Paragonimíase é uma infecção parasitária (verminose) que afeta os pulmões causada por vermes da dez espécies de Paragonimus. É transmitida pelo consumo de crustáceos. Estima-se que infecta 22 milhões de pessoas anualmente no mundo. É particularmente comum no Extremo Oriente. As infecções podem persistir durante 20 anos nos seres humanos. Porcos, cães e felinos também pode ser infectados por P. westermani.[1]

Paragonimiasis
Paragonimíase
Ciclo de vida (em inglês)
Especialidade infecciologia, helmintologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B66.4
CID-9 121.2
CID-11 1422824299
DiseasesDB 30756
eMedicine ped/1729
MeSH D010237
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Causa editar

Na América Latina a espécie responsável é o Paragonimus mexicanus e na África o P. africanus. É transmitido pelo consumo de mariscos crus ou cozidos apenas em vinagre, salmoura ou vinho. Cozinhar em água fervendo mata a cercária (forma infecciosa do verme). Caranguejos ou lagostas também são usados em práticas de medicina tradicional na Coreia, Japão e África podendo ser fonte de contágio.

Sinais e sintomas editar

Entre 2 a 15 dias após a infecção de primeira fase, pode ser sem sintomas (20% dos casos), ou caracterizada por[2]:

  • Diarreia,
  • Náusea,
  • Febre baixa,
  • Desconforto ao respirar,
  • Dor torácica,
  • Sudorese.

Essa fase pode durar semanas e geralmente é autolimitada (cura mesmo sem tratamento). A segunda fase, pulmonar, é caracterizada por[3]:

  • Meses de tosse com catarro,
  • Desconforto ao respirar ou Dispneia,
  • Tosse com sangue.

Essa fase pode ser confundida com tuberculose e também formar cistos e abcessos em outros órgãos como fígado, baço, rins e cérebro causando outros sintomas específicos do local afetado.[4]

Epidemiologia editar

É mais comum no Extremo Oriente, no Peru e na Nigéria, locais onde é mais comum comer crustáceos pouco cozidos. Menos comum no resto da América Latina e África.[5]

Tratamento editar

O antiparasitário de primeira linha para tratar paragonimíase é praziquantel (90% de cura), mas bitionol e triclabendazol também podem ser utilizado (mas tem mais efeitos colaterais). Abcessos e cistos fora dos pulmões podem ser removidos cirurgicamente.[6]

Referências

  1. http://www.cdc.gov/parasites/paragonimus/biology.html
  2. http://emedicine.medscape.com/article/999188-clinical
  3. Lane MA, Barsanti MC, Santos CA, Yeung M, Lubner SJ, Weil GJ (2009). "Human Paragonimiasis in North America following Ingestion of Raw Crayfish" (pdf). Clinical Infectious Diseases 49 (6): e55–e61. doi:10.1086/605534. PMID 19681705.
  4. Liu Q, Wei F, Liu W, Yang S, Zhang X. Paragonimiasis: an important food-borne zoonosis in China. Trends Parasitol. 2008 Jul. 24(7):318-23. [Medline].
  5. Boe DM, Schwarz MI. A 31-year-old man with chronic cough and hemoptysis. Chest. 2007 Aug. 132(2):721-6. [Medline].
  6. http://emedicine.medscape.com/article/999188-treatment#d7