Our Dancing Daughters

filme de 1928 dirigido por Harry Beaumont

Our Dancing Daughters (bra: Garotas Modernas)[3] é um filme mudo estadunidense de 1928, do gênero drama romântico, dirigido por Harry Beaumont, e estrelado por Joan Crawford. Embora o filme não tenha diálogos audíveis, ele foi lançado com trilha sonora e efeitos sonoros sincronizados.[4]

Our Dancing Daughters
Our Dancing Daughters
Lobby card do filme.
No Brasil Garotas Modernas
 Estados Unidos
1928 •  p&b •  85 min 
Gênero drama romântico
Direção Harry Beaumont
Produção Hunt Stromberg
Roteiro Josephine Lovett
Elenco Joan Crawford
Música William Axt
Cinematografia George Barnes
Direção de arte Cedric Gibbons
Figurino David Cox
Edição William Hamilton
Companhia(s) produtora(s) Metro-Goldwyn-Mayer
Distribuição Metro-Goldwyn-Mayer
Lançamento
  • 7 de outubro de 1928 (1928-10-07) (Estados Unidos)[1]
Idioma mudo (intertítulos em inglês)
Orçamento US$ 178.000[2]
Receita US$ 1.099.000[2]

O filme impulsionou a carreira de Joan Crawford ao sucesso mundial.[5]

Sinopse editar

Diana Medford (Joan Crawford), apesar de um estilo de vida hedonístico, é uma jovem que possui bons princípios. Ela deseja casar-se com o milionário Ben Blaine (Johnny Mack Brown), porém é enganada por sua falsa amiga Ann (Anita Page), que acaba por ser a que consegue desposar o moço. Mas Ann encontra um destino trágico ao embebedar-se durante uma festa, o que pode dar à Diana a possibilidade de viver a vida que sempre quis.[6]

Elenco editar

  • Joan Crawford como Diana "Di" Medford / Diana, a Perigosa
  • Johnny Mack Brown como Ben Blaine
  • Nils Asther como Norman
  • Dorothy Sebastian como Beatrice "Bea"
  • Anita Page como Ann "Annikins"
  • Kathlyn Williams como Mãe de Ann
  • Edward J. Nugent como Freddie
  • Dorothy Cumming como Mãe de Diana
  • Huntley Gordon como Pai de Diana
  • Evelyn Hall como Mãe de Freddie
  • Sam De Grasse como Pai de Freddie

Produção editar

"Our Dancing Daughters" é considerada uma das melhores produções da Era do Jazz dos Estados Unidos.[4] John Douglas Eames, em um trecho de seu livro "The MGM Story" (1982), escreveu: "As mulheres cortavam seus cabelos mais curtos, misturavam drinques mais fortes, trocavam seus companheiros de cama mais rapidamente ... e milhões de espectadores corriam para ver como elas faziam isso".[7]

Sem o benefício do som, o filme procurou transmitir a efervescência dos Roaring Twenties, com inserções da arquitetura art déco e uma interpretação emocionante de Joan Crawford, "a melindrosa mais selvagem de todos os tempos".[8]

Joan Crawford também se despiu na frente do produtor Hunt Stromberg para conseguir o papel principal neste filme, mas assim que soube que era o diretor Harry Beaumont que estava encarregado da escalação do elenco, Joan foi ao escritório dele, repetiu a ação e conseguiu o papel.[9]

O filme transformou Crawford em uma estrela conhecida mundialmente;[7][8] com o crítico e historiador Ken Wlaschin nomeando-as entre os onze melhores de sua carreira.[8] O filme também deu um impulso considerável à carreira de Johnny Mack Brown, ao mostrar que o futuro cowboy das telas podia ser uma opção viável em produções românticas.[10]

Recepção editar

Bland Johnson, em sua crítica para o The New York Daily Mirror, comentou: "Joan Crawford ... faz o melhor trabalho de sua carreira".[11]

Foi em parte devido ao seu papel como a ferozmente livre dançarina de Charleston e bebedora de álcool na era da Lei Seca Diana Medford, que F. Scott Fitzgerald escreveu sobre Joan Crawford:[12]

"Joan Crawford é sem dúvida o melhor exemplo de melindrosa, a garota que você vê em boates elegantes, vestida com o ápice da sofisticação, brincando com copos gelados com uma expressão remota e levemente amarga, dançando deliciosamente, rindo muito, com olhos arregalados e magoados. Jovens com talento para viver".

Bilheteria editar

De acordo com os registros da Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou US$ 757.000 nacionalmente e US$ 342.000 no exterior, totalizando US$ 1.099.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 304.000[2]

Mídia doméstica editar

O filme foi lançado em DVD em 2010, e em Blu-ray em janeiro de 2022.[13]

Prêmios e indicações editar

Ano Cerimônia Categoria Indicado Resultado
1930 Oscar[14][15] Melhor roteiro adaptado Josephine Lovett Indicado
Melhor fotografia George Barnes

Bibliografia editar

Referências

  1. «The First 100 Years 1893–1993: Our Dancing Daughters (1928)». American Film Institute Catalog. Consultado em 27 de março de 2022 
  2. a b c «The Eddie Mannix Ledger, Appendix 1: "MGM Film Grosses, 1924 - 1948"». Margaret Herrick Library, Center for Motion Picture Study. Los Angeles: Historical Journal of Film, Television, and Radio, Vol. 12, No. 2. 1992 .
  3. «Cinearte (RJ) – 1926 a 1932 – DocReader Web». Brasil: memoria.bn.br. 16 de janeiro de 1929. Consultado em 27 de março de 2023 
  4. a b Maltin, Leonard (2010). Classic Movie Guide, segunda edição (em inglês). Nova Iorque: Plume. ISBN 9780452295773 
  5. Discovering: Joan Crawford - Sky Arts 12.12.2021
  6. Erickson, Hal. «Our Dancing Daughters». AllMovie. Consultado em 25 de abril de 2016 
  7. a b Eames, John Douglas (1982). The MGM Story (em inglês). Londres: Octopus Books. ISBN 0904230147 
  8. a b c Wlaschin, Ken (1985). The World's Great Movie Stars and Their Films (em inglês). Londres: Peerage Books. ISBN 1850520046 
  9. Moser, Margaret (2011). Movie Stars Do the Dumbest Things (em inglês). [S.l.]: St. Martin's Publishing. p. 54. ISBN 978-1580631075 
  10. Rainey, Buck (1987). Heroes of the Range (em inglês). Waynesville: The World of Yesterday. ISBN 9780936505039 
  11. Quirk, Lawrence J. (1968). The Films of Joan Crawford. [S.l.]: The Citadel Press. ISBN 978-0806503417 
  12. Fitzgerald, citado em Thomas, p. 7
  13. «Our Dancing Daughters» (em inglês). ASIN B0045FVEKG 
  14. «2.º Oscar - 1930». CinePlayers. Consultado em 27 de março de 2023 
  15. "The 2nd Academy Awards (1930) Nominees and Winners." Academy Awards website. Acessado em 27 de março de 2023.