Band on the Run

álbum de Paul McCartney e Wings

Band on the Run é o terceiro álbum de estúdio da banda anglo-americana de rock Wings e o quinto álbum de estúdio do músico britânico Paul McCartney após a separação dos Beatles. Foi lançado pela gravadora Apple em novembro de 1973. Embora as vendas tenham sido inicialmente modestas, seu desempenho comercial foi auxiliado por dois singles de sucesso – "Jet" e "Band on the Run" – de tal forma que se tornou o álbum mais vendido de 1974 no Reino Unido e na Austrália, além de revitalizar a posição crítica de Paul na mídia. Continua sendo o álbum de maior sucesso dele e o mais celebrado de seus trabalhos pós-Beatles.

Band on the Run
Band on the Run
Álbum de estúdio de Paul McCartney e Wings
Lançamento 30 de novembro de 1973 (1973-11-30)
Gravação Agosto – Outubro de 1973
Estúdio(s) EMI, Lagos
AIR, Londres[1]
Gênero(s) Rock
Duração 41:08
Gravadora(s) Apple
Produção Paul McCartney
Cronologia de Wings
Red Rose Speedway
(1973)
Venus and Mars
(1975)
Cronologia de Paul McCartney
Ram
(1971)
McCartney II
(1980)
Singles de Band on the Run
  1. "Helen Wheels"
    Lançamento: 23 de outubro de 1973
  2. "Jet"
    Lançamento: 28 de janeiro de 1974
  3. "Band on the Run"
    Lançamento: 8 de abril de 1974

O álbum foi gravado principalmente no estúdio da EMI em Lagos, na Nigéria, pois McCartney queria fazer um álbum em um local exótico. Pouco antes de partir para Lagos, o baterista Denny Seiwell e o guitarrista Henry McCullough deixaram o grupo. Sem tempo para recrutar substitutos, Paul entrou em estúdio apenas com sua esposa Linda e o guitarrista Denny Laine. Portanto, ele tocou baixo, bateria, percussão e a maioria das partes de guitarra.[2] Após o retorno da banda à Inglaterra, os overdubs finais e outras gravações foram realizadas em Londres, principalmente no estúdio AIR.

Em 2000, a revista Q colocou o álbum na 75ª posição em sua lista dos "100 Maiores Álbuns Britânicos de Todos os Tempos". Em 2012, foi listado em 418º em uma revisão da lista da revista Rolling Stone dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos".[3] Uma crítica contemporânea de Jon Landau na Rolling Stone descreveu o álbum como sendo "com a possível exceção de Plastic Ono Band de John Lennon, o melhor disco já lançado por qualquer um dos quatro músicos que já foram chamados de Beatles".[4] Foi o último álbum de Paul lançado pela Apple. Em 2013, Band On The Run foi introduzido ao Hall da Fama do Grammy.[5]

Contexto editar

Paul pensou: 'Eu tenho que fazer isso, ou eu desisto e corto minha garganta ou (eu) recupero minha magia'.[6]

– Linda McCartney para a revista Sounds.

Em 1973, três anos após a separação dos Beatles, Paul McCartney ainda não havia recuperado sua credibilidade artística ou encontrado o elogio da crítica musical por seus trabalhos pós-Beatles.[7][8] Depois de completar uma bem sucedida turnê no Reino Unido com sua banda Wings, em julho de 1973,[9] ele planejou seu terceiro álbum como um meio de se restabelecer após a recepção mista dada a Wild Life e Red Rose Speedway.[10]

Ansioso para gravar fora do Reino Unido, McCartney pediu à EMI que lhe enviasse uma lista de todos os seus estúdios de gravação internacionais. Ele selecionou a cidade de Lagos, na Nigéria, e foi atraído pela ideia de gravar na África. Em agosto, a banda começou os ensaios para o novo álbum na fazenda de Paul na Escócia. Durante uma sessão de ensaio, o guitarrista Henry McCullough e Paul discutiram, o que resultou na saída de McCullough do grupo.[11] O baterista Denny Seiwell saiu uma semana depois, na noite anterior ao voo da banda para a Nigéria.[12] Apenas Paul, Linda e Denny gravaram em Lagos, auxiliados pelo ex-engenheiro de som dos Beatles, Geoff Emerick. Paul havia escolhido Lagos, pois achava que seria um local glamoroso para ficar; a realidade, porém, era que após o fim de uma guerra civil em 1970, a Nigéria era governada por um governo militar.[13][14]

