Passe magnético ou passe mesmérico é uma prática de imposição de mãos do mesmerismo, uma pseudociência[1] voltada à manipulação de supostos fluidos magnéticos. Consiste no ato de um magnetizador passar as mãos ao longo do corpo de uma pessoa com o propósito de atuar sobre ela com os fluidos magnéticos.[2]

Condições gerais editar

O passe magnético é categorizado como uma forma de magnetização, desenvolvido por movimentos com as mãos, feitos por uma magnetizador, nos indivíduos com desequilíbrio psicossomático ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica[3]. Podem ser desenvolvidos das mais diversas maneiras, naturalmente em conformidade com os conceitos do Mesmerismo, caracterizando-se por duas ações gerais autônomas: as insônomas (aplicação da mão direita do lado esquerdo do corpo do paciente) e as heterônomas (aplicação da mão direita do lado direito do corpo do paciente)[3] ou simplesmente, ainda de acordo com a necessidade orgânica do paciente visualizada por meio do "tato magnético" e a orientação dos "plexos" através dos: "passes transversais", "longitudinais", "passes e disperssão circulares" (palmares), "passes perpendiculares", "insuflação", "imantação" , dedos estendidos e ainda "Passes Coletivos"(em grupo).[4]

Os "passes espíritas" são uma imitação dos passes magnéticos, com a única diferença de contarem com a assistência, invocada dos protetores espirituais.[3]

O Passe segundo a fonte do fluido magnético editar

 
Gravura sobre o "Passe magnético"

O Passe Magnético é aquele cujo fluido utilizado emana basicamente do próprio magnetizador. Seria isoladamente considerado, o animismo de cura.

O Passe segundo o alcance do fluido editar

O Passe Magnético é aquele cujo alcance visa o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou perispirituais, aí se incluindo aqueles passes praticados pelos Espíritos diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações “físicas” naqueles.

O Passe segundo a técnica editar

O Passe Magnético agora é entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do magnetismo, é importante saber de onde vem os fluidos, para que fins se destinam, e quem o aplique.

A qualidade do fluido magnético depende muito da moral do magnetizador pois é ele que dá qualidade ao fluido aplicado.

O magnetizador deve está bem fisicamente e sua moral deve ser a melhor possível para que o fluido emitido seja de boa qualidade, caso contrario poderá fazer mal ao assistido.

Regras gerais editar

 
passe magnético coletivo

Os passes magnéticos, tanto pela origem do fluido, quanto pela técnica empregada, pedem que seja observado o “sentido” das passagens das mãos sobre o corpo do paciente, ou seja: devem ser executados sempre de “cima para baixo”, da cabeça aos pés, dos órgãos que estiverem mais acima aos que se encontrarem mais abaixo.

Isto se deve ao fato de ter sido constatado que a ação contrária, em vez de provocar uma desmagnetização, provoca uma congestão fluídica generalizada, com conseqüências graves ou desagradáveis.

Destarte, sempre que há movimento de mãos sobre o corpo do paciente, ao final de cada percurso devemos afastá-las do mesmo, fechá-las (sem necessidade de fazê-lo com força ou contração muscular, nem ficar a sacudi-las), tornar as mesmas ao ponto onde vai ser reiniciado o percurso e só aí abri-las, para seguir novo percurso.

Quando se trata de fluido anímico e não espiritual, mesmo sabendo que é a mente a propulsora da estrutura organizacional, liberativa e orientadora dos fluidos, é pelas mãos que fluem durante o trabalho do passe, os fluidos em disposição. Daí a necessidade de se fechar as mãos a fim de psiquicamente, por reflexo fisiológico, se interromper a perda ou fuga de fluidos.

Quanto à “congestão fluídica”, lembremos que os Centros de Força são estruturas do perispírito com a função de receberem e liberarem energia. Como os fluidos magnéticos (animais ou espirituais) são de origem externa ao paciente e seu ingresso se dá no sentido dos campos magnéticos criados pelos centros de força, isso nos faz concluir que a corrente magnética percorre o corpo de cima para baixo. Como as captações fluídicas por ocasião do passe se verificam no sentido cabeça/pés, o retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo natural, congestiona os vários setores dos centros de força, transmitindo ao corpo toda sorte de mal-estares.

Para solução de problemas de congestão fluídica, temos os passes dispersivos que, na maioria das vezes, são suficientes para restabelecerem o fluxo natural dos fluidos e o campo energético dos pacientes.


Conceitos de terceiros editar

Ver Também editar

Referências

  1. MacDougall, Robert. «A brief history of American pseudoscience». Columbia University. Columbia University. Consultado em 4 de junho de 2018. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2018 
  2. Houaiss, Antônio (1980). Pequeno Dicionario Enciclopédico Koogan Larousse. [S.l.]: Livraria Larousse, Paris. 629 páginas. Larousse 
  3. a b c PAULA, João Texeira de, Dicionário de Parapsicologia e Metapsíquica Vol. III. Ed. Emp. Graf. da Revista dos Tribunais SA. 1970
  4. atualpa. «Apostila de Passe» (PDF). atualpa.org.br. Consultado em 13 de março de 2015 
  5. OSCHMAN, J. L. Energy medicine – the scientific basis. London, Churchill livingstone, 2000. 275p.