Quilombo dos Palmares
Palmares, também conhecido como Quilombo dos Palmares, foi uma comunidade de pessoas fugitivas da escravidão durante o período do Brasil Colônia. Localizado na Serra da Barriga, na então capitania de Pernambuco, atualmente parte do município de União dos Palmares, no estado de Alagoas.[1] Palmares foi uma das maiores comunidades de resistência à escravidão no período colonial.[2] Fundado no final da década de 1590, Palmares consolidou-se como um dos maiores redutos de resistência à escravidão no Brasil colonial, reunindo milhares de habitantes e desafiando abertamente a ordem escravista imposta pelo sistema colonial português.[3] Desde 2007, o local abriga o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que celebra a história da comunidade.[4]
Quilombo dos Palmares Angola Janga | |||||||||||||||||
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Mapa da Capitania de Pernambuco com representação do Quilombo dos Palmares, confeccionado pelo pintor e gravurista holandês Frans Post em 1647. Palmares foi o maior quilombo do Brasil colonial.
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Continente | América do Sul | ||||||||||||||||
Região | Alagoas | ||||||||||||||||
Capital | Serra da Barriga | ||||||||||||||||
País atual | Brasil | ||||||||||||||||
Língua oficial | Bantu Português Línguas indigenas | ||||||||||||||||
Religiões | Religiões tradicionais africanas Bucongo Islã Cristianismo | ||||||||||||||||
Forma de governo | Monarquia Confederada | ||||||||||||||||
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Período histórico | Brasil Colonial | ||||||||||||||||
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Embora o termo quilombo seja amplamente usado para descrever Palmares, registros contemporâneos da época utilizavam a palavra “mocambo” para denominar comunidades semelhantes. Palmares foi majoritariamente formado por africanos escravizados que haviam escapado, mas também abrigou outros grupos, como povos indígenas, caboclos e até mesmo colonos portugueses marginalizados, como soldados que desertavam do serviço militar obrigatório.[5]
Estima-se que sua população tenha variado entre 11 mil e 20 mil habitantes na década de 1690, segundo historiadores como Stuart Schwartz, que classificam Palmares como a maior comunidade de fugitivos da escravidão registrada no Brasil.[6][7] Clóvis Moura interpretava Palmares sob uma lente de luta de classes, entendendo-o como uma experiência republicana em que ex-escravizados e outros grupos marginalizados se uniram para formar uma nova ordem social.[8][9] Ele identificava Palmares como um símbolo não apenas de resistência racial, mas também de resistência contra a exploração econômica e social do sistema colonial.[10]
A organização política e social de Palmares refletia influências da África Central, adaptadas ao contexto local de resistência. Inspirada em modelos africanos de liderança comunitária e confederações tribais, a comunidade era governada por líderes afrodescendentes, como Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, que desempenhavam papéis fundamentais tanto na administração quanto na defesa militar.[11][12][13] Estruturas como a distribuição de terras e a hierarquia de cargos administrativos podem ter sido influenciadas por práticas coloniais europeias, mas o núcleo da organização preservava as tradições culturais africanas. O governo tinha um caráter confederado, liderado por um chefe que residia em uma fortificação chamada Macaco, onde eram tomadas decisões estratégicas e administrativas.[14]
Os primeiros ataques ao quilombo datam de 1602, mas foi apenas após a restauração portuguesa em 1654 que as expedições ganharam intensidade. Durante o domínio holandês, as incursões dos Batavos contra Palmares (1644 e 1645) foram marcos importantes, pois destacaram a força organizacional dos quilombolas e a importância geopolítica da região.[15][16] Ainda assim, seria no final do século XVII que o cerco se apertaria, com a mobilização de grandes forças militares, incluindo os bandeirantes paulistas, cujas ações culminaram na destruição de Palmares em 1694.[17][18]
Os quilombolas desenvolveram um sistema agrícola eficiente, produzindo alimentos para consumo interno e troca, além de manterem um exército organizado que enfrentou expedições armadas enviadas pelas autoridades portuguesas.[19] Entre 1680 e 1686, ao menos seis expedições foram enviadas para destruir Palmares, mas todas falharam. Em 1694, no entanto, uma ofensiva liderada pelo governador da Capitania de Pernambuco, Pedro de Almeida, e executada por bandeirantes como Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo, resultou na destruição final da comunidade. Muitos habitantes foram massacrados ou reescravizados, marcando o fim de Palmares como uma comunidade independente.[20][21]
