Ofensiva no leste da República Democrática do Congo em 2009

A ofensiva no Congo Oriental em 2009 foi uma ofensiva militar conjunta da República Democrática do Congo e do Ruanda contra o grupo rebelde hutu Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR), descendente dos grupos que executaram o genocídio de Ruanda em 1994. A operação militar foi chamada de 'Umoja Wetu', termo em suaíli para "Nossa Unidade".[5] Após a conclusão dessa ofensiva, uma segunda operação militar conduzida pelo governo da República Democrática do Congo com o apoio direto das tropas de manutenção da paz das Nações Unidas (a MONUC), seria lançada em março como Operação Kimia II.[6]

Ofensiva no leste da República Democrática do Congo em 2009
Guerra do Quivu
Data 20 de janeiro - 27 de fevereiro de 2009
Local Quivu, República Democrática do Congo
Desfecho Vitória congolesa-ruandesa
Beligerantes
 República Democrática do Congo
 Ruanda
Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda
República Democrática do Congo Mai-Mai
Comandantes
República Democrática do Congo John Numbi
Ruanda James Kabarebe [1]
Sylvestre Mudacumura (FDLR)
Forças
República Democrática do Congo desconhecido
Ruanda 5.000 [2]
6.000 – 7.000
Baixas
5 soldados congoleses mortos, 3 soldados ruandeses mortos, 12 soldados congoleses e ruandeses feridos[3] 153 milicianos das FDLR mortos, 8 feridos, 19 capturados, 140 rendidos e 5.000 repatriados[3]
Mais de 250 civis mortos[4]

Cronologia

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Ruanda e a República Democrática do Congo fizeram um acordo para erradicar os elementos das FDLR do leste do Congo. [7] Em 20 de janeiro de 2009, 1.000 soldados ruandeses cruzaram a fronteira para o leste do Congo, perto de Goma, e estavam trabalhando, segundo oficiais das Nações Unidas, como assessores das tropas congolesas.[8]

Em 23 de janeiro de 2009, alguns rebeldes começaram a se render às tropas ruandesas e congolesas. [7]

Os primeiros relatos de combates ocorreram em 24 de janeiro de 2009, quando o exército congolês informou que matou nove milicianos das FDLR. Em resposta, os rebeldes alegaram que não perderam nenhum homem e que foi o próprio exército congolês que sofreu baixas com nove soldados mortos e um ferido em um confronto com um grupo de milicianos Mai-Mai. [2] Nessa época, as FDLR estavam em retirada do sul para a província de Quivu do Norte e o número de soldados ruandeses na região chegava a 5.000.

Em 26 de janeiro de 2009, os rebeldes tentaram retomar o vilarejo de Kasinga, mas foram repelidos por soldados congoleses e ruandeses nos combates que mataram quatro milicianos.

Em 18 de fevereiro de 2009, ataques aéreos mataram 40 rebeldes, 5 quilômetros a oeste de Goma. [4]

As forças ruandesas se retiraram em 27 de fevereiro de 2009. [3]

Referências