Operação Déjà vu

Operação Déjà vu foi a operação policial brasileira deflagrada pela Polícia Federal, em 8 de maio de 2018, que representou a 51ª fase da Operação Lava Jato.[1]

Prenderam-se na operação três ex-executivos da Petrobras e três operadores financeiros, um deles ligado ao MDB. A investigação aponta que a Odebrecht (atual Novonor) pagou propina equivalente a cerca de 200 milhões de reais entre 2010 e 2012 para obter um contrato com a Petrobras de 825 milhões de dólares. A propina teria sido paga a funcionários da estatal e a agentes que supostamente representavam políticos vinculados ao então PMDB, que teriam recebido outros 31 milhões de dólares através de contas mantidas por operadores financeiros no exterior.[2]

Cerca de 80 policiais federais cumpriram 23 ordens judiciais em três estados, incluindo quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, com o objetivo de reunir elementos probatórios da prática dos crimes de corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro.[3]

Um dos alvos da operação foi o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada. "O Jorge Zelada [então diretor da área], quando se referia ao contrato, dizia que os gerentes internacionais deveriam ‘usar e abusar’ desse contrato. Isso inverte a lógica da coisa pública, que é de baixar preços. Eles acabaram inflando os valores", disse o procurador da República Roberson Pozzobon.[4]

Ver também editar

Referências

  1. Macedo, Fausto; Teixeira, Luiz Fernando (8 de maio de 2018). «PF abre 51ª fase da Lava Jato». Estadão. Consultado em 11 de maio de 2018 
  2. «Dejà vu age contra esquema de R$ 200 mi na Petrobrás que envolve MDB». Estadão. 8 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 
  3. «PF deflagra a 51ª fase da Operação Lava Jato – Operação Déjà vu». Polícia Federal. 8 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 
  4. Peduzzi, Pedro (8 de maio de 2018). «Desvios apurados na Operação Déjà Vu podem chegar a R$ 200 milhões». Agência Brasil. EBC. Consultado em 11 de maio de 2018 

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