Gravação editar

A banda chegou a Lagos em 9 de agosto de 1973.[1] O estúdio da EMI, localizado na Wharf Road, no subúrbio de Apapa, estava em ruínas e mal equipado. A mesa de controle estava com defeito e havia apenas um gravador, um Studer de 8 canais. A banda alugou casas perto do aeroporto de Ikeja, a uma hora do estúdio. Paul, Linda e seus três filhos ficaram em uma, enquanto Laine, sua esposa Jojo, Emerick e os dois roadies dos Wings ficaram em outra.

O grupo estabeleceu uma rotina de gravar durante a semana e conhecer a cidade nos finais de semana. Paul se juntou temporariamente a um clube de campo local, onde passava a maior parte das manhãs. A banda era levada ao estúdio no início da tarde, onde as gravações duravam até o final da noite e às vezes até o início da manhã. Para compensar os membros da banda que partiram, McCartney tocou a bateria e guitarra solo, além de suas contribuições no baixo elétrico, com Laine tocando a guitarra base e Linda adicionando teclados.[2] A primeira faixa que gravaram foi "Mamunia",[15] título que Paul pegou do nome de um hotel em Marraquexe onde havia se hospedado em abril de 1973.[16]

É uma coleção de canções e a ideia básica sobre Band on the Run é uma espécie de fuga da prisão. No início do álbum, o cara está preso dentro de quatro paredes e sai correndo. Há um fio, mas não um conceito.[15]

– Paul McCartney

Várias das canções presentes no álbum refletem temas de fuga e liberdade,[17] enquanto a estrutura lembra a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e Abbey Road.[18] A faixa-título foi parcialmente inspirada por uma observação que George Harrison fez durante uma das muitas reuniões de negócios que os Beatles compareceram em 1969,[19] em um esforço para resolver os problemas que afligiam a Apple.

Além dos desafios apresentados pelo estúdio abaixo do padrão, alguns eventos ocorreram durante a estadia da banda em Lagos. Enquanto caminhavam uma noite, Paul e Linda foram roubados com uma faca. Os assaltantes levaram todos os seus objetos de valor, incluindo um saco contendo um caderno cheio de letras e músicas manuscritas, e cassetes contendo demos de canções a serem gravadas.[7] Em outra ocasião, Paul estava fazendo overdubs de um vocal quando começou a ficar sem ar. De acordo com o engenheiro de som Geoff Emerick: "Em poucos segundos, (Paul) ficou branco como um lençol, explicando-nos em voz rouca que ele não conseguia recuperar o fôlego. Decidimos levá-lo para fora para tomar um ar fresco (...) (mas) uma vez que ele foi exposto ao calor escaldante, ele se sentiu ainda pior e começou a desmaiar aos nossos pés. Linda começou a gritar histericamente; ela estava convencida de que ele estava tendo um ataque cardíaco (...) O diagnóstico oficial era que ele tinha sofreu um espasmo brônquico causado por fumar demais."[20] Outro incidente foi o confronto com o pioneiro local do afrobeat e ativista político Fela Kuti, que acusou publicamente a banda de estar na África para explorar e roubar a música africana após uma visita ao seu clube. Kuti foi ao estúdio para confrontar Paul, que tocou suas músicas para ele mostrar que não continham influência local. Mais tarde, o baterista e ex-membro do Cream, Ginger Baker, convidou os Wings para gravar seu álbum inteiro em Ikeja. Paul concordou em ir lá por um dia. A música "Picasso's Last Words (Drink to Me)" foi gravada no estúdio ARC, com Baker contribuindo com uma percussão.

