Pindo (Penalva do Castelo)

freguesia do município de Penalva do Castelo, Portugal

Pindo é uma freguesia portuguesa do município de Penalva do Castelo, com 16,82 km² de área[1] e 1716 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 102 hab./km².

Portugal Portugal Pindo 
  Freguesia  
Igreja Matriz de Pindo
Igreja Matriz de Pindo
Igreja Matriz de Pindo
Símbolos
Brasão de armas de Pindo
Brasão de armas
Localização
Localização no município de Penalva do Castelo
Localização no município de Penalva do Castelo
Localização no município de Penalva do Castelo
Pindo está localizado em: Portugal Continental
Pindo
Localização de Pindo em Portugal
Coordenadas 40° 40' 14" N 7° 45' 42" O
Região Centro
Sub-região Viseu Dão-Lafões
Distrito Viseu
Município Penalva do Castelo
Código 181109
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 16,82 km²
População total (2021) 1 716 hab.
Densidade 102 hab./km²
Outras informações
Orago S. Martinho

Realiza-se aqui em novembro a Festa da Castanha e do Vinho[3].

Localização editar

A freguesia de Pindo situa-se na parte oriental do concelho de Penalva do Castelo, fazendo fronteira com as freguesias de Germil, Ínsua, Lusinde, Povolide, e São Miguel de Vila Boa.

Demografia editar

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Pindo[4]
AnoPop.±%
1864 1 929—    
1878 2 234+15.8%
1890 2 320+3.8%
1900 2 322+0.1%
1911 2 366+1.9%
1920 2 288−3.3%
1930 2 272−0.7%
1940 2 402+5.7%
1950 2 807+16.9%
1960 2 615−6.8%
1970 2 380−9.0%
1981 2 313−2.8%
1991 2 255−2.5%
2001 2 245−0.4%
2011 1 916−14.7%
2021 1 716−10.4%
Distribuição da População por Grupos Etários[5]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 411 344 1102 388
2011 274 226 981 435
2021 171 197 825 523

Só na Cidade de Sion na Suíça há cerca de 200 pessoas nascidas e criadas na freguesia de Pindo, porém ao longo dos anos nascerem cerca de 50 crianças filhos de naturais de Pindo.

Roriz é localidade mais povoada da freguesia.

Economia editar

Em Pindo podem encontrar-se como actividades económicas: agricultura, indústria, carpintaria, serralharia, lagares de azeite, extracto de bagaço; no comércio encontramos: a latoaria, aluguer de máquinas, oficinas, cafés, mercearias e talhos.

A castanha e o vinho são os principais produtos mais representativos da economia de Pindo.[6]

Coletividades editar

Há várias associações onde as pessoas se podem juntar para participar e dinamizar algumas atividades.

Roriz conta com um clube de futebol, o GDC de Roriz, fundado em 1994 e que atua agora da 1a divisão distrital da AFV.

Paisagem editar

Não só nas margens do rio se encontra vegetação, toda esta área tem vários tipos de flora, tal como: os carvalhos, o eucalipto, o pinheiro bravo, entre outras espécies de árvores.

Nas margens do rio Côja encontra-se a praia fluvial da Senhora da Ribeira.

Finalmente, apresenta uma boa zona de caça, onde se pode encontrar a lebre, o coelho e também a perdiz.

Também é junto a Senhora da Ribeira que se une o Rio Côja com o Rio Dão. Sempre que a barragem se encontra fechada a água inunda toda esta vegetação existente.

Pindo é atravessado pelo rio Côja, é uma região essencialmente agrícola, com predominância para o cultivo da vinha, olivais, pomares de macieiras e castanheiros. No rio Côja, facilmente conseguirá pescar o barbo, a boga, o bordalo e o pimpão. Poderá encontrar ao longo das suas margens o salgueiro, silvas e o amieiro. Estas árvores são muito importantes, pois dão abrigo a várias aves que por ali vão andando, tais como, o gaio comum, a gralha preta, o melro-preto, o pisco-de-peito-ruivo, o chapins, rolas, pardais e também o guarda-rios.

História editar

Desde tempos remotos que o homem escolheu estas terras para aí habitar, neste local encontramos vestígios romanos (estações arqueológicas e vias) e sepulturas antropomórficas existentes na igreja paroquial.

Toda a actual área da freguesia e os seus lugares principais terão tido origem idêntica, de qualquer forma, S. Martinho de Pindo é uma das mais antigas paróquias do medieval Julgado de Penalva.

Já há documentação acerca desta paróquia nas Inquirições de 1258 e já nessa altura, eram referidos os lugares de Pindo de Baixo e de Cima, Roriz, Telhado, Oliveira e Pepim.

Segundo a história, em 1340 foi fundado por Gonçalo Esteves de Tavares um hospício para 24 pobres honrados, envergonhados, ou inválidos, de honesta vida e bons costumes, que se situava na povoação da Corga.

Contudo são quase inexistentes os testemunhos documentais que possam comprovar este facto. No princípio do século XVI, o cadastro da população do reino apontava a freguesia de Pindo como uma das mais povoadas do concelho.

Em 1706 era vigaria do Padroado Real e possuía 957 habitantes. Posteriormente, em 1758 eram-lhe atribuídos 311 fogos, 1194 pessoas de sacramento e menores, sendo a freguesia com maior número de habitantes de todo o concelho.

Neste mesmo ano, a freguesia possuía 3 lagares de azeite e 9 moinhos de panificação.

Pindo foi comenda da ordem de Cristo e aquando da realização dos inquéritos paroquiais era comendador desta terra D. Francisco de Mascarenhas, conde de Cocolim e membro do Conselho de El-Rei, que faleceu nesse mesmo ano, tendo os bens revertido para a corte a 7 de Novembro de 1758.

Por esta altura, a freguesia de Pindo ocupa uma área de 1.682ha dispostos na margem direita do rio Dão, a cerca de 7 km da sede do concelho.

É terra fértil devido à abundância de água, como já anotava o pároco local em 1758, por isso o topónimo deriva de uma villa rustica, propriedade de “Pinidus” na alta idade média.

Património editar

  • Igreja Paroquial de Pindo
  • Capela do Espírito Santo, no lugar da Encoberta
  • Capela de Santa Catarina, no lugar de Santa Eulália
  • Capela de Santa Bárbara, no lugar de Roriz
  • Capela de São Simão, na aldeia de de Casal Dinis
  • Capela de Santo António, na aldeia de de Casal Dinis
  • Capela de Nossa Senhora da Ribeira, no lugar de Entre Águas
  • Capela de São Sebastião, no lugar do Mártir
  • Casa de Santa Eulália, classificada bem de interesse público

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. http://www.rederural.gov.pt/images/FolhasInformativas/Feiras_de_Produtos_Locais_Listagem.pdf
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  6. Gazeta Rural n.º 258 (31 de outubro de 2015). pág. 34.

Ligações externas editar

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