Perda de audição neurossensorial
A perda auditiva neurossensorial ou sensorioneural é um tipo de perda de audição que pode estar relacionada a alteração no nervo vestibulococlear (nervo craniano VIII), a orelha interna ou centros de processamento central do cérebro. Assim, a perda auditiva pode ser de origem coclear ou retrococlear.
Achados audiológicosEditar
- Limiares auditivos apresentam via aérea alterada (maior que 25 dBNA) e via óssea alterada (maior que 15 dBNA); GAP aéreo/ósseo (diferença entre via aérea e via óssea) menor ou igual a 10 dBNA;[2]
- No exame de timpanometria, a curva é do tipo A;
- Os reflexos acústicos, dependendo do grau da perda auditiva, podem estar presentes demonstrando recrutamento ou ausentes;[3]
- No exame das Emissões Otoacústicas, quando de origem coclear, apresenta ausência;
- No exame do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) quando a perda é de grau leve ou moderado, de origem coclear, as latências das ondas I, III e V e os interpicos IIII, III-V e I-V encontram-se normais em forte intensidade.[4] Já para perdas auditivas maiores que 60 dBNA, geralmente a onda I está ausente e a onda V pode apresentar atraso na latência.[5]
Causas da perda auditiva sensorioneuralEditar
- Presbiacusia;
- Trauma acústico;
- Perda auditiva induzida por ruído (PAIR);
- Ototoxicidade;
- Surdez súbita;
- Doença de Ménière;
- Schwannoma vestibular;
- Neuropatia auditiva.
ReferênciasEditar
- ↑ MONDELLI, Maria Fernanda Capoani Garcia; ROCHA, Alice Borges da. Correlação entre os achados audiológicos e incômodo com zumbido. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia (impresso), [s.l.], v. 15, n. 2, p.172-180, jun. 2011.
- ↑ SILMAN, S.; SILVERMAN, C. A. Basic audiologic testing. In SILMAN, S.; SILVERMAN, C. A. Auditory diagnosis: principles and applications. San Diego: Singular Publishing Group. p. 44-52, 1997.
- ↑ PEREIRA, Ana Emília Linares; ANASTASIO, Adriana Ribeiro Tavares. Reflexo Acústico | Aplicações Clínicas: Introdução. In: BOÉCHAT, Edilene Marchini et al. Tratado de Audiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Cap. 12, p. 90.
- ↑ MATAS, C.G.; MAGLIARO, F.C.L. Introdução aos Potenciais Evocados Auditivos e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico. In: BEVILACQUA, M.C. et al. Tratado de Audiologia. São Paulo: Santos, 2011. p. 187-188.
- ↑ HOOD, L.J. Clinical Applications of the Auditory Brainstem Response. San Diego: Singular Publishing Group, 1998.