Operação Rosário

invasão de las Malvinas de 1982

Operação Rosário ("Operación Rosario") é o nome de código da operação militar desencadeada pelas Forças Armadas Argentinas no dia 2 de abril de 1982 com o objectivo de invadir e ocupar as ilhas Malvinas, um dos Territórios britânicos ultramarinos cuja soberania é reclamada pela Argentina. Em resposta, o Reino Unido enviou para o Atlântico Sul duas forças tarefa da Marinha Real Britânica com o objectivo de recuperar a soberania das ilhas, desencadeando a Guerra das Malvinas.

Mapa das Ilhas Malvinas
(toponímia argentina)

Trajetória editar

A Operação Rosário consistia em uma série de ações de intensidade crescente destinadas a recuperação argentina das ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul que executariam em sentido inverso (de Leste a Oeste e de menor a maior relevância política), iniciando-se de maneira mais discreta possível e culminando com a tomada do arquipélago das ilhas Malvinas e de sua capital, Puerto Argentino (Port Stanley), mediante um assalto direto. A Junta logrou manter em segredo o plano de Anaya até apenas 48 horas antes do início das hostilidades.

 
Forças militares argentinas patrulhando Port Stanley após a tomada da cidade, abril de 1982.

Às 5h45, o grupo de Sánchez-Sabarots abre intenso fogo com fuzis automáticos e granadas contra os acampamentos que supõe ser dos royal marines. Em poucos minutos, descobrem que não respondem ao fogo. O ruído, pelo contrário, alerta ao major Norman — quem dirige às forças britânicas — que os argentinos chegaram.

Porém o grupo de Giachino os observa para preparar o contra-ataque. Evitando-os, se dirige diretamente à residência do Governador, com intenção de atacá-la pela porta dos fundos. Cometem um erro e entram no anexo da área de serviço, onde três royal marines os estavam esperando e abrem fogo. Giachino cai gravemente ferido, enquanto o resto de seus homens responde aos tiros. Pedro Giachino morre depois, tornando-se assim a primeira baixa da Guerra das Malvinas.

Às 6h20, o Cabo San Antonio traz a companhia E com veículos anfíbios LVTP-7 do 2º Batalhão de Fuzileiros Navais, orientando-se com as boias que foram colocado pelos mergulhadores táticos do Santa Fé. Na primeira oportunidade, sob o comando do tenente-comandante Santillans, chega em terra e toma a direção do aeroporto. A companhia D desembarca pouco depois para tomar conta do farol.

Quando a companhia E chega às proximidades do antigo aeroporto, sofre o primeiro ataque dos fuzileiros navais britânicos. Um blindado LVTP foi avariado pelo disparo de um míssil antitanque do lança-foguetes Carl Gustav, porém a tripulação sai ilesa. O contra-almirante Busser, responsável pelo desembarque, começa a preocupar: as tropas blindadas ainda não entraram em contato com os comandos e a resistência britânica era mais intensa do que o esperado. Ordena que o 1º Batalhão e uma companhia de lança-foguetes de 105 mm sejam transportados por helicópteros à costa.

Às 8h30, o governador Hunt e o major Norman debatem sobre o que fazer. Cogitam dispersar pelo interior para formar uma guerra de guerrilhas, porém finalmente decidem que com forças tão pequenas não tem sentido. Fez trair a Héctor Gilobert, um argentino residente nas ilhas ao que consideram um espião, e o encarregam de negociar o cessar-fogo. Às 9h30, o governador Hunt se rende nas ilhas Malvinas ao contra-almirante Busser. Um avião de transporte militar argentino leva Hunt a Montevidéu, de onde voltará para Londres.

Sem dúvida, nas ilhas Geórgia do Sul, os britânicos não aceitaram a rendição, que lhes é anunciada pelo navio Bahía Paraíso. Na manhã do dia 3, as forças argentinas trataram de tomar Grytviken e os 22 fuzileiros navais britânicos reagiram. Não somente derrubaram um helicóptero Puma, como também danificaram a corveta Guerrico com intenso fogo de infantaria e de um lança-foguetes Carl Gustav quando tentaram aproximar-se do povoado. O cabo Guanca e os soldados Mario Almonacid e Jorge Águila morreram e outros ficaram feridos. Finalmente, o Guerrico é abandonado e, embora tenha inutilizado o seu canhão principal de 105 mm, dispara uma salva com o canhão de 40 mm contra as posições britânicas. Ante deste desfecho, com um fuzileiro ferido num braço e com os soldados infantes argentinos aproximando-se, os royal marines decidem render-se.

Ligações externas editar

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