(Paul e eu) fizemos o álbum como se não estivéssemos em uma banda, como se fôssemos apenas dois produtores ou músicos.[21]

– Denny Laine

A gravação da maioria das faixas básicas do álbum, juntamente com os overdubs, foi concluída após seis semanas na Nigéria.[22] Depois de organizar um churrasco na praia para comemorar o fim das gravações,[23] os Wings voltaram à Inglaterra em 23 de setembro de 1973,[24] onde foram recebidos por fãs e jornalistas.[25] Ao retornar a Londres, Paul e Linda receberam uma carta da gravadora datada de antes da banda deixar a Inglaterra, alertando-os para não irem a Lagos devido a um surto de cólera.[26]

Em outubro, duas semanas após o retorno da banda à Londres, o trabalho começou no estúdio AIR de George Martin, onde muitas das gravações feitas em oito canais passaram para dezesseis canais.[27] "Jet", em homenagem a um dos filhotes do labrador de Paul, foi gravado na íntegra no AIR.[28][29] Paul, Denny e Linda realizaram mais overdubs nas gravações feitas em Lagos durante este período; todos os arranjos orquestrais para o álbum foram gravados no AIR em um único dia, conduzidos por Tony Visconti.[30] Visconti teve três dias para escrever os arranjos, incluindo a orquestra para a faixa-título. Visconti disse que os arranjos foram colaborações com Paul e ficou surpreso por não ter sido creditado corretamente por seu trabalho até o relançamento do 25º aniversário do álbum.[31] Outro convidado foi o saxofonista Howie Casey, que contribuiu em "Bluebird", "Mrs. Vanderbilt"[19] e "Jet", e se tornaria o trompista regular da banda.[32] A mixagem final do álbum foi concluída em três dias no estúdio Kingsway, em Londres, no início de novembro.[1]

Arte da capa editar

A capa do álbum foi tirada em Osterley Park, oeste de Londres, em 28 de outubro de 1973 pelo fotógrafo Clive Arrowsmith.[22] Nela, aparece Paul, Linda e Laine, além de outras seis pessoas vestidas como presidiárias, pegas por um holofote.[33] As outras faces apresentadas são: Michael Parkinson, Kenny Lynch, James Coburn, Clement Freud, Christopher Lee e John Conteh.[34] O fotógrafo detalhou que a foto final foi uma das quatro que ele achou aceitável nas 24 tentativas que fez. A baixa potência do holofote significava que todos tinham que ficar parados por dois segundos para a exposição adequada, o que foi dificultado pelo fotógrafo e os sujeitos que supostamente estavam "dopados" após uma festa realizada por Paul McCartney, tornando mais difícil para eles manterem a pose.[35]

Lançamento editar

A gravadora Apple lançou Band on the Run em 30 de novembro nos Estados Unidos[36] e em 5 de dezembro no Reino Unido.[37] Em vez da divulgação do álbum na rádio e na televisão ou com uma turnê, Paul realizou uma série de entrevistas, principalmente para o redator Paul Gambaccini da Rolling Stone.[38] As conversas com Gambaccini ocorreram em vários locais a partir de setembro de 1973.[39]

A canção "Helen Wheels" foi lançada como um single no final de outubro, chegando ao top 10 nos Estados Unidos em janeiro seguinte.[40] Por razões comerciais, a gravadora Capitol, distribuidora da Apple na América do Norte, incluiu "Helen Wheels" na versão do álbum lá lançada. Paul concordou, embora nunca tenha sido sua intenção incluir a faixa.[41] Embora "Helen Wheels" não esteja incluída nas edições em CD de Band on the Run no Reino Unido (exceto como faixa bônus na edição "The Paul McCartney Collection" de 1993 do álbum), ela apareceu frequentemente em lançamentos de CD do álbum nos Estados Unidos e Canadá, começando com o lançamento inicial da Columbia em 1984. As primeiras versões do lançamento da Capitol não listam "Helen Wheels" no rótulo ou no encarte do CD, tornando a música uma "faixa oculta".

Performance comercial editar

A recepção comercial não foi espetacular inicialmente, com um público receoso após os lançamentos anteriores da banda.[42][43] Na parada de álbuns do Reino Unido, Band on the Run subiu para a nona posição em 22 de dezembro,[44] permanecendo lá por uma segunda semana antes de cair para o 13º lugar.[45] Na Billboard, alcançou a sétima posição em 2 de fevereiro de 1974 e depois passou as próximas seis semanas no alcance inferior dos dez primeiros.[46] O álbum alcançou um sucesso considerável, no entanto, graças à popularidade dos dois singles – "Jet" e a faixa-título.[47]

