Pílula anticoncepcional exclusivamente de progestágeno

pílulas contraceptivas que contêm somente progestágenos (progestinas) sintéticos e não contêm estrógeno

As pílulas exclusivamente de progestágeno (português europeu) ou pílulas exclusivamente de progestagênio (português brasileiro) (PEP) — ou pílulas exclusivamente de progestina — ou apenas minipílula, são pílulas contraceptivas que contêm somente progestágenos (progestinas) sintéticos e não contêm estrógeno. A dose de progesterona em uma minipílula é menor do que a dose de progesterona em uma pílula anticoncepcional combinada.

Pílula exclusivamente de progestágeno
Informação
Tipo Hormonal
Primeiro uso 1973
Taxas de falha (primeiro ano)
Uso perfeito 0.5%
Uso típico ?%
Utilização
Duração do efeito 1 dia
Reversibilidade Sim
Notas Tomados nas mesma hora todos os dias
Vantagens e desvantagens
Proteção contra IST Não
Aumento de peso Não
Vantagens na menstruação Geralmente mais leves e menos dolorosas
Anotações clínicas
Não afetada pela maioria dos antibióticos. Podem ser usados em pacientes com hipertensão e história de enxaquecas. Afetada por alguns antiepiléticos.

A minipílula engrossa o muco cervical e afina o revestimento do útero (endométrio) - evitando que os espermatozoides cheguem ao óvulo, a minipílula também suprime a ovulação, mas não de forma consistente, para eficácia máxima, deve ser ingerida na mesma hora todos os dias, sem interrupção.[1]

Características editar

Se usada corretamente, a minipílula tem 99% de eficácia, isso significa que menos de uma em cem pessoas que usam a minipílula engravidará em um ano.[2]

Indicações editar

A pílula só de progestágeno pode ser usada se a pessoa não puder usar anticoncepcionais que contenham estrogênio, se tiver mais de 35 anos e/ou for fumante.[2]

Por não conterem estrogênio as minipílulas são indicadas, preferencialmente, em situações em que há contraindicação absoluta ou relativa para o uso de estrogênios, presença de efeitos adversos com o uso do estrogênio ou durante a amamentação, a eficácia contraceptiva é maior durante o período da lactação. Quando as pílulas são tomadas de forma correta, ocorre menos de uma gravidez para cada 100 mulheres que as usam durante o primeiro ano (nove para cada 1.000 mulheres). A taxa de falha com o uso típico é de 3% a 5%.[3]


Distribuição editar

As pílulas só com progestagénio comercialmente disponíveis incluem as seguintes formulações comuns ou amplamente utilizadas:[4][5][6]

No Brasil, há disponível três marcas de minipílulas:[7]

Texto da legenda
Nome comercial Componente Dose Apresentação
Exluton Linestrenol 0.5mg 28 comprimidos
Norestin noretisterona 0.35mg 35 comprimidos
Nortel levonorgestrel 0,03mg 35 comprimidos

A minipílula Micronor composta de noretisterona foi descontinuada.

Referências

  1. «Minipill (progestin-only birth control pill)». Mayo Clinic. Consultado em 25 de julho de 2021 
  2. a b «The progestogen-only pill - Your contraception guide». National Heatlh System. Consultado em 25 de julho de 2021 
  3. «O uso de minipílula é recomendado para mulheres que não estão mais amamentando?». Telessaúde MS. Consultado em 25 de julho de 2021 
  4. Grimes DA, Lopez LM, O'Brien PA, Raymond EG (2013). «Progestin-only pills for contraception». Cochrane Database Syst Rev (11): CD007541. PMID 24226383. doi:10.1002/14651858.CD007541.pub3 
  5. Hussain SF (2004). «Progestogen-only pills and high blood pressure: is there an association? A literature review». Contraception. 69 (2): 89–97. PMID 14759612. doi:10.1016/j.contraception.2003.09.002 
  6. Sylvia K. Rosevear (15 de abril de 2008). Handbook of Gynaecology Management. [S.l.]: John Wiley & Sons. pp. 2–. ISBN 978-1-4051-4742-2 
  7. «Assistência em planejamento familiar» (PDF). Ministério da Saúde do Brasil