Pithecopus nordestinus

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Pithecopus nordestinus é uma perereca (anuro que passa a maior parte de sua vida útil em árvores) da família Phyllomedusidae que habita o Nordeste do Brasil, nas regiões adjacentes e na caatinga, nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPithecopus nordestinus
Um casal em amplexo.
Um casal em amplexo.
Estado de conservação
Espécie deficiente de dados
Dados deficientes
Classificação científica
Reino: Animalia
Divisão: Cordados
Classe: Anfíbios
Ordem: Anura
Família: Phyllomedusidae
Género: Pithecopus
Espécie: P. nordestinus
Nome binomial
Pithecopus nordestinus
(Caramaschi, 2006)
Distribuição geográfica
Nordeste brasileiro
Nordeste brasileiro

Nenhuma informação está disponível sobre o status da população e sua evolução demográfica é desconhecido [1]

A Pithecopus nordestinus mede cerca de 3,0 a 4,0 cm de comprimento e apresenta uma coloração composta na sua maioria de verde limão, que cobre todo o dorso do animal, branco no abdome, e laranja com listras negras nas porções internas das patas traseiras e dianteiras.

Apesar da coloração verde ser o que mais chama atenção nesta perereca, foi percebido que elas têm a capacidade de praticar mimetismo, adquirindo diversos tons de verde (desde o limão até o verde-musgo) e alcançando até o marrom, de acordo com a superfície onde estejam. Esta capacidade de se mimetizar, aliado ao fato de se movimentarem muito lentamente num padrão parecido com os bicho-preguiça (gêneros Bradypus e Choloepus), faz com que estas pererecas se tornem praticamente invisíveis aos seus predadores. São encontradas em grande parte do semiárido do nordeste do Brasil.[2]

Esta perereca é normalmente criada como hobby em todo o mundo, onde são chamadas popularmente de rãs-macaco. No Brasil, sua criação ainda é proibida pelos órgãos governamentais. Essas espécie, como outras Pithecopus, muitas vezes são alvo da biopirataria.[3][4]

Porque esta perereca produz uma substância que elimina o protozoário da Leishmaniose, esta espécie está agora sendo ameaçada. José Roberto Leite, coordenador da equipe do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia da Universidade Federal do Piauí, após testar a substância em células infectadas pela leishmania afirma que “Entre dezenas de outras substâncias testadas, encontramos uma que pode dar origem a um fármaco muito mais eficaz que os existentes hoje”. A molécula se destacou contra a leishmaniose tegumentar, tipo da doença que se manifesta na pele. A substância foi extraída da secreção produzida pela Phyllomedusa nordestina, perereca muito comum no Delta do Parnaíba, no Piauí. Segundo o pesquisador, o líquido extraído do dorso do animal tem alto poder antimicrobiano, sendo capaz de protegê-lo de bactérias e fungos.[5]

Ver também editar

 
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Pithecopus nordestinus

Referências

  1. Estudo sobre Phyllomedusa nordestina por Ariadne Angulo (2008).
  2. Ariadne Angulo (2008). Phyllomedusa nordestina. 2006 Lista Vermelha de Especies Amenacadas IUCN. IUCN 2006. Consultado em 27 de junho de 2009.
  3. FREITAS, Marco Antônio de; SILVA, Thais Figueiredo Santos. Guia Ilustrado: a herpetologia das caatingas e Áreas de altitude do nordeste brasileiro. Pelotas: USEB, 2007.
  4. [1]
  5. Correio Brasiliense por Silvia Pacheco na publicação de 12/09/2011
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