Podocarpus lambertii

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 Nota: Este artigo é sobre a árvore gimnosperma sul-americana. Para a árvore gimnosperma do Velho Mundo, veja pinheiro-bravo.

Podocarpus lambertii conhecida pelos nomes populares de pinheiro-bravo, pinheirinho,[1] pinho-bravo, pinheirinho-bravo e atambuaçu. Apesar destes nomes populares (com exceção de "atambuaçu") não é um verdadeiro pinheiro (género Pinus) e tão pouco pertencer a família dos pinheiros (Pinaceae). É uma espécie arbórea perenifólia da família Podocarpaceae de coníferas. Atinge mais de 20 m de altura e 150 cm de diâmetro no tronco. É nativa das florestas úmidas do sul e sudeste do Brasil e nordeste da Argentina.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPodocarpus lambertii
Atambuaçu
Atambuaçu no Real Jardim Botânico de Sydney, na Austrália
Atambuaçu no Real Jardim Botânico de Sydney, na Austrália
Estado de conservação
Quase ameaçada
Quase ameaçada
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Pinophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Pinales
Família: Podocarpaceae
Género: Podocarpus
Espécie: P. lambertii
Nome binomial
Podocarpus lambertii
Klotzsch ex Endl., 1847
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Sua madeira foi extremamente usada em taboados, compensados, forros, móveis rústicos, fósforos e brinquedos. Leve e bege-clara com tons acinzentados, não resiste à umidade.[3]

Etimologia editar

Podocarpus vem de pous, que em grego significa pé (podos), em alusão ao pedicelo do pseudo-fruto; já o termo lambertii é em homenagem a Aylmer Bourke Lambert (1761 — 1842), botânico inglês que também investigou as Coníferas.[4]

Descrição editar

É uma árvore perenifólia de altura variável, medindo de 1 a 4 m de altura na zona campestre, até 27 m de altura e 120 cm ou mais de DAP, na idade adulta, na Floresta com Araucária; comumente com 10 m de altura e 20 a 40 cm de DAP.[4]

Tronco geralmente tortuoso, inclinado e curto, podendo apresentar-se reto na floresta, onde atinge fustes de até 10 m de comprimento.[4]

As folhas medem de 3 a 5 cm de comprimento (em plantas novas, as folhas costumam ser mais longas) e 4 mm de largura. As sementes têm 4 milímetros de diâmetro e possuem um pequeno pendúnculo carnoso roxo, mais ou menos do tamanho da semente, posicionado ao seu pé (de onde vem o nome científico do gênero, do grego poûs, podos, "pé" e karpós, "fruto").[4]

Distribuição editar

É nativa do Brasil (de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul) e da província de Misiones, na Argentina, sempre em áreas de altitude, sobretudo nas matas dominadas pelo pinheiro-do-paraná. Ocorre principalmente em formações secundárias, sendo mais rara nas matas mais fechadas. Ela é referida também para regiões de altitude do norte de Minas Gerais e da Bahia, mas aparentemente essas ocorrências pertencem a outra espécie, Podocarpus transiens. Uma outra espécie de Podocarpus nativa do Brasil é Podocarpus sellowii, nativa das regiões de altitude da Mata Atlântica.

A altitude varia de 10 m, no Rio Grande do Sul a 2.000 m de altitude, no Estado do Rio de Janeiro. Contudo, é mais freqüente entre 600 e 1.800 m de altitude.[4]

Ligações externas editar

Notas editar

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp.1 331,1 332
  2. «NCBI:txid1030197». NCBI Taxonomy (em inglês). Consultado em 21 de outubro de 2020 
  3. CARDOSO, 2004, p43.
  4. a b c d e «Pinheiro-Bravo - Podocarpus lambertii» (PDF). EMBRAPA 

Bibliografia editar

  • CARDOSO, Francisco. Árvores de Curitiba. Curitiba: Ed. do Autor, 2004. 96p