A Osteologia é o ramo da anatomia que estuda a estrutura, forma e desenvolvimento dos Ossos e das articulações.

Sala de Osteologia comparada do Museu de História Natural de La Plata, Argentina.

Etimologicamente, esta palavra provém do grego ostéon (osso) + logos (ciência, tratado, discurso).[1] No que se refere à patologia óssea, a osteologia abrange doenças inflamatórias, tumores, lesões congênitas dos ossos e das articulações e afecções displásticas do esqueleto, causadas por modificações nos componentes orgânicos e inorgânicos. O principal grupo de doenças ósseas, no entanto, é objeto da traumatologia, que abrange o diagnóstico e o tratamento de fraturas e outras lesões traumáticas.[2]

Estrutura dura e sólida, constituída de por duas substâncias: uma orgânica, a osseína, de constituição glicoproteica, e outra inorgânica, representada pelos sais minerais, de cor branco amarelada que forma arcabouço,[3] sua principal função é a sustentação, proteção aos Orgãos internos, ponto de apoio para fixação dos músculos, reserva mineral e formação das Células do sangue.[4]

Função dos ossos

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  1. Proteção: Órgãos mais frágeis situados nas cavidades são protegidos por estruturas ósseas como por exemplo: medula neural, coração e pulmões.
  2. Sustentação: funcionam como fortes bases estruturais de sustentação e servem para adaptar-se ao meio e sustentar, como nas girafas, a cabeça, para a boca ficar o mais próximo possível de brotos de árvores.
  3. Dar formato ao corpo : o formato do corpo dos vertebrados é promovido pelo esqueleto.
  4. Armazena minerais e íons[5]
  5. Movimentação: Age como componente passivo de um movimento, sendo os músculos a parte ativa.
  6. Produz células sanguíneas (hematopoiese): As extremidades dos ossos mais longos produz sangue. Lá a osteoarquitetura é trabeculada, onde células pluripotenciais (stem cells) se inserem e acabam povoando o osso para produzirem células sanguíneas.
  7. Auto – remodelamento: Os ossos também têm a a capacidade do auto-remodelamento, para que seja possível a adaptação da postura ao meio que é exigido. o oposto também é possível, comumente gerando prejuízos a saúde, exemplo mais comum são os desvios de coluna, por vícios de posição e postura, causando a escoliose, lordose ou cifose.[6]

Tipos de ossos

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  • Longo: apresenta comprimento maior que a largura e o espessura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. 
 
  • Curto:  São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto.
  • Plano: ossos achatados que apresentam comprimento maior que a largura e espessura, são compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. 
  • Irregulares: cheios de saliência, formas e reentrâncias.Não apresenta forma definida [7]

O Esqueleto

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O esqueleto é composto por ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto humano é formado por 203 ou 204 ossos e se divide em cabeça, tronco e membros. A função mais importante do esqueleto é sustentar a totalidade do corpo e dar-lhe forma. Torna possível a locomoção ao fornecer ao organismo material duro e consistente, que sustenta os tecidos brandos contra a força da gravidade e onde estão inseridos os músculos, que lhe permitem erguer-se do chão e mover-se sobre sua superfície. O sistema ósseo também protege os órgãos internos (cérebro, pulmões, coração) dos traumatismos do exterior.[6]

O esqueleto animal pode dividir-se em

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  • Esqueleto axial
  • Esqueleto apendicular
  • Esqueleto visceral [3]

Referências

  1. Simões, Girão, Sasso, Silva, Alonso,Marques., Ricardo, João, Gisela, Rinaldo, Luís, Sergio (2014). Etimologia de termos Morfológicos. são Paulo: [s.n.] 66 páginas 
  2. «Traumatologia medicina relacionada a acidentes ósseos». Portal Medicos. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 22 de junho de 2017 
  3. a b «O Nosso Corpo Volume IV – Os ossos» (PDF). O Portal Saúde. Dezembro de 2008. Consultado em 22 de Junho de 2017 
  4. Amabis, José (2004). Biologia dos organismos. São Paulo: Moderna. 421 páginas 
  5. «Sistema Esquelético». Portal São Francisco. 18 de agosto de 2016. Consultado em 6 de julho de 2017 
  6. a b «Osteologia». Portal São Francisco. 18 de agosto de 2016. Consultado em 6 de julho de 2017 
  7. Aula de anatomia (2001). «Sistema esquelético». Aula de anatomia. Consultado em 22 de Junho de 2017