Artur Garcia da Silva

cantor português
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Artur Garcia da Silva (Lisboa, 15 de Abril de 1937 - Cascais, 14 de abril de 2021 (83 anos)) foi um cantor português com cerca de 250 discos gravados.

Biografia editar

Artur Garcia nasceu em 15 de Abril de 1937, em Lisboa.[1]

Começou a cantar aos 14 anos em tudo o que era salão de sociedades de recreio em dia de baile. Mais tarde, quando estava empregado num pronto-a-vestir dos Armazéns Grandela, é desafiado por alguns colegas a prestar provas na Emissora Nacional.

Entrou para a Emissora Nacional em 1955[1] tendo frequentado o Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional, onde se estreou ao lado de nomes como Maria de Fátima Bravo, Isabel Wolmar[2] ou Simone de Oliveira. Em 1960 deixou o Centro de Preparação Artística e ingressou nos quadros da Emissora Nacional.

Participou no III Festival da Canção Portuguesa realizado em 20 e 21 de Agosto de 1961, no Casino da Figueira da Foz, com o tema "Canção do Passado".

Participa no primeiro Grande Prémio TV da Canção com "Finalmente" que ficou em 8.º lugar.

No Teatro estreia-se em 1965, no Teatro Maria Vitória, com a revista "Todos Ao Mesmo". Participa no Festival RTP da Canção de 1965 com "Amor" (2.º lugar) e "Nasci, sonhei, cresci e amei" (5.º).

Um dos seus maiores sucessos de Artur Garcia é "Porta Secreta" o tema que levou ao Festival RTP da Canção em 1967. Ainda em 1967 venceu o Festival Luso-hispânico de Aranda de Duero com "A Dança do Mundo" e "Caminhos Perdidos" fica em 2.º no Festival da Costa Verde de Espinho. Recebe o Prémio da Imprensa em Moçambique.

No ano seguinte venceu o Festival da Figueira da Foz com "Olhos de Veludo".

Foi eleito "Rei da Rádio" em 1967, 1968 e 1969. Ainda em 1969 granjeou o título de "Príncipe do Espectáculo".[1]

Participou no Festival RTP da Canção de 1969 com "Sombras De Ninguém". Ainda em 1969 participa no IV Festival Internacional da canção do Atlântico com "Canta! Canta!". Em 1970 regressa a Tenerife onde "Cada Qual" ficou em 2.º lugar no V Festival Internacional da Canção do Atlântico.

Com "O Homem Do Leme" volta a conseguir o 1.º Prémio do Festival da Figueira da Foz. No Festival RTP da Canção de 1974 fica em 8.º lugar com "Dona E Senhora Da Boina".

Após o 25 de Abril, Artur Garcia diminui a actividade artística e passa a ser proprietário de uma loja de discos. Em 1977 realiza uma digressão, ao lado de Amália Rodrigues, pelos Estados Unidos da América e Canadá.

Com Maria Clara grava um single com os temas "A Vida Contigo" e "Uma Casa Não É Um Lar".

Em 2005, no dia do seu aniversário, assinalou os seus 50 anos de carreira com um espectáculo no Fórum Lisboa.[1][3]

Em 2007, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Prata, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro (27 de Março), a par de Deolinda Rodrigues, Octávio de Matos e, a título póstumo, Sérgio de Azevedo.[4] Na altura, já contava com cerca de 250 discos gravados.[1]

Vida privada editar

Artur Garcia era homossexual, embora não se tenha assumido publicamente durante a maior parte da vida. Teve um relacionamento de 21 anos com outro homem, com quem oficializou a união em 2010.[5]

Discografia editar

Compilações editar

Editoras editar

  • Alvorada
  • Columbia (Valentim de Carvalho)
  • Marfer 1966-1969
  • Riso & Ritmo
  • Celta - 1972
  • Melodia - 1973
  • Roda - 1977
  • CBS

Referências

  1. a b c d e «"Artur Garcia». Câmara Municipal de Lisboa. Arquivado do original em 11 de junho de 2007 
  2. DIAS, Patrícia Costa (2011). A Vida com um Sorriso - Histórias, experiências, gargalhadas, reflexões de Isabel Wolmar. Lisboa: Ésquilo. p. 41. ISBN 978-989-8092-97-7. OCLC 758100535 
  3. Agência Lusa (11 de abril de 2005). «Artur Garcia homenageado em Lisboa pelos 50 anos de carreira». RTP. Consultado em 16 de setembro de 2017 
  4. «Dia Mundial do Teatro : Medalhas de Mérito Municipal para vultos do Teatro». Câmara Municipal de Lisboa. 26 de março de 2007. Arquivado do original em 5 de maio de 2007 
  5. [1]
  6. «Catálogo - Detalhes do registo de "Artur Garcia; O melhor dos melhores; 57"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 

Ligações externas editar