Partido Progressista (1993)

extinto partido político brasileiro

O Partido Progressista (PP) foi um partido político brasileiro formado com a fusão do PST (primeira formação do partido, de código 52) e do PTR, em 27 de maio de 1993. Seu código eleitoral foi o 39, não usado pelos partidos anteriores.

Partido Progressista
Número eleitoral 39
Presidente Alvaro Dias
Fundação 27 de maio de 1993
Dissolução 14 de setembro de 1995 (2 anos)
Sede Brasília, Distrito Federal, Brasil
Sucessor PPB (fusão com o PPR)
Fusão PST
PTR
Cores      Azul
     Vermelho
     Branco
Slogan "O partido da renovação."
Sigla PP
Política do Brasil

Partidos políticos

Eleições

Seu primeiro presidente nacional foi o ex-governador e ex-senador pelo PTN (hoje Podemos) do Paraná, Alvaro Dias, tendo sido candidato ao governo em 1994.

Eleições estaduais e presidencial em 1994 editar

Em 1994, não lançou candidato a Presidente da República, e apoiou informalmente (sem integrar coligação) a pré-candidatura de Fernando Henrique Cardoso, tendo, além de Alvaro Dias, entre seus filiados, Hélio Costa, de Minas Gerais e José Roberto Arruda, politicamente radicado no Distrito Federal, que apoiaram FHC durante a campanha.[1]

Outros nomes, com destaque para Luiz Antônio Medeiros, candidato ao governo de São Paulo, aliou-se ao então PPR de Paulo Maluf e apoiou Esperidião Amin nacionalmente.

No Rio de Janeiro, segunda economia do país, lançou a candidatura de retorno ao senado de Nelson Carneiro, ficando em terceiro lugar, apoiando formalmente o PSDB no estado e FHC na presidência.

No Rio Grande do Sul, o partido, sem maiores expressões locais, apoiou o PDT de Leonel Brizola, estadual e nacionalmente.

No mesmo ano, o PP elegeu José Roberto Arruda, Antônio Carlos Valadares, Osmar Dias (irmão de Alvaro) e Bernardo Cabral ao Senado, sendo estas as candidaturas majoritárias vitoriosas, não triunfando diretamente com nenhuma candidatura ao Governo.

Legado do partido editar

Em 1995, o PP foi extinto com a fusão com o PPR, dando origem ao PPB.[2] Arruda e Osmar foram para o PSDB, sendo Arruda escolhido líder do governo FHC.

1994 foi sua única eleição, com um legado de quatro senadores eleitos e 34 deputados federais eleitos, e tendo tido presença em todas as unidades federativas brasileiras. O destino dos membros locais em sua maioria foi para partidos à época da maioria governista (PSDB, PFL, PL, PPB e PTB).

Alguns membros, como Marcílio Duarte, novamente apostaram no PST, este refundado em 1995 também, porém com desempenho aquém do PST anterior ou mesmo do PP.

Já membros do PTR ligados a Levy Fidelix não marcaram presença no PP, fundando o PTRB, embrião do PRTB, fundado em 1996.

Diagrama da origem histórica do partido[3][4]
Partido Social Liberal (PSL)
1994–2022
  União Brasil (UNIÃO)
2022–presente
Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
1966–1979
  Partido da Frente Liberal (PFL)
1985–2007
Democratas (DEM)
2007–2022
  Partido Democrático Social (PDS)
1980–1993
  Partido Progressista Reformador (PPR)
1993–1995
  Partido Progressista Brasileiro (PPB)
1995–2003
Partido Progressista (PP)
2003–2017
Progressistas (PP)
2017–presente
Partido Democrata Cristão (PDC)
1985–1993
Partido Social Trabalhista (PST)
1988–1993
  Partido Progressista (PP)
1993–1995
Partido Trabalhista Renovador (PTR)
1985–1993

Referências

  1. PP formaliza apoio à FH, Folha de S.Paulo, Abril de 1994
  2. «Fusão ou incorporação». site do TSE. Consultado em 12 de junho de 2014 
  3. TSE. «Histórico de partidos». Consultado em 26 de outubro de 2016 
  4. Marcio Rodrigo Nunes Cambraia (outubro–dezembro de 2010). «A Formação da Frente Liberal e a Transição Democrática no Brasil (1984-85)». Revista On-Line Liberdade e Cidadania. Fundação Liberdade e Cidadania. Consultado em 26 de outubro de 2016