O Zero e o Infinito

O Zero e o Infinito (no original, em alemão, Sonnenfinsternis, isto é, Eclipse solar) é um romance escrito por Arthur Koestler, publicado inicialmente em inglês com o título Darkness at Noon, Escuridão ao meio-dia, em 1940.

Sonnenfinsternis
O Zero e o Infinito (PT)
Autor(es) Arthur Koestler
Idioma Língua alemã
País  Reino Unido
Editora Macmillan
Lançamento 1940
Páginas 254
Edição portuguesa
Editora Tip. Sequeira
Lançamento 1947
Páginas 335
Edição brasileira
Editora Globo
Cronologia
The Gladiators
Arrival and Departure

O personagem principal do romance, o fictício e velho militante Rubachov é inspirado nos líderes bolcheviques aniquilados pelo regime estalinista durante o Grande Expurgo na União Soviética. O livro relata as reflexões do preso político e o processo que o conduz a confessar um crime que ele não cometeu e, finalmente, à sua execução.[1][2]

Influência editar

 
Folheto para uma adaptação teatral de "Darkness at Noon", de Sidney Kingsley de 1953

Escritores interessados nas lutas políticas da época acompanharam Koestler e outros europeus de perto. O escritor britânico George Orwell escreveu: "Rubashov poderia ser chamado de Trotsky, Bukharin, Rakovski ou alguma outra figura relativamente civilizada entre os velhos bolcheviques."[3] Em 1944, Orwell observou que as melhores obras sobre política em inglês estavam sendo feitas por europeus e não-nativos britânicos, em seu ensaio sobre a discutida obra de Koestler, Darkness at Noon.[4]

Comunistas americanos e europeus consideraram O Zero e o Infinito como anti-estalinista e anti-URSS. Na década de 1940, vários roteiristas de Hollywood ainda eram comunistas, geralmente atraídos para o partido durante as crises económicas e sociais da década de 1930. De acordo com Kenneth Lloyd Billingsley em um artigo publicado em 2000, os comunistas consideraram o romance de Koestler importante o suficiente para evitar a sua adaptação para o cinema.[5]

Referências

  1. Koestler, Arthur (1941). Darkness at Noon. [S.l.]: Scribner. pp. ii 
  2. Calder, Jenni (1968). Chronicles of Conscience: A Study of George Orwell and Arthur Koestler. [S.l.]: Martin Secker & Warburg Limited. 127 páginas 
  3. George Orwell, Arthur Koestler. Essay, at www.george-orwell.org Arquivado em 9 de novembro de 2013, no Wayback Machine.
  4. Orwell, "Arthur Koestler (1944)"[ligação inativa], in Collected Essays, (1944), ebooks at University of Adelaide, accessed 25 June 2012
  5. Kenneth Lloyd Billingsley,"Hollywood's Missing Movies: Why American Films Have Ignored Life under Communism", in Reason Magazine, June 2000

Ligações externas editar

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