Oduvaldo Vianna

escritor brasileiro
(Redirecionado de Oduvaldo Viana)

Oduvaldo Vianna (São Paulo, 27 de fevereiro de 1892 - Rio de Janeiro, 30 de maio de 1972) foi um autor, diretor, produtor e roteirista de teatro e cinema e militante comunista[1][2][3] brasileiro.

Oduvaldo Vianna

Suas peças teatrais começaram a ser encenadas em 1916. Em 1919 faz sucesso com "O Almofadinha" pela Companhia Nacional de Comédias e Vaudevilles no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Do mesmo ano é a opereta O Clube dos Pirrôs pela Companhia Paschoal Segretto e as revistas "Viva a república" e "Flor da noite".

Em 1921, Oduvaldo cria com o escritor Viriato Corrêa e o empresário Nicolino Viggiani uma companhia que se instala no Teatro Trianon, o mais importante do Rio na década de 1920. Eles encenam três peças de Oduvaldo, entre elas "Terra Natal", comédia sobre os costumes importados adotados na, então, Capital Federal, e dissolvem a companhia em um ano.

Em 1922 é um dos fundadores da Companhia Abigail Maia, com a própria atriz, e no ano seguinte passa a dirigir a Companhia Brasileira de Comédias.

Em 1931, dirige suas próprias peças como "Um tostãozinho de felicidade" e "Sorrisos de mulher" na Companhia Brasileira de Espetáculos Modernos.

No mesmo ano passa a escrever para o principal ator da época, Procópio Ferreira, peças como "O Vendedor de ilusões", "Feitiço, "Segredo", "Mas que mulher!" e "Fruto proibido".

Sua consagração surge com "Amor", em 1933, com a Companhia Dulcina Durães Odilon. Ele mesmo dirigiu, com modernidades para a época, sua peça que defendia o divórcio para deixar os ex-cônjuges livres para novos amores.

Seu filme "Bonequinha de Seda" (1936), que ele dirigiu e roteirizou, tornou-se um clássico do cinema brasileiro.

Na segunda metade dos anos da década de 1930, ele dirige a Escola de Teatro Martins Pena. Na década seguinte chega ao rádio, onde passa a escrever radionovelas que ficam famosas, algumas chegam até a ganhar novas versões na televisão, anos depois.

Em 1963 recebe a Medalha de Honra ao Mérito, por mais de trinta anos dedicados ao teatro, dada pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

É pai de Marilda Vianna, Yedda Vianna e Oduvaldo Vianna Filho.

Cinema e televisão editar

Dramaturgia editar

  • 1916 - Amigos de Infância
  • 1919 - Amor Bandido
  • 1919 - O almofadinha
  • 1919 - O Clube dos Pierrots
  • 1919 - Viva a República
  • 1919 - Flor da Noite
  • 1920 - Terra Natal
  • 1920 - A Casa do Tio Pedro
  • 1921 - Manhãs de Sol
  • 1921 - A Vida é um sonho
  • 1928 - O Castagnaro da Festa
  • 1929 - Diz isso cantando
  • 1931 - O vendedor de ilusões
  • 1931 - O Homem que Nasceu Duas Vezes
  • 1931 - Feitiço

Referências editar

  1. «Biografia de Vianinha é relançada - Diário do Grande ABC». Jornal Diário do Grande ABC 
  2. Nunes, Mariana. «40 anos sem Vianinha, intelectual comunista e dramaturgo da condição humana». pcb.org.br (em inglês). Consultado em 23 de junho de 2017 
  3. «Vianinha: A Arte é essencial para a Revolução - A Verdade». Jornal A Verdade. 3 de janeiro de 2014