Pradópolis
Pradópolis é um município brasileiro do estado de São Paulo, parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Localiza-se a uma latitude 21º21'34" Sul e a uma longitude 48º03'56" Oeste, estando a uma altitude de 538 metros, esta situada a 36 quilômetros de Ribeirão Preto. Sua população estimada em 2024 era de 17 309 habitantes.[2]
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Município do Brasil | |||
Praça Pio XII acima, letreiro de "Boa Viagem" no canto superior esquerdo, Lago Municipal no canto superior direito, Usina São Martinho e paisagem de canavial no canto inferior esquerdo e Cristo de Pradópolis no canto inferior direito. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | pradopolense | ||
Localização | |||
Localização de Pradópolis em São Paulo | |||
Localização de Pradópolis no Brasil | |||
Mapa de Pradópolis | |||
Coordenadas | 21° 21′ 32″ S, 48° 03′ 57″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | Ribeirão Preto | ||
Municípios limítrofes | Barrinha (N), Guatapará (L e S), Guariba (O), Jaboticabal (O) e Motuca (S) | ||
Distância até a capital | 318 km | ||
História | |||
Fundação | 18 de fevereiro de 1959 (65 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Silvio Martins (PSDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 167,202 km² | ||
População total (Censo IBGE 2022[2]) | 17 078 hab. | ||
• Posição | SP: 280º | ||
• Estimativa (2024[2]) | 17 309 hab. | ||
Densidade | 102,1 hab./km² | ||
Clima | tropical (Aw) | ||
Altitude | 538 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,733 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 330 107,422 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 20 268,15 |
Personalidades
editarPradópolis possui personalidades conhecidas no Brasil e no mundo, algumas nascidas no município e outras que viveram por muito tempo na cidade.
Dessas personalidades, incluem:
- Cicinho;
- Mirela Janis;
- Madalena Olivastro;
- Luana Braga Batista.
História
editarOs antecedentes históricos de Pradópolis se confundem no espaço e no tempo com a implantação da lavoura cafeeira, na região da Alta Mogiana. Por volta de 1865, o capitão Gabriel Diniz Junqueira chega à região e inicia a formação da fazenda Santa Maria, com quatorze mil alqueires de café. Os primitivos habitantes do lugar eram os índios Jés, dos Tapuias, Caiapós. Em 1873, com a morte do capitão Gabriel Junqueira, sua viúva vendeu a fazenda Santa Maria a Rodrigo Pereira Barreto, que mudou o nome para Fazenda Eldorado. Em 1889, passou para as mãos da família Antônio Prado, cria-se então a Fazenda São Martinho.
Em 1905, São Martinho já possuía 3,5 milhões de pés de café, sendo considerada a segunda maior fazenda de café do mundo, só suplantada pela Fazenda Dumont, com cinco milhões de pés. Também em 1905, por determinação do coronel Henrique Ribeiro, gerente da Fazenda São Martinho, o engenheiro italiano Giulio Macozzi, executa o traçado de uma vila, em terras da fazenda. Nascia assim Pradópolis. Para incentivar o crescimento da vila, também foi traçado um loteamento agrícola, o Capão Grande, bem próximo do local.[carece de fontes]
A Comunidade, chamada inicialmente Vila Nova, foi crescendo, graças à Cultura do Café.
A imigração foi a solução para o problema da falta de mão-de-obra. E assim, por volta de 1907, começa a Fazenda São Martinho a receber os primeiros imigrantes europeus, destacando-se, pela quantidade, os italianos e mais tarde os japoneses.
No final de 1928, no lugar da primitiva capela é construída a Igreja Matriz. Seu construtor foi Beppino Girolamo. Animadas quermesses marcaram as campanhas para arrecadação de fundos para sua construção. Ser convidado para "festeiro" era considerado uma honra e motivo de orgulho nessas quermesses. Santo Antônio é o padroeiro.
Em 1945, o fim do ciclo do café decretou a extinção dos cafezais da Fazenda São Martinho, em seu lugar cria-se uma usina de açúcar, e isso é uma guinada fundamental nos destinos de Pradópolis. A cultura da cana-de-açúcar se incorpora à economia do município a partir de 1948, com a Usina São Martinho.
: O Distrito de Pradópolis foi criado em 1916, pertencente ao Município de Sertãozinho (um pouco distante), e assim permaneceu até 1938, quando foi transferido de Sertãozinho para Guariba.
Pela Lei 5.285, de 19 de fevereiro de 1959, o distrito de Pradópolis foi desmembrado de Guariba e ganhou sua autonomia administrativa, sendo elevado à categoria de município.
Foi adotado o dia 13 de junho, dia do padroeiro do município, Santo Antônio de Pádua, como data das comemorações, Civil e Religiosa da cidade.
Geografia
editarDemografia
editarDados do Censo - 2010
População total: 17.404
- Urbana: 16.127
- Rural: 1.277
- Homens: 8.901
- Mulheres: 8.503
Densidade demográfica (hab./km²): 104,09
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 11,91
Expectativa de vida (anos): 73,48
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,16
Taxa de alfabetização: 88,50%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,733
- IDH-M Renda: 0,738
- IDH-M Longevidade: 0,822
- IDH-M Educação: 0,650
(Fonte: PNUD/2010)
Hidrografia
editar- Rio Moji-Guaçu
- Ribeirão da Onça
Rodovias
editarComunicações
editarA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[5], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[6], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[7] para suas operações de telefonia fixa.
Economia
editarA atividade econômica que mais se destaca no município é a lavoura de cana-de-açúcar. O setor sucroalcooleiro viveu um espetacular crescimento nesta década. Poucos lugares souberam explorar tão bem a bonança quanto Pradópolis. Desde 2000, o PIB e a arrecadação de impostos municipais triplicaram.
Está sediado na cidade o Grupo São Martinho, um dos maiores produtores de açúcar e etanol do Brasil, que recentemente anunciou a assinatura do acordo definitivo com a empresa norteamericana Amyris Biotechnologies, para construção de uma planta industrial química ao lado da usina, totalizando investimentos próximos a R$ 100 milhões[8],[9],[10],[11],[12].
O grupo São Martinho vai investir R$ 30 milhões (US$ 17,7 milhões) para a construir na sua usina um armazém com capacidade para 60 mil toneladas de açúcar, além da modernização do ramal ferroviário de acesso à fábrica, o que garantirá uma capacidade de transbordo para a ferrovia de até 2 milhões de toneladas de açúcar por ano - dos quais até 650 mil toneladas são produzidas pela própria usina[13].
Referências
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b c «IBGE Cidades - Panorama». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de setembro de 2024
- ↑ «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 11 de junho de 2015
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1
- ↑ Portal do Agronegócio. «São Martinho assina contrato definitivo com a Amyris Biotechnologies». Consultado em 17 de abril de 2010
- ↑ «SP terá primeira usina de diesel de cana». Consultado em 25 de dezembro de 2010
- ↑ «Amyris lança primeira usina de óleo verde». Consultado em 25 de dezembro de 2010
- ↑ «São Martinho caminha para destinar 15% da cana para produtos químicos». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- ↑ «Amyris define comando no Brasil e prepara início da produção local». Consultado em 25 de fevereiro de 2011
- ↑ «Trilhos aproximam São Martinho e Rumo». Consultado em 18 de janeiro de 2011