Paulo Bentancur

escritor e crítico brasileiro

Paulo Roberto Ribeiro Bentancur (Santana do Livramento, 20 de agosto de 1957 - Nilópolis, 28 de agosto de 2016) foi um escritor e crítico brasileiro.[1] Produziu em vários gêneros, do infanto-juvenil à poesia. Foi agraciado com 4 prêmios Açorianos.[2][3] Foi editor da Imprensa Oficial do RS e Coordenador do Livro e Literatura da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.[4]

Paulo Bentancur
Nome completo Paulo Roberto Ribeiro Bentancur
Nascimento 20 de agosto de 1957
Santana do Livramento - RS
Morte 28 de agosto de 2016 (59 anos)
Nilópolis - RJ
Nacionalidade  Brasil
Filho(a)(s) Maria Bentancur
Laura Marengo Bentancur
Ocupação Escritor e crítico

Biografia editar

Paulo Bentancur nasceu em uma família humilde do município de Santana do Livramento, no interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.[3][5] Ainda jovem foi para a cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Tendo atuado na Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas.[5] Em 1984 nasceu sua primeira filha, Maria Bentancur. Em 1999 nasceu sua segunda filha, Laura Marengo Bentancur.[3]

Na década de 1980, indicado pelo escritor Airton Ortiz, Paulo Bentancur integrou a direção da linha editorial da Editora Tchê junto com Edgardo Xavier. Escrevia para os principais jornais gaúchos e do Brasil; logo após foi contratado pelo Grupo Editorial Record que, além dela própria, engloba várias outras editoras. Paulo ainda editou a revistaVox XXI.[6]

Paulo Bentancur também foi coordenador do livro, cargo que desempenhou na Secretária Municipal de Cultura da cidade de Porto Alegre; nesta mesma cidade residiu em um apartamento situado no bairro Cristo Redentor.[6] Além de livros, Paulo escreveu, também, textos, prefácios, artigos e resenhas para diversos suplementos culturais-literários. Publicou em vários gêneros, tendo quase 20 livros publicados.[6]

Em 1994 Paulo estreou com Instruções para iludir relógios, livro posteriormente premiado com um "Açorianos" na categoria livro sem gênero. Já em 2000 fez parte do projeto Livros Invisíveis, iniciativa inovadora e pioneira no Brasil de lançamentos de e-book[5]

Em 2014 seu livro A Máquina De Brincar, que foi distribuído em escolas públicas do Brasil para estudantes matriculados no ensino fundamental, provocou polêmica por apresentar o diabo como uma figura simpática.[7][8][9][10] Um dos seus últimos livros mais destacados foi "Bodas de Osso"[5]

Em 2016 Paulo foi para o Rio de Janeiro para se casar com Marta Aguiar e morreu duas semanas depois; faleceu em 28 de agosto deste ano, aos 59 anos, na cidade de Nilópolis, no distrito de Olinda neste munícipio, localizado na região da Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. A causa da morte foi em decorrência de uma parada cardíaca enquanto dormia.[1][2][11]

Principais obras[2] editar

Infanto-juvenil editar

  • Agulha ou linha, quem é a rainha? (Projeto, 1992)
  • O menino que não gostava de histórias (Solivros, 1995).
  • As surpresas do corpo (Difusão Cultural, 1997).
  • Quem não lê, não vê (Difusão Cultural, 1997).
  • Os homens na caverna — Platão (Ed. Mercado Aberto, 1994; Ed. Artes e Ofícios, 2001)
  • É lógico, pô! — Aristóteles (Ed. Mercado Aberto, 1994; Ed. Artes e Ofícios, 2001)
  • O menino escondido —Freud (Ed. Mercado Aberto, 1995; Ed. Artes e Ofícios, 2001). 
  • O criador de monstros — Kafka (Ed. Artes e Ofícios, 2001).
  • As cores que tremiam — Van Gogh (Ed. Artes e Ofícios, 2001).
  • Entre o céu e a terra— Shakespeare (Ed. Artes e Ofícios, 2001).
  • A máquina de brincar (Bertrand Brasil, 2005). 
  • As rimas da Rita (Bertrand Brasil, 2005).O olhar das palavras (Bertrand Brasil, 2005).

Contos/Crônicas editar

  • Instruções para iludir relógios (Ed. Artes e Ofícios, 1994). 
  • Os livros impossíveis (00h00.com, Paris, França, 2000)
  • Frio (Ed. Sulina, 2001) 
  • A solidão do Diabo (Bertrand Brasil, 2006).

Ensaio editar

  • A Feira do Livro de Porto Alegre — 40 anos de História (Ensaio, 1994)

Poesia editar

  • Bodas de osso (Bertrand Brasil, 2005).

Prêmios[2] editar

  • 1995 - Prêmio Açorianos na categoria especial para Instruções Para Iludir Relógios (um livro sem gênero)
  • 1996 - Prêmio Açorianos na categoria infanto-juvenil para O Menino Escondido (Freud)
  • 2004 - Prêmio Açorianos na categoria especial, como organizador de Simões Lopes Neto — Obra Completa
  • 2005 - Prêmio Açorianos na categoria poesia, para Bodas de Osso.

Referências

  1. a b «Literatura gaúcha perde um grande cara». 28 de agosto de 2016. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  2. a b c d «Aos 59 anos, morre escritor gaúcho Paulo Bentancur». Consultado em 29 de agosto de 2016 
  3. a b c «Entrevista: Paulo Bentancur, patrono da Feira do Livro». www.clictribuna.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2016 [ligação inativa]
  4. «Artistas Gaúchos - escritores, atores, músicos, artistas do Rio Grande do Sul / RS». www.artistasgauchos.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  5. a b c d Jéferson Assumção (27 de agosto de 2022). «Instruções para entender Paulo Bentancur». jornal Correio do Povo (edição impressa). p. 2 (Caderno de Sábado) 
  6. a b c Celso Gutfreind (27 de agosto de 2022). «Da critica implacável ao rumo de si mesmo». jornal Correio do Povo (edição impressa). p. 3 (Caderno de Sábado) 
  7. «Livro infanto-juvenil que fala sobre o diabo gera polêmica nas redes sociais». 15 de julho de 2014. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  8. «Livro infantil causa revolta por apresentar o Diabo como "um bom parceiro"». 9 de julho de 2014. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  9. «Livro infanto-juvenil com conteúdo controverso causa revolta entre mães nas redes sociais». www.jornaldebrasilia.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  10. «Diabo em livro infanto-juvenil vira polêmica». Consultado em 29 de agosto de 2016 
  11. Luiz Gonzaga Lopes (24 de setembro de 2016). «O HOMEM QUE AMAVA OS LIVROS MAIS DO QUE A VIDA». jornal Correio do Povo 
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