O Xterra é um utilitário esportivo da Nissan, derivado da picape Frontier. Foi fabricado entre 1999 e 2015, em duas gerações.

Nissan Xterra
Nissan Xterra
Visão geral
Nomes
alternativos
Nissan Paladin (China)
Nissan Roniz (Irã)
Produção 19992015
20032007 (Brasil)
20032015 (China)
19992009 (Irã)
Fabricante Nissan

Foi montado no Brasil entre 2003 e 2007, na planta de São José dos Pinhais (PR). O Xterra foi vendido em versão única (SE), recheada de equipamentos. Traz ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS e volante com regulagem de altura e distância. Além do nome Xterra (pronuncia-se "écs-terra"), o visual também reforça a ligação do carro com os caminhos que o asfalto não alcançou. Para-choques e grande dianteira de plástico cinza, rack no teto - que conta com um cesto para transportar objetos -, estribos laterais, máscara no farol e tomada de ar sobre o capô dão o tom da conversa.

O Xterra vai bem no fora de estrada, apesar de perder pontos para o Defender 110, que além de contar com bloqueio do diferencial central leva vantagem nos ângulos de ataque e de saída - respectivamente, 51 e 34 graus para o Defender, contra 34 e 29 graus do Xterra. A tração 4x4, com a opção de reduzida, os 23,5 centímetros de altura em relação ao solo - 2 a mais que no rival - e o bom curso da suspensão permitem ao Xterra enfrentar terrenos irregulares, sem reclamar.

O 2.8 turbodiesel entrega 34,7 kgfm de torque, antes das 2000 rpm. Isso significa que o motorista conta com força suficiente para superar os obstáculos de uma trilha. Esse torque também ajuda numa rápida ultrapassagem na estrada. Nos testes de retomada, em nossa pista de testes, o Xterra se saiu bem. O jipe levou 6,5 segundos para ir de 40 a 80 km/h em terceira marcha, enquanto um Santana Jalapão, por exemplo, medido em janeiro deste ano, precisou de 8,1 segundos.

Na cidade, o desempenho não é tão elogiável. Apesar da boa marca de 14 segundos na aceleração de 0 a 100 km/h, o comportamento do carro não agradou. O Xterra utiliza a plataforma da Frontier cabine simples, mas é 32,9 centímetros menor, 10 mais largo e 24,3 mais alto. E a engenharia, quando projetou o utilitário, manteve a mesma suspensão da picape. Ou seja, braços triangulares independentes na dianteira e feixe de mola semi-elíptico na traseira. O resultado não poderia ser diferente: o Xterra pula feito uma Frontier. Ainda mais porque o acerto dado às molas e amortecedores é rígido, para oferecer segurança em curvas. Na picape, que tem caçamba, existe o argumento da necessidade de se transportar carga. Mas no Xterra não. E haja rim para suportar os solavancos em nossas ruas cheias de quebra-molas e buracos. A estabilidade, que agradou na terra, também ficou comprometida no asfalto.

As semelhanças com a Frontier se estendem para o interior da cabine. O painel de instrumentos é idêntico. No entanto, pela posição dos bancos, a ergonomia do Xterra fica mais bem resolvida. Tudo está à mão, com destaque para os comandos giratórios do ar-condicionado e para a alavanca do câmbio, que fica mais próxima do motorista que na picape. A iluminação em branco é agradável ao olhos. Para as viagens longas o Xterra oferece um descansa-braço central, que se abre em um porta-trecos. Há bastante espaço para quem viaja no banco de trás - ao contrário do que costuma ocorrer nas picapes de cabine dupla. O Xterra é generoso para as pernas, joelhos, ombros e cabeça dos ocupantes. Isso sem falar na vista, já que o banco traseiro fica em posição mais elevada que o dianteiro. A única reclamação que pode vir dos passageiros de trás - e isso não é exclusividade deles - é quanto ao elevado nível de ruído do motor. O turbodiesel canta como barítono em noite de estreia. Em ponto-morto, são 52 decibéis, com os vidros fechados. Em rotações mais elevadas, o ruído interno beira os 80 decibéis.[1]

Galeria editar

Ver também editar

Referências

 
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