Nota: Para outros significados, veja Odão.

Odão de Clúnia (em latim: Odo Cluniacensis; em francês: Odon) foi o segundo abade de Clúnia, responsável por várias reformas no sistema cluniacense no Reino da França e no Reino Itálico. É venerado como santo pela Igreja Católica.

Santo Odão
Odão de Clúnia
Santo Odão na Igreja de Santa Maria em Buxheim, na Alemanha
Nascimento c. 878
Le Mans, Reino da França
Morte 18 de novembro de 942 (64 anos)
Veneração por Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
Comunhão Anglicana
Festa litúrgica 18 de novembro
Padroeiro Para chuvas
Portal dos Santos

Existe apenas uma única biografia contemporânea sobre ele, a "Vita Odonis" de João de Salerno.

Vida editar

Odão era filho de um senhor feudal de Déols, perto de Le Mans, e foi educado desde cedo na corte de Guilherme, o Piedoso, duque da Aquitânia. Depois de se juntar à Abadia de São Martinho de Tréveris, estudou em Paris com Remígio de Auxerre. Por volta de 909, tornou-se monge, padre e, finalmente, superior da escola da Abadia de Baume, cujo abade, Berno, foi o fundador e primeiro abade da Abadia de Clúnia em 910. Odão o seguiu levando junto sua biblioteca e tornou-se abade com a morte de Berno em 927.

Autorizado por um privilégio do papa João XI em 931, Odão reformou os mosteiros da Aquitânia, norte da França e Itália. O privilégio deu-lhe poderes para unir diversas abadias sob sua supervisão e para receber em Clúnia monges de abadias beneditinas ainda não reformadas. Porém, a maior parte dos mosteiros reformados permaneceu independente e diversos se transformaram também em pólos de reforma. Odão se tornou o grande reformador de Clúnia, uma abadia que se tornou-se o modelo de monasticismo por mais de um século e transformou o papel da piedade na vida diária europeia (veja Reformas cluníacas).

Entre 936 e 942, Odão visitou a Itália diversas vezes, fundando em Roma o mosteiro de Nossa Senhora no Aventino e reformando outros tantos conventos, como em Subíaco e Monte Cassino. Odão era também, por vezes, encarregado com importantes missões políticas, como, por exemplo, quando a paz foi firmada entre Hugo de Arles e Alberico I de Espoleto.

Obras editar

Entre suas obras estão:

Alguns acadêmicos atribuem-lhe também a "Musica Enchiriadis".

Ligações externas editar

 
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