Oséas Cardoso

político brasileiro

Oséas Cardoso Paes (Viçosa, Alagoas, 21 de outubro de 1913 - Brasília, 31 de maio de 2009) foi um deputado federal e estadual, jornalista e agricultor alagoano.[1]

Oséas Cardoso
Nascimento 21 de outubro de 1913
Morte 31 de maio de 2009
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, político

Biografia editar

Nasceu em Viçosa no estado de Alagoas. Filho de João Cardoso Paes e de Alcina Saraiva Cardoso. Participou da Revolução de 1930. Um dos fundadores e também presidente do Centro Cultural Emílio de Maia, em Maceió, em 1939. Repórter do Jornal de Alagoas em 1940, transfere-se no ano seguinte para a Gazeta de Alagoas, onde permanece por um ano. Prefeito, durante o Estado Novo, dos municípios de Pilar (1942), e Piranhas (1943-44). Em 1945, é um dos fundadores do PSD. Foi secretário do diretório municipal de Maceió e suplente da comissão executiva do diretório estadual. Em janeiro de 1947 elege-se deputado estadual. Participa dos trabalhos constituintes e exerce o mandato ordinário. Reeleito em outubro de 1950, sempre na legenda do PSD. Lidera a sua bancada e é também vice-líder do governo na Assembleia Legislativa a partir de 1952. Em 1954 transfere-se para o Partido Trabalhista Nacional (PTN) de cujo diretório regional seria presidente. Reeleito em outubro de 1954, agora na legenda do PTN. Neste mandato foi o autor do pedido de impedimento do governador Muniz Falcão. Reeleito em outubro de 1958, agora pela UDN. Durante seu mandato foi membro das Comissões de Constituição e Justiça e da de Orçamento entre outras. Eleito deputado federal no pleito de outubro de 1962, ainda na legenda da UDN. Nessa legislatura participou das comissões de Serviço Público, de Segurança Nacional e do Vale do São Francisco. Com a extinção dos partidos políticos e a instauração do bipartidarismo filiou-se à ARENA de cujo diretório regional foi presidente. Reeleito em novembro de 1966, na legenda da ARENA. Integra a Delegação Brasileira na Conferência da União Interparlamentar, em Dacar. Em abril de 1969 teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, com base no Ato Institucional nº.5. Passa a viver em Brasília, dedicado às atividades particulares. Em 1971, é nomeado chefe da representação do Sindicato e da Cooperativa do Açúcar de Alagoas, bem como da idêntica entidade do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Após a extinção do bipartidarismo filia-se ao PDS, pelo qual concorre, em 1982, à Câmara Federal, ficando na primeira suplência. Assume o mandato em julho de 1986, permanecendo até o fim da legislatura. A seguir, retorna às suas atividades particulares. Membro da Associação Brasileira de Ex-Congressistas. Um dos fundadores, em 1964, da Fundação Santo Antônio, em Alagoas.

Obras editar

  • Minha Vida Pública; Atividades Parlamentares, Departamento de Imprensa Nacional, 1966;
  • Em Memória do Padre Damaso; Resposta a um Senado; O Vale do Comendador; A Universidade Federal de Alagoas, Brasília, DIN, 1968;
  • A Justiça e a Oportunidade de um Projeto; Em Defesa da Estrada de Ferro Paulo Afonso; Vencimentos dos Servidores da Justiça Eleitoral; Em *Defesa de Minha Honra. Discurso Proferido na Sessão de 10 de maio de 1967, Brasília, DIN, 1967;
  • A Ponte de Penedo, Discurso Proferido Durante o Grande Expediente de 23 de Outubro de 1997, Brasília, Câmara dos Deputados, DIN, 1968;
  • O Político. Dezessete Anos Depois, Discursos e Outros Documentos, Brasília, Câmara dos Deputados/Centro de Documentação e Informação, 1986;
  • Retalhos de uma Vida: Documentário Político, Brasília, Câmara dos Deputados, 1987; Nossa Luta no Parlamento Brasileiro, 2 v. Senado Federal, Brasília, 1987;
  • O Impeachment, Arquivo Histórico. Fonte de Estudos Para a Interpretação de um Agitado Período Político, Brasília, Petry Gráfica e Editora, 1998; Páginas de Minha Vida, Brasília, Petry Gráfica Editora, 2001;
  • Lições e Testemunhos: Memórias, Brasília, Thesaurus, 2003;
  • No Governo Silvestre Péricles. Um Vulcão em Alagoas, 2005

Referências