Nova Vulgata

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Nova Vulgata, Neovulgata ou Neovulgata latina foi uma acurada tradução da Bíblia, procurando manter o referencial na famosa Vulgata latina. Em face do longo e elaborado trabalho em torno da Neovulgata, com estudos que tiveram início em 1907, uma formação de uma Comissão com o fim exclusivo para tal, e finda conclusão somente setenta e dois anos depois em 1979, há quem não a considere uma "versão" da Vulgata, mas um trabalho independente de tradução para o objetivo litúrgico, visto que não se propôs somente à tradução e mera revisão, mas uma comparação nos originais e meticuloso estudo verso a verso.

Dez dias antes da conclusão do Concílio Vaticano II, a 29 de Novembro de 1965, Paulo VI instituiu a Comissão Pontifícia para a Neovulgata, com a finalidade de dotar a Igreja com uma edição latina da Bíblia para o uso litúrgico”.[1] A Neovulgata vinha sendo editada separadamente os seus volumes desde 1969, tendo João Paulo I, “editado” os livros do Pentateuco, revistos pela Comissão Pontifícia, da Abadia de São Jerônimo em Roma, fundada com este fim por Pio XI, segundo a Constituição Apostólica Inter Praecipuas [2]. Já em 1907, o Papa Pio X havia solicitado estudos "confiado aos padres beneditinos o encargo de fazer investigações e estudos preparatórios para a edição da versão da Sagrada Escritura comumente chamada Vulgata" [3] A publicação num livro único da Neovulgata foi promulgada por João Paulo II através da Constituição Apostólica Scripturarum Thesaurus.

Nessa revisão "teve-se em conta palavra por palavra o texto antigo da edição latina da Vulgata, quando os textos primitivos são referidos exactamente; tais como os apresentam as actuais edições críticas; mas esse texto foi prudentemente corrigido quando deles se afasta ou os refere com menor exactidão. Para isso, foi usado o latim cristão bíblico, de maneira que a devida estima da tradição se conjugasse com as justas exigências da ciência crítica" [4]

O texto, como resultou desta revisão — mais profunda nalguns livros do Antigo Testamento em que não pusera mãos São Jerónimo — foi editado em volumes separados desde 1969 a 1977, e é agora apresentado num só volume, em edição típica. Esta edição da Neovulgata poderá também servir como base das traduções nas línguas modernas que se destinem ao uso litúrgico e pastoral; e, para usarmos palavras de Paulo VI, Nosso Predecessor, "é lícito pensar que ela constituirá fundamento seguro em que se apoiem... os estudos bíblicos, sobretudo onde mais dificilmente se podem consultar bibliotecas especializadas e mais obstáculos se apresentam a que se multipliquem os estudos convenientes" [5].

Referência editar

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 22 de julho de 2016. Arquivado do original em 3 de outubro de 2009 
  2. http://www.intratext.com/IXT/POR0280/_P7.HTM
  3. Carta ao Revmo. D. Aidano Gasquet, de 3 de dez. de 1907. Pio X, Acta 4, pp.117-119; Ench. Bibl. n. 285s.
  4. Aloc. de Paulo VI, 23 de Dezembro de 1966; A.A.S., LIX, 1967, pp. 53 s.
  5. João Paulo II citando Cfr. Aloc. de 22 de Dezembro de 1977; cfr. o diário L'Osservatore Romano, 23 de Dezembro de 1977

Ver também editar

Ligações externas editar

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