Pedras Parideiras são um fenómeno geológico raro, um tipo de pedras que brotam de uma rocha-mãe, um bloco nodular de origem granítica com 1000 x 600 m, daí se chamarem Parideiras. Os nódulos de 1 a 12 cm de diâmetro com formas discóides e biconvexas são compostos pelos mesmos elementos mineralógicos do granito, a camada externa é composta por biotite e a interna possui um núcleo de quartzo e feldspato potássico. Estes nódulos ao se desincrustarem dos núcleos da rocha-mãe por termoclastia ou crioclastia deixam uma camada externa em baixo relevo nos núcleos da rocha-mãe e espalham-se à volta desta.[1]

Pedras Parideiras da Serra da Freita
Pedra Parideira (granito com nódulos de biotite) da Serra da Freita, no Museu Geológico de Lisboa

As Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral da região, esta tradição está ainda presente nas populações locais. Acredita-se que dormir com uma pedra parideira debaixo da almofada aumenta a fertilidade.

As Pedras Parideiras estão situadas na Serra da Freita em Portugal e na Rússia , perto de S. Petersburgo.

São um fenómeno raro no Planeta Terra, este sendo o motivo para que se pede aos visitantes destes locais que não recolham pedras para uso pessoal.

A afirmação da existência de Pedras Parideiras noutras latitudes não é comprovada.

Serra da Freita editar

Localizado-se na aldeia da Castanheira, em pleno planalto da Serra da Freita, no concelho de Arouca, é um dos geossítios mais emblemáticos do Arouca Geopark. Do ponto de vista geológico, a rocha designa-se "granito nodular da Castanheira" e estende-se por uma área de cerca de 1 km².

Por ação da erosão, alguns nódulos libertam-se da "pedra-mãe" e acumulam-se no solo, deixando no granito uma cavidade. É por isso que os habitantes da aldeia da Castanheira chamaram a esta rocha "Pedra Parideira", por ser "a pedra que pare pedra".

Em 1751, é descrito pela primeira vez este fenómeno no "Dicionário Geográfico", pelo Padre Luiz Cardoso, que o descreve tendo por base os relatos dos habitantes:

"Penhascos a que os naturais chamam as Pedras que parem, deduzindo-lhe o nome de que estas pedras lançam outras pedrinhas pequenas em certos meses do ano, ficando-lhes as covas depois de as lançarem.[2]"

Referências

  1. [1] As misteriosas pedras parideiras de Portugal, Geological Marvels, BBC Travel, Esme Fox, Recuperado aos 15.11.2022.
  2. [2] Pedras Parideiras em Arouca: As "pedras que têm filhos" são um fenómeno único no mundo, SAPO Viagens, Recuperado aos 15.11.2022.
 
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