Nhanderuvuçú, Nhamandú, Yamandú ou Nhandejara é considerado o deus criador na mitologia tupi-guarani.

Nhanderuvuçú não teria forma antropomórfica.[1]

No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga.[2] Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas surgiu "anhandeci" a matéria.[carece de fontes?]

Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios. Para proteger tudo isso, ele criou Iara.[carece de fontes?] Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.[3]

Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas e de todos os seres vivos.

Segundo os Apapocuvas, Nhanderuvuçu (Nosso Grande Pai) é a entidade mitológica mais importante. Ele é responsável pela criação da Terra e da água. Juntamente com Nhanderu Mbaecuaá, criam a primeira mulher, chamada Nhandecy (Nossa mãe) que se torna esposa de ambos e mãe de dois outros seres mitológicos, os gêmeos Ñanderyquéy e Tyvýry que serão responsáveis pela criação de outros diversos elementos terrenos.[4]

Referências

  1. CLAUDIO ALMIR DALBOSCO, ELDON HENRIQUE MUHL, EDISON A. CASAGRANDA (2008). Filosofia E Pedagogia, Aspectos Históricos e Temáticos. [S.l.]: Autores Associados. 297 páginas. 978-85-7496-212-2 
  2. OLIVEIRA, Josaphat Pinto (2003). Evangelho e diálogo inter-religioso. [S.l.]: Loyola. 136 páginas. 85-15-12715-1 
  3. Lurker, Manfred (2 de agosto de 2004). «The Routledge Dictionary of Gods and Goddesses, Devils and Demons». doi:10.4324/9780203643518. Consultado em 13 de setembro de 2020 
  4. Edson, Paulo. (2010). Catolicismo indígena : como as traduções feitas por José de Anchieta para o tupi moldaram o cristianismo do Brasil Colônia. [S.l.]: PACO Editorial. OCLC 753468629