Pedro Chaves dos Santos Filho

Político brasileiro
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Pedro Chaves dos Santos Filho (Campo Grande, 7 de dezembro de 1940) é um empresário e político brasileiro filiado ao Republicanos.

Pedro Chaves
Pedro Chaves dos Santos Filho
Pedro Chaves
Senador pelo Mato Grosso do Sul
Período 17 de maio de 2016
até 1 de fevereiro de 2019
Dados pessoais
Nascimento 7 de dezembro de 1940 (83 anos)
Campo Grande, MS
Nacionalidade brasileiro
Partido PMDB (2007-2009)
PSC (2009-2018)
Republicanos (2018-presente)
Profissão empresário

Biografia editar

Vida pessoal editar

O empresário e político é um dos sete filhos dos imigrantes Pedro Chaves e Joana Mendes dos Santos. Após concluir sua graduação e mestrado em economia, lançou-se na vida empresarial ajudando a fundar um dos maiores conglomerados educacionais do interior do Brasil, o qual incluía, dentre outras, as instituições privadas Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal), e Mace (Moderna Associação Campo-grandense de Ensino), oferecendo educação privada em níveis infantil, fundamental, médio, superior e pós-graduação.

É irmão do industrial Henrique Bertholino Mendes dos Santos, fundador da Minaspuma S.A.[1]

Chaves também exerceu o cargo de Presidente do Hospital Santa Casa de Campo Grande.[2]

Carreira política editar

Começa sua trajetória na primeira etapa do mandato de Alcides Bernal como prefeito de Campo Grande, atuando como secretário municipal de Governo.[3]

Foi eleito primeiro suplente do senador Delcídio do Amaral nas eleições gerais de 2010.[4] Com a cassação de Delcídio, ocorrida em 10 de maio de 2016, Pedro Chaves foi convocado a assumir o cargo de senador em até 30 dias, vindo a tomar posse do mandato em 17 de maio do mesmo ano.[5]

A ascensão de Pedro Chaves ao cargo de Senador traz consigo um fato curioso: sua filha, Neca Chaves Bumlai, é casada com Fernando Bumlai, filho do fazendeiro José Carlos Bumlai, apontado como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e preso pela Operação Lava Jato.[6]

Deixou o Partido Social Cristão (PSC) no início de 2018, após oito anos na legenda. Ingressou no PRB como candidato a reeleição ao Senado.[7] Porém, desistiu da disputa em agosto.[8] Mais tarde, foi expulso da legenda em novembro por infidelidade partidária[9]

Votações e projetos editar

Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[10] Em julho de 2017 votou a favor da reforma trabalhista.[11] No mesmo mês, votou contra a cassação de Aécio Neves no conselho de ética do Senado.[12]

Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[13][14]

O PL 325/16[15] de autoria do senador, altera o art. 254 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para vedar ao pedestre interromper, restringir ou perturbar a circulação em via pública sem autorização do órgão ou entidade de trânsito competente, com pena de multa de R$ 3.830,80, podendo ser acrescida.

Tal projeto gerou polêmica após acusações populares de que isso seria uma maneira a barrar manifestações contra o atual governo. Esse projeto já vem de algum tempo; ele retorna após um veto presidencial da MP 699/2015,[16] a qual incluía além de motoristas que interrompessem a circulação de veículos, pedestres.

Em projeto reformado, foi aprovado em julho deste ano a Lei 13.281/2016[17] que prevê multa para motoristas que, usando seu veículo, atrapalhe ou barre de alguma maneira o tráfego rodoviário. Essa lei gerou suspeitas de que seria uma resposta às manifestações de caminhoneiros[18] ocorridas em novembro de 2015.

Referências

  1. «TRAJETÓRIA DE UM VENCEDOR». Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Consultado em 21 de julho de 2016 
  2. «Pedro Chaves vai assumir presidência da Santa Casa». A Crítica de Campo Grande. Consultado em 21 de julho de 2016 
  3. «Milionário parente de Bumlai: conheça o perfil do suplente de Delcídio». Campo Grande News. Consultado em 11 de maio de 2016 
  4. «DivulgaCand2010 - Divulgação de Candidaturas 2010». divulgacand2010.tse.jus.br. Consultado em 11 de maio de 2016 
  5. «Pedro Chaves é empossado no Senado e recebe apoio de peemedebistas». Campo Grande News. Consultado em 12 de junho de 2016 
  6. «Suplente de Delcidio, Pedro Chaves é ligado a família Bumlai». Campo Grande News. Consultado em 21 de maio de 2016 
  7. «Senador Pedro Chaves troca de partido após oito anos». Diário Digital. Consultado em 20 de fevereiro de 2018 
  8. Ferreira, Marta (15 de agosto de 2018). «Pedro Chaves desiste de candidatura e acusa PDT de aliança "espúria"». Campo Grande News. Consultado em 17 de agosto de 2018 
  9. Volpe Haddad, Renata (16 de novembro de 2018). «PRB decide expulsar doze infiéis nas eleições». Correio do Estado. Consultado em 17 de novembro de 2018 
  10. Bol (13 de dezembro de 2016). «Confira como votaram os senadores sobre a PEC do Teto de Gastos 155 Do UOL, em São Paulo». Consultado em 16 de outubro de 2017 
  11. Redação - Carta Capital (11 de julho de 2017). «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário» 
  12. Redação Carta Capital (6 de julho de 2017). «Por 11 a 4, Aécio é salvo no Conselho de Ética: como votaram os senadores». Consultado em 15 de outubro de 2017 
  13. «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  14. «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  15. Chaves, Pedro. «PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 325, DE 2016». Senado Federal. Consultado em 1 de setembro de 2016 
  16. Rousseff, Dilma (11 de novembro de 2015). «MEDIDA PROVISÓRIA nº 699, de 2015». Diário Oficial da União. Consultado em 1 de setembro de 2016 
  17. «Lei Ordinária - 13281/16». Senado Federal. Consultado em 1 de setembro de 2016 
  18. «Caminhoneiros fazem protestos pelo país; veja a situação por estado». 11 de novembro de 2015. Consultado em 2 de setembro de 2016