Zumbi, lider de Palmares, foi oficialmente reconhecido como herói nacional pelo governo brasileiro em 1995, durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, quando foi instituído o Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, data de sua morte. Esse reconhecimento ocorreu no contexto de políticas públicas voltadas para a valorização da história e cultura afro-brasileira, em meio a esforços do movimento negro para destacar a resistência à escravidão como parte fundamental da identidade nacional e da luta por igualdade racial no país.[22]
História
editarAscenção e apogeu
editarAs primeiras referências a um quilombo na região remontam a 1580, formado por escravos fugitivos de engenhos da Capitania de Pernambuco.[24][25]
À época das invasões holandesas do Brasil (1624-1625 e 1630-1654), com a perturbação causada nas rotinas dos engenhos de açúcar, registrou-se um crescimento da população em Palmares, que passou a formar diversos núcleos de povoamento (mocambos). Os principais foram: Cerca Real do Macaco, o maior centro político do quilombo, contando com cerca de 1 500 habitações; Subupira, que centralizava as atividades militares, contando com cerca de 800 habitações; Zumbi e Dandara.[26]
Embora não se possa precisar o número de habitantes nos Palmares, uma vez que a população flutuava ao sabor das conjunturas, historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas. No principal mocambo, a Cerca Real do Macaco, calcula-se que viviam em torno de 6 mil pessoas, quase a população do Rio de Janeiro, estimada em aproximadamente 7 mil habitantes no ano de 1660 (incluindo indígenas e africanos).[27] Essa população sobrevivia graças à caça, à pesca, à coleta de frutas (goiaba, caju, abacate e outras) e à agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar). Complementarmente, praticava o artesanato (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia). Os excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, de tal forma que colonos chegavam a alugar terras para plantio e a trocar alimentos por munição com os quilombolas.[28]
Na década de 1640, muitos dos mocambos haviam se consolidado em entidades maiores governadas por reis. Descrições holandesas de Gaspar Barléu (publicado em 1647) e Johan Nieuhof (publicado em 1682) falavam de duas entidades consolidadas maiores, "Grande Palmares" e "Pequeno Palmares". Em cada uma dessas unidades havia uma grande cidade central fortificada que abrigava de 5 mil a 6 mil pessoas. As colinas e vales ao redor estavam cheios de muitos outros mocambos de 50 a 100 pessoas. Uma descrição da visita de Johan Blaer a um dos maiores mocambos em 1645 (que havia sido abandonado) revelou que havia 220 edifícios na comunidade, uma igreja, quatro ferrarias e uma casa do conselho. Igrejas eram comuns em Palmares, em parte porque os angolanos eram frequentemente cristianizados, tanto da colônia portuguesa quanto do Reino do Congo, que era um país cristianizado naquela época. Outros se converteram ao cristianismo enquanto eram escravos. Segundo os neerlandeses, eles usaram uma pessoa local que conhecia algo da igreja como padre, embora não achassem que ele praticasse a religião em sua forma usual. Schwartz observa que as práticas religiosas africanas também foram preservadas e sugere que a representação de Palmares como um assentamento predominantemente cristão talvez reflita confusão ou preconceito por parte dos comentaristas contemporâneos.[29]
De 1680 a 1694, os portugueses e Zumbi, agora o novo rei de Angola Janga, travaram uma guerra quase constante. O governo português finalmente trouxe os famosos comandantes militares portugueses Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo, que construíram reputação lutando contra povos indígenas em São Paulo e depois no vale do São Francisco. Esses homens alistaram forças pernambucanas existentes e aliados indígenas locais, que foram fundamentais na campanha. O ataque final contra Palmares ocorreu em janeiro de 1694. Mocambo do Macaco, o principal assentamento, caiu; relatos sugerem uma luta amarga que viu 200 habitantes de Palmares se matarem em vez de se renderem e enfrentarem a reescravização.[29]
Repressão e queda
editarCom a expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil, acentuou-se a carência de mão-de-obra para a retomada de produção dos engenhos de açúcar da região. Dado o elevado preço dos escravos africanos, os ataques a Palmares aumentaram, visando a recaptura de seus integrantes. A prosperidade de Palmares, por outro lado, atraía atenção e receio, e o governo colonial sentiu-se obrigado a tomar providências para afirmar o seu poder sobre a região. Em carta à Coroa Portuguesa, um governador-geral reportou que os quilombos eram mais difíceis de vencer do que os neerlandeses. Foram necessárias, entretanto, cerca de dezoito expedições, organizadas desde o período de dominação holandesa, para erradicar definitivamente o Quilombo dos Palmares.[28]
