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Guerra do Saara Ocidental (em árabe: حرب الصحراء الغربية, em francês: Guerre du Sahara, em castelhano: Guerra del Sahara Occidental) foi uma luta armada entre o grupo rebelde saarauí Frente Polisário e as forças armadas do Marrocos e da Mauritânia pela descolonização e independência, sendo a fase mais significativa do conflito do Saara Ocidental. A guerra eclodiu após a retirada da Espanha do Saara Espanhol, em conformidade com os Acordos de Madrid (firmados sob a pressão da Marcha Verde), através do qual transferiu o controle administrativo do território para o Marrocos e a Mauritânia, mas não a soberania. No final de 1975, o governo marroquino organizou a Marcha Verde de cerca de 350.000 cidadãos marroquinos, escoltados por cerca de 20.000 soldados, que entraram no Saara Ocidental, tentando estabelecer uma presença marroquina. Apesar de a princípio encontrar apenas uma pequena resistência pela Frente Polisário, o Marrocos depois entraria em um longo período de guerra de guerrilha com os nacionalistas saarauís. Durante o final dos anos 1970, a Frente Polisário, desejando estabelecer um Estado independente no território, lutaria sucessivamente tanto com a Mauritânia tanto com o Marrocos. Em 1979, a Mauritânia retirou-se do conflito depois de assinar um tratado de paz com a Frente Polisário. A guerra continuaria em baixa intensidade em toda a década de 1980, embora o Marrocos fizesse várias tentativas para assumir vantagem em 1989-1991. Foi finalmente alcançado um acordo de cessar-fogo entre a Frente Polisário e o Marrocos em setembro de 1991.




Acordo Tripartite de Madrid.

O Acordo de Madrid, também chamado Acordo Tripartite de Madrid, oficialmente Declaração de Princípios entre Espanha, Marrocos e Mauritânia sobre o Saara Ocidental, foi assinado em 14 de novembro de 1975, em Madrid, entre os representantes da Espanha, Marrocos e Mauritânia. Trata-se de uma declaração política, com vários documentos anexos secretos, referentes ao antigo Saara Espanhol. A declaração política estipulava que a Espanha transferiria a administração do território (mas não a soberania) para uma administração tripartite temporária, composta por Espanha, Marrocos e Mauritânia. O acordo não tem, ainda hoje, reconhecimento jurídico internacional.