Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa
A NCAML - Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, S.A.R.L. foi fundada em 1882 e existiu até 1926, data quando foi absorvida pela Companhia Carris de Ferro de Lisboa.[1] Foi criada e gerida por Raul Ponsard e detinha uma concessão de transportes públicos coletivos ferroviário por tração a cabo em Lisboa.
NCAML | |
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Veículo do Elevador da Graça com libré NCAML | |
Razão social | Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada |
Nome(s) anterior(es) | Nova Companhia dos Ascensores Mechanicos de Lisboa, Sociedade Anonyma de Responsabilidade Limitada |
Sociedade anónima de responsabilidade limitada | |
Atividade | transporte ferroviário coletivo urbano |
Fundação | 1882 |
Destino | adquirida |
Encerramento | 1926 |
Área(s) servida(s) | Lisboa |
Pessoas-chave | Raul Ponsard |
Sucessora(s) | Companhia Carris de Ferro de Lisboa |

Sob a égide desta empresa foram construídos e operados até o seu encerramento os seguintes meios de transporte:
- Elevador da Bica
- Elevador da Estrela (encerrado em 1915)
- Elevador da Glória
- Elevador da Graça (encerrado em 1909)
- Elevador do Lavra
- Elevador do Município (encerrado em 1915)
- Elevador de Santa Justa
De todos os carros-de-cabo / funiculares (“ascensores”) e elevadores verticais públicos de Lisboa, os únicos que não pertenciam a esta empresa eram:
- o elevador do Chiado (1892-1912), projetado também por Ponsard mas propriedade do hotel onde se inseria,
- e o Elevador de São Sebastião (1899-1901), ligava o Rossio a São Sebastião da Pedreira. Igualmente um projeto de Ponsard, era porém da responsabilidade da Companhia de Viação Funicular.[2]
Em 1908, grande parte das ações da NCAML foi comprada pela Lisbon Electric Tramways Limited (LETL), passando, na prática, a estar sobre a alçada da sua rival Carris. Foi com isso que a partir da década de 1910, os negócios da NCAML lentamente passaram para a Carris, demorando mais do que era esperado inicialmente por causa da Primeira Guerra Mundial e a eventual participação portuguesa nesta, fazendo com que alguns negócios fossem mantidos nominalmente servindo a marca NCAML (bilhética, librés, e alguns contratos), até finalmente serem totalmente absorvidos pela Carris em 1926.
Referências
- ↑ «História». https://www.carris.pt/. Companhia Carris de Ferro de Lisboa. Consultado em 4 de fevereiro de 2025
- ↑ Nuno Gonçalo Simões Martins: A Companhia Carris de Ferro de Lisboa (1901-1926). Política, rede de transportes públicos e evolução urbana: p.79.
Bibliografia
editar- António Paes Sande e CASTRO: “A Vida atribulada de uma Companhia lisboeta de Viação” Olisipo XVII=65 (1954.01): 13-27
- João Manuel Hipólito Firmino da COSTA: “Um caso de património local: A tomada de Lisboa pelos ascensores” Universidade Aberta: Lisboa, 2008.