Papa João X

João X (Borgo Tossignano, c. 860 – Roma, c. 28 de maio de 928) foi o 122.º Papa da Igreja Católica, de março de 914 a 28 de maio de 928.[1] Seu nome de batismo era Giovanni di Tossignano.
João X
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122.º Papa da Igreja Católica | |
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Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | c. março de 914 |
Fim do pontificado | c. 28 de maio de 928 (14 anos) |
Predecessor | Lando |
Sucessor | Leão VI |
Ordenação e nomeação | |
Nomeação episcopal | março de 914 |
Ordenação episcopal | 15 de maio de 914 |
Cardinalato | |
Criação | 907 por Papa Sérgio III |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Dados pessoais | |
Nome de nascimento | Joannes de Tossignano ou Giovanni di Tossignano |
Nascimento | Borgo Tossignano, Estados Papais c. 860 |
Nacionalidade | italiano |
Morte | Roma, Estados Papais c. 28 de maio de 928 (68 anos) |
Sepultura | Basílica de São Pedro |
Títulos anteriores | - Bispo de Bolonha (900-904) - Arcebispo de Ravena (904-914) |
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Foi bispo de Bolonha e arcebispo de Ravena. Sua eleição foi marcadamente influenciada por Alberico I de Espoleto, conde de Túsculo e esposo de Marózia, genro, portanto, de Teofilato I e Teodora, a Maior, que dominavam Roma. Dessa circunstância aproveitaram-se os inimigos (que eram vários), notadamente o cronista Liuprando de Cremona, e muitos outros, para infamarem a amizade existente entre João X e várias senhoras de famílias influentes da cidade eterna (e que, não eram nem um pouco virtuosas).
João X foi um papa enérgico e independente. Havia já 30 anos que os Sarracenos desolavam o sul da Itália. Destruíram os grandes mosteiros de Subiaco e de Farfa, este defendido heroicamente sete anos pelo abade Pedro. Assaltavam os peregrinos, que iam a Roma, vendendo-os como escravos. Nem o rei Berengário, nem os duques conseguiam expulsar os infiéis.
Coroou Berengário imperador, em Roma (915), armou uma poderosa liga entre os duques e, auxiliado pela esquadra bizantina, expulsou os Sarracenos para sempre.[2] O ambicioso Alberico I, que comandara as tropas, excitou uma revolução, na qual morreu combatendo. O rei de Borgonha atacou Berengário e os Húngaros invadiram de novo a Itália. Marózia casou com Guido da Toscânia, com cujas tropas atacaram Roma, fez trucidar o comandante pontifício, Pedro, o irmão do Papa, ante os olhos deste!
O enérgico pontífice foi atirado a uma prisão, pelos partidários de Marózia, a cujos planos ambiciosos contrastara. Ali morreu de fome ou de ansiedade, um ano depois. Sua morte, embora mísera, é um desmentida às calúnias de Liuprando. A versão da morte por asfixia é muitíssimo pouco confiável, visto que foi escrita por Liuprant, um "historiador" conhecido por seu ódio a Roma. João X, apesar das lutas, cuidou muito da conversão dos Bárbaros e da reconstrução de mosteiros.
Referências
- ↑ «Veja a lista de todos os Papas da história». Renúncia de Bento XVI. 11 de fevereiro de 2013. Consultado em 31 de julho de 2019
- ↑ P, MCBRIEN, Richard. Papas (Os). [S.l.]: LOYOLA. p. 157. ISBN 9788515019137
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