Após várias investidas relativamente infrutíferas contra Palmares, em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante Domingos Jorge Velho iniciaram uma empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados, inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e, mediante a promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado em troca da revelação do esconderijo do líder, Zumbi foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro de 1695.[30] A cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública no Pátio do Carmo, no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos.[31] Sem a liderança militar de Zumbi, por volta do ano de 1710, o quilombo se desfez por completo.[28][32]
Geografia
editarSerra da Barriga
editarSerra da Barriga está situada no município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Reconhecida como um importante marco histórico e cultural, a Serra da Barriga foi o principal cenário do Quilombo dos Palmares, um dos maiores símbolos da resistência negra à escravidão no Brasil. Durante o período do quilombo, a serra fazia parte da Capitania de Pernambuco e serviu como refúgio para milhares de escravizados fugidos e outros grupos marginalizados que se organizavam em comunidades autônomas.[33][34]
Geograficamente, a Serra da Barriga integra o Planalto Meridional da Borborema, uma unidade geomorfológica formada por terrenos cristalinos sujeitos à ação de um clima tropical quente e úmido. A área ocupa cerca de 27,97 km², com um comprimento de aproximadamente 8,6 km e largura máxima de 3,35 km. Ela é delimitada por vales como o do riacho Açucena ao sul e o riacho Pichilinga ao norte, apresentando uma paisagem que combina áreas de mata atlântica e vegetação adaptada ao clima da região.[35]
Durante o século XVII, a Serra da Barriga tornou-se o coração do Quilombo dos Palmares, um complexo de aldeias liderado por figuras emblemáticas como Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares. Localizada em uma posição estratégica, com altitudes que variam entre 400 e 500 metros, a serra oferecia vantagens naturais de defesa contra as constantes expedições punitivas organizadas por forças coloniais e particulares para desmantelar o quilombo.[36][37]
Em 1986, a Serra da Barriga foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio cultural brasileiro. Esse reconhecimento destacou a importância histórica do local como símbolo da luta por liberdade e resistência.[38]
No alto da serra, foi inaugurado em 2007 o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, um espaço único no Brasil, dedicado à preservação da memória da República dos Palmares, considerada o maior e mais organizado quilombo das Américas. O parque apresenta reconstruções de edificações quilombolas, feitas com técnicas tradicionais como o pau-a-pique, e incorpora elementos das culturas banto e iorubá. Além disso, oferece mirantes, espaços culturais, o restaurante Kúuku-Wáana, e o palco Batucajé, que recebe eventos culturais. Entre 2022 e 2023, o parque registrou um aumento de 14,18% no número de visitantes, consolidando-se como referência histórica e educativa no Brasil[39]
Atualmente, a Serra da Barriga é um destino turístico e educativo, especialmente durante as celebrações do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, data associada à morte de Zumbi dos Palmares em 1695. O local atrai visitantes interessados em conhecer a história da resistência negra no Brasil e valorização na cultura afrodescendente.[40]Características
editarPalmares era uma sociedade complexa, com defesas elaboradas como cercas e armadilhas, além de um mix religioso que combinava catolicismo e crenças africanas. Sua economia era baseada na agricultura, e suas casas eram feitas de madeira e palmeiras. O povoado possuía uma estrutura de governo com assembleias e um mercado, e seus habitantes viviam em ruas organizadas, com cerca de 2 mil casas e criação de animais domésticos.[41]
Técnicas de luta
editarEmbora seja frequentemente argumentado que os habitantes de Palmares se defendiam usando a arte marcial chamada capoeira, não há evidências documentais de que os moradores de Palmares realmente usassem esse método de luta.[42] A maioria dos relatos os descreve como armados com lanças, arcos, flechas e armas de fogo.[43] Eles conseguiram adquirir armas negociando com os portugueses e permitindo que pequenos criadores de gado usassem suas terras. A guerrilha era comum; os habitantes de Palmares, familiarizados com o terreno, usaram camuflagem e ataques surpresa a seu favor. As fortificações dos próprios acampamentos de Palmares incluíam cercas, muros e armadilhas.[29]
Trabalho forçado
