2021 
  36. TSE. «Estatísticas do eleitorado – Consulta por município/zona eleitoral». Consultado em 27 de julho de 2021 

Bibliografia editar

JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008.

SILVA, Bruno Lopes da; TROLEIS, Adriano Lima. A estrutura hídrica do território do Rio Grande do Norte: uma análise sistêmica. Sociedade e Território, v. 31, n. 2, p. 73-96, 7 jan. 2020.

Ligações externas editar

 
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