"Jet" foi lançada em 28 de janeiro nos Estados Unidos, com "Mamunia" como o lado B das prensagens iniciais do single, embora logo tenha sido substituída por "Let Me Roll It", que era o lado B do lançamento no Reino Unido, em 15 de fevereiro.[48] O sucesso da canção deu um novo impulso ao álbum,[49][50] que atingiu o número dois no Reino Unido no final de março[51] e liderou as listas da Billboard em 13 de abril.[52]

"Band on the Run" foi lançada em 8 de abril nos Estados Unidos, com "Nineteen Hundred and Eighty-Five" como o lado B;[53] o lançamento no Reino Unido seguiu em 28 de junho, com a instrumental "Zoo Gang" como o lado B.[54] Devido à popularidade de "Band on the Run",[55] o álbum voltou ao 1º lugar na Billboard em 8 de junho, quando o single liderou simultaneamente a Billboard Hot 100.[56] Na Grã-Bretanha, o álbum finalmente atingiu a 1ª posição em 27 de julho,[57] pela primeira de sete semanas consecutivas no topo.[58] Nas listas alternativas do Reino Unido compiladas pela Melody Maker, Band on the Run permaneceu entre os dez primeiros de 26 de janeiro a 23 de novembro de 1974. Durante esse período, seu desempenho nas paradas refletiu da mesma forma a popularidade dos dois singles, com o álbum passando três semanas no 2º lugar em abril e seis semanas no número um ao longo de agosto e na primeira semana de setembro.[59]

O álbum liderou a parada da Billboard em três ocasiões distintas durante 1974,[60] e foi o álbum mais vendido daquele ano na Austrália e no Canadá. Na Grã-Bretanha, ficou em segundo lugar na classificação de fim de ano, atrás da coletânea The Singles: 1969–1973 dos Carpenters. Através deste sucesso com o Wings, Paul se estabeleceu como o mais bem sucedido comercialmente dos quatro ex-Beatles.[61][62] Band on the Run acabou sendo certificado como platina tripla pela Associação Americana da Indústria de Gravação; ele iria vender 6 milhões de cópias em todo o mundo[63] e se tornar o álbum mais vendido da EMI na década de 1970 no Reino Unido.[64] Seu sucesso contínuo até 1974 também foi benéfico ao permitir que a banda recrutasse um novo guitarrista e baterista antes de iniciar novas gravações.[65]

Recepção crítica editar

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic      [66]
Christgau's Record Guide C+[67]
Mojo      [68]
MusicHound Rock 4/5[69]
PopMatters           [70]
Record Collector      [71]
Rolling Stone      [72]
The Rolling Stone Album Guide      [73]
Uncut      [74]
Virgin Encyclopedia of Popular Music      [75]

Após seu lançamento, Band on the Run recebeu críticas favoráveis. O autor Robert Rodriguez escreve que, após a decepção dos trabalhos anteriores de Paul desde o fim dos Beatles, "foi exatamente o disco que os fãs e críticos esperavam que ele fizesse (...)"[76]

Em uma crítica combinada com o álbum Ringo, Charles Shaar Murray da revista NME escreveu: O ex-Beatle menos propenso a restabelecer sua credibilidade e liderar o campo conseguiu com um golpe de mestre em um álbum intitulado Band on the Run." Além de elogiar Paul por usar o sintetizador "como um instrumento, e não como uma 'almofada elétrica de gritos'".[77]

Escrevendo para o New York Times, Loraine Alterman considerou o álbum "com uma grande quantidade de músicas atraentes, mesmo que as letras às vezes façam tanto sentido quanto a foto da capa" e admirou a "fascinante gama de sons" oferecida na faixa-título, bem como a "aura adorável e romântica" de "Bluebird". Embora observando a importância da produção de estúdio no efeito geral, Alterman escreveu: "Paul conseguiu tornar as complexidades da gravação em várias faixas tão naturais e frescas quanto o amanhã".[78] Jon Landau da revista Rolling Stone descreveu o álbum como sendo "com a possível exceção de Plastic Ono Band de John Lennon, o melhor disco já lançado por qualquer um dos quatro músicos que já foram chamados de Beatles".[4] A Rolling Stone nomeou Band on the Run um dos melhores álbuns do ano de 1973.[79]