editarAs relações de trabalho forçado encontradas dentro dos quilombos não podem ser enquadradas na mesma condição dos regimes escravocratas latino-americanos, porque se tratavam da sujeição de indivíduos aprisionados, inimigos de guerra, ao trabalho forçado. Estes indivíduos eram provenientes de etnias diferentes, considerando que a África seja um continente inteiro, repleto de reinados ideologicamente divergentes entre si. Zumbi não era, afirmam estudiosos do Museu Afro Brasil, um líder libertário com foco na libertação dos negros da mesma forma que se põem as questões raciais atuais, mas focava na proteção dos indivíduos de sua etnia, cultura e regionalidade. O Museu AfroBrasil indica que: “Estado” dentro do quilombo era baseado em um tipo de “Estado africano” — o chefe (chamado de rei por força de expressão) era eleito, contestado e até podia chegar ser afastado por uma assembleia geral dos quilombolas. Mas isso não significa que Palmares era uma democracia: o local ainda tinha muitas das características sociais do século".[44]
Esta prática levou vários teóricos a interpretarem a prática dos quilombos como um conservadorismo africano, que mantinha as diversas classes sociais existentes na África, incluindo reis, generais e escravos.[45]
Para alguns autores, no entanto, a escravidão nos quilombos em nada se assemelharia à escravidão dos brancos sobre os negros, sendo os escravos considerados como membros das casas dos senhores, aos quais deviam obediência e respeito.[46] Para estes autores, a prática da escravidão teria dupla finalidade:[46] aculturar os escravos recém-libertos às práticas dos quilombos, que consistiam em trabalho árduo para a subsistência da comunidade, já que muitos dos escravos libertos achavam que não teriam mais que trabalhar, e diferenciar os ex-escravos que chegavam aos quilombos pelos próprios meios (escravos fugidos, que se arriscavam até encontrar um quilombo. Sendo, neste trajeto, perseguidos por animais selvagens e pelos antigos senhores, e ainda, correndo o risco de serem capturados por outros escravistas), daqueles trazidos por incursões de resgates (escravos libertados por quilombolas que iam às fazendas e vilas para libertar escravos).
Por outro lado, outros autores apontam a existência de uma escravidão até mesmo predatória por parte dos habitantes do quilombo dos Palmares, que realizavam incursões nos territórios vizinhos, de onde traziam à força indivíduos para trabalharem como escravos em suas plantações, desenvolvendo assim uma espécie de "escravismo dentro da própria 'república'".[47][48] Escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos também eram capturados e convertidos em cativos dos quilombolas.[49]
Historiografia
editarEm seu artigo "Repensando Palmares: Resistência Escrava no Brasil Colonial", Schwartz desafia um pouco a concepção historiográfica de Palmares como uma transposição direta da cultura angolana e das estruturas sociopolíticas, escrevendo: "Muito do que passava por 'etnia' africana no Brasil eram criações coloniais. Categorias ou agrupamentos como 'Congo' ou 'Angola' não tinham conteúdo étnico em si mesmos e frequentemente combinavam povos vindos de amplas áreas da África que antes da escravidão compartilhavam pouco senso de relacionamento ou identidade." Em vez disso, ele caracteriza Palmares como uma sociedade híbrida que combina tradições de vários grupos africanos. Ele atribui a etimologia da palavra quilombo ao ki-lombo, um campo de circuncisão comum entre os ambundos de Angola que serviu para forjar a unidade cultural entre grupos étnicos locais díspares e argumenta que essa prática pode ter influenciado a diversidade de Palmares. Ele também observa a estratificação de classes dentro do quilombo; aqueles sequestrados em ataques eram frequentemente escravizados pelo povo de Palmares. Ele destaca ainda uma interdependência econômica entre os habitantes de Palmares e os portugueses brancos que viviam nas proximidades, manifestada na troca regular de mercadorias.[29]
A historiadora Alida C. Metcalf cita descobertas arqueológicas recentes no sítio de Palmares que “revelam uma extensa influência indígena” para defender uma “imagem da comunidade como formada por indígenas e africanos em busca da liberdade”.[50]
Legado
editarParque Memorial Quilombo dos Palmares
editarO Parque Memorial Quilombo dos Palmares, criado em 2007 na Serra da Barriga (AL) e tombado pelo IPHAN em 1985, recria em tamanho natural o ambiente da histórica República dos Palmares, o maior e mais duradouro quilombo das Américas. O espaço conta com construções típicas como casas de farinha e ervas, ocas indígenas e locais simbólicos que preservam a cultura negra, além de áudio em quatro idiomas narrando a história do quilombo.[51]
Único parque temático no Brasil dedicado à cultura negra, oferece atrações como mirantes, culinária afro-brasileira e apresentações culturais. Em 2023, registrou um aumento de 14,18% no número de visitantes no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2022, reforçando sua relevância como referência histórica, cultural e educacional.[51]
Impacto cultural
editarFilmografia
editar- Ganga Zumba, de Cacá Diegues, 1963[52]
- Quilombo, de Cacá Diegues, 1983[53]
- Guerras do Brasil - As guerras de Palmares, Luiz Bolognesi, 2019[54]
Ver também
editarReferências
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