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Maputo vista da Estação Espacial Internacional.

Maputo é a capital e a maior cidade de Moçambique. É também o principal centro financeiro, corporativo e mercantil do país. Localiza-se na margem ocidental da baía de Maputo, no extremo sul do país, perto da fronteira com a África do Sul e, da fronteira com o Essuatíni e, por conseguinte, da tripla fronteira dos três países.

Fundada no século XVI, serviu como o principal entreposto português naquele ponto do oceano Índico, graças à sua baía privilegiada, tornando-se, em 1898, a capital da colónia. até 13 de março de 1976, a cidade era denominada "Lourenço Marques" em homenagem ao explorador português homónimo.

A cidade constitui administrativamente um município com um governo eleito e tem também, desde 1980, o estatuto de província. Não deve ser confundida com a província de Maputo, que ocupa a parte mais meridional do território moçambicano, excetuando a cidade de Maputo. O município tem uma área de cerca de 300 km² e uma população de 1 088 449 (Censo de 2017). A sua área metropolitana, que inclui o município da Matola e os distritos de Boane e Marracuene, tem uma população de 3 158 465 habitantes.


Crianças moçambicanas da etnia macua.

A composição étnica de Moçambique é muito variada. Os macuas são o grupo étnico dominante na parte norte do país. Os sena e shonas (principalmente ndaus) são proeminentes no vale do Zambeze e os tsongas são predominantes no sul de Moçambique. Outros grupos incluem os macondes, WaYaos, suaílis, tongas, chopes e ngunis (incluindo zulus). Povos bantos compreendem 97,8% da população, enquanto o restante, incluindo africanos brancos (em grande parte de ascendência portuguesa), euro-africanos (mestiços de povos bantos e portugueses) e indianos. Cerca de 45 mil pessoas de ascendência indiana residem em Moçambique.

Durante o governo colonial português, uma grande minoria de pessoas de ascendência portuguesa vivia permanentemente em quase todas as regiões do país. No período da independência, eram cerca de 360 mil pessoas. Muitos deles deixaram a região após a independência moçambicana em 1975. De acordo com estimativas, o tamanho da comunidade chinesa em Moçambique é de cerca de 7 mil a 12 mil pessoas.


Igreja de Santo António, na Ilha de Moçambique.

A Ilha de Moçambique é uma cidade insular situada na província de Nampula, na região norte de Moçambique, a qual deu o nome ao país do qual foi a primeira capital. Devido à sua rica história, manifestada por um interessantíssimo património arquitetónico, a Ilha foi considerada pela UNESCO, em 1991 Património Mundial da Humanidade.

A Ilha tem cerca de 3 km de comprimento e 300–400 m de largura. Está orientada no sentido nordeste-sudoeste à entrada da Baía de Mossuril, a uma latitude aproximada de 15º02' S e longitude de 40º44' E. A costa oriental da ilha forma, com as ilhas irmãs de Goa e de Sena (também conhecida por Ilha das Cobras), a Baía de Moçambique. Essas ilhas, assim como a costa próxima, são de origem coralina.

Arquitectonicamente, a Ilha está dividida em duas partes: a "cidade de pedra" e a "cidade de macuti". A primeira tem cerca de 400 edifícios, incluindo os principais monumentos, e a segunda, na metade sul da ilha, tem cerca de 1200 casas de construção precária. No entanto, muitas casas de pedra são igualmente cobertas com macuti.

A Ilha de Moçambique está ligada ao continente por uma ponte com cerca de 3 km de comprimento, construída na década de 1960.


Panorama de Beira.

Beira é uma cidade de Moçambique, capital da província de Sofala. Tem o estatuto de cidade desde 20 de Agosto de 1907 e, do ponto de vista administrativo, é um município com governo local eleito. Desde dezembro de 2013, Beira é um distrito, uma unidade local do governo central, dirigido por um administrador. A cidade é hoje a quarta maior de Moçambique, atrás de Matola, Maputo e Nampula, contando com uma população de 533 825 habitantes, de acordo com o Censo de 2017.

A cidade da Beira foi originalmente desenvolvida pela Companhia de Moçambique, no século XIX, e depois diretamente pelo governo colonial português, entre 1942 e 1975, ano em que Moçambique obteve sua independência de Portugal. Atualmente a cidade se encontra modernizada, embora ainda mantenha algumas áreas degradadas e problemáticas, como é o caso do Grande Hotel da Beira. Depois de Maputo, Beira possui o segundo maior porto marítimo para o transporte internacional de cargas de para Moçambique. Em março de 2019, o Ciclone Idai devastou Beira, destruindo 90% da cidade.