Em 2000, a revista Q colocou o álbum na 75ª posição em sua lista dos "100 Maiores Álbuns Britânicos de Todos os Tempos". Em 2012, foi listado em 418º lugar em uma revisão da lista da Rolling Stone dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos".[3] O álbum é apresentado no livro 1001 Álbuns que Você Deve Ouvir Antes de Você Morrer.[80] Escrevendo para a revista Mojo em 2011, John Harris incluiu Band on the Run entre "a trilogia de álbuns solo pós-Beatles verdadeiramente essenciais", juntamente com o All Things Must Pass de Harrison e o Plastic Ono Band de Lennon.[81]

Relançamentos editar

Em 1993, Band on the Run foi remasterizado e relançado em Compact Disc (CD) como parte da série Paul McCartney Collection com "Helen Wheels" e seu lado B, "Country Dreamer", como faixas bônus. Em 1996, foi lançado em 5.1 Music Disc. Em maio de 2007, o álbum foi disponibilizado na iTunes Store.

Em 1999, Band on the Run: 25th Anniversary Edition, uma edição especial estendida do álbum, foi lançada para coincidir com os vinte e cinco anos depois que o álbum começou a decolar em março de 1974, após um início lento.[82] Nesta versão, "Helen Wheels" apareceu como a faixa 8, entre "No Words" e "Picasso's Last Words (Drink to Me)", como havia sido posicionada no lançamento norte-americano. O pacote inclui um disco extra de apresentações ao vivo das canções ao longo dos anos, bem como breves apresentações recentes de Paul. Depoimentos falados também estão incluídos do próprio, de Linda (a quem este relançamento é postumamente dedicado), Laine, Dustin Hoffman (a inspiração por trás de "Picasso's Last Words") e as outras pessoas na capa, incluindo James Coburn, que estava na Grã-Bretanha na época filmando The Internecine Project, e Christopher Lee.

Em 2 de novembro de 2010, o álbum foi relançado como o primeiro lançamento da "Paul McCartney Archive Collection".[83][84] Band on the Run foi reeditado em várias formatos:[85]

  • Edição padrão: versão inglesa do álbum original de 9 faixas.
  • Edição especial: o álbum original de 9 faixas no primeiro disco, um segundo disco com 9 faixas bônus e um DVD.
  • Box Set: o álbum original de 9 faixas, o disco bônus, um disco do material bônus da reedição de 1999 e um DVD.
  • Versão remasterizada de 2 LPs da Edição Especial e um link para download digital do material.

Em 2 de fevereiro de 2024, uma edição Super Deluxe do álbum será lançada.[86][87]

Lista de faixas editar

Versão inglesa editar

Todas as faixas foram compostas por Paul e Linda McCartney, exceto "No Words" (escrita por Paul McCartney e Denny Laine).[88]

Lado um
N.º Título Duração
1. "Band on the Run"   5:13
2. "Jet"   4:08
3. "Bluebird"   3:23
4. "Mrs. Vandebilt"   4:39
5. "Let Me Roll It"   4:50
Lado dois
N.º Título Duração
1. "Mamunia"   4:50
2. "No Words"   2:35
3. "Picasso's Last Words (Drink to Me)"   5:48
4. "Nineteen Hundred and Eighty-Five"   5:31

Versão norte-americana editar

Lado um
N.º Título Duração
1. "Band on the Run"   5:13
2. "Jet"   4:08
3. "Bluebird"   3:23
4. "Mrs Vandebilt"   4:39
5. "Let Me Roll It"   4:50
Lado dois
N.º Título Duração
1. "Mamunia"   4:50
2. "No Words"   2:35
3. "Helen Wheels"   3:47
4. "Picasso's Last Words (Drink to Me)"   5:48
5. "Nineteen Hundred and Eighty-Five"   5:31

Archive Collection (2010) editar

Disco 1

Faixas 1–9 do lançamento original no Reino Unido.

Disco 2: Faixas bônus (Edições Special, Vinyl e Deluxe)

  • "Helen Wheels" – 3:46 (single fora do álbum)
  • "Country Dreamer" - 3:08 (lado B de "Helen Wheels")
  • "Bluebird" - 3:27 (de One Hand Clapping)
  • "Jet" - 3:56 (de One Hand Clapping)
  • "Let Me Roll It" - 4:23 (de One Hand Clapping)
  • "Band on the Run" - 5:13 (de One Hand Clapping)
  • "Nineteen Hundred and Eighty Five" - 5:58 (de One Hand Clapping)
  • "Country Dreamer" - 2:14 (de One Hand Clapping)
  • "Zoo Gang" - 2:01 (lado B de "Band on the Run")

Disco 3 (Edição Deluxe)

Este disco contém um documentário em áudio do álbum, originalmente lançado em 1999 como Disco 2 do relançamento da edição do 25º aniversário.

DVD (Edições Special e Deluxe)

  1. Videoclipe de "Band on the Run"
  2. Videoclipe de "Mamunia"
  3. Promoção do álbum
  4. Videoclipe de "Helen Wheels"
  5. Wings em Lagos
  6. Osterley Park
  7. One Hand Clapping
    • Lista de faixas:
      1. Tema de One Hand Clapping
      2. "Jet"
      3. "Soily"
      4. "C Moon"
      5. "Little Woman Love"
      6. "Maybe I'm Amazed"
      7. "My Love"
      8. "Bluebird"
      9. "Let's Love"
      10. "All of You"
      11. "I'll Give You a Ring"
      12. "Band on the Run"
      13. "Live and Let Die"
      14. "Nineteen Hundred and Eighty Five"
      15. "Baby Face"

DVD bônus (Edição especial vendida apenas na Best Buy)

  1. EPK de Band on the Run (2010)
  2. "Jet" (de Good Evening New York City)
  3. "Mrs. Vandebilt" (de Good Evening New York City)
  4. "Band on the Run" (de Good Evening New York City)

Somente download (Faixas bônus em paulmccartney.com)[89]

  1. "No Words" (Ao vivo em Glasgow) - 2:56
  2. "Band on the Run" (Ao vivo em Glasgow) - 6:57

Ficha técnica editar

Segundo Bruce Spizer:[90]

Wings

  • Paul McCartney – vocais, baixo, guitarras, teclados, percussão
  • Linda McCartney – vocais de apoio, teclados, percussão
  • Denny Laine – vocais principais (em "No Words" e "Picasso's Last Words"), vocais de apoio, guitarras, percussão

Produção e músicos adicionais

  • Paul McCartney – produção
  • Tony Visconti – orquestrações
  • Geoff Emerick – engenharia
  • Howie Casey – saxofone (em "Jet",[91] "Bluebird" e "Mrs. Vandebilt")
  • Ginger Baker – percussão (em "Picasso's Last Words")
  • Remi Kabaka – percussão (em "Bluebird")
  • Ian Horne, Trevor Jones (roadies) – vocais de apoio (em "No Words")

Paradas editar

Referências editar

  1. a b c Spizer, p. 172.
  2. a b James E. Perone (17 de outubro de 2012). The Album: A Guide to Pop Music's Most Provocative, Influential, and Important Creations. p. 585. [S.l.]: ABC-CLIO. ISBN 9780313379079. Cópia arquivada em 18 de setembro de 2017 
  3. a b «500 Greatest Albums of All Time: Paul McCartney and Wings, 'Band On The Run'». Rolling Stone. 2012. Cópia arquivada em 4 de junho de 2012 
  4. a b Jon Landau (31 de janeiro de 1974). «Band on the Run». Rolling Stone. 153. Cópia arquivada em 2 de junho de 2007 
  5. «Grammy Hall of Fame Letter B». Grammy. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2011 
  6. Schaffner, p. 165.
  7. a b Ghosh, Palash (16 de julho de 2013). «Band On The Run: 40 Years Ago, Paul McCartney Saved His Career With An Album Made Under Duress In Nigeria». International Business Times. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2017 
  8. Ingham, Chris (2005). «Introduction: Ten Years After». In: Hunt, Chris. NME Originals: Beatles – The Solo Years 1970–1980. London: IPC Ignite!. p. 14 
  9. Doggett, p. 208.
  10. Cruickshank, Noah (14 de janeiro de 2014). «With Band On The Run, Paul McCartney escaped The Beatles' shadow». The A.V. Club. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2015 
  11. McGee, Garry (1 de janeiro de 2003). Band on the Run: A History of Paul McCartney and Wings. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. 48. ISBN 9780878333042 
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  32. Sounes, pp. 313, 316.
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  40. Spizer, p. 167.
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Fontes

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