Rainer Maria Rilke
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Maio de 2017) |
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Novembro de 2020) |
Rainer Maria Rilke, por vezes também Rainer Maria von Rilke (Praga, Império Austro-Húngaro, atual República Tcheca, 4 de dezembro de 1875 — Valmont, Suíça, 29 de dezembro de 1926) foi um poeta de língua alemã do século XX. Escreveu também poemas em francês.
Rainer Maria Rilke | |
---|---|
Rilke em 1900, aos 24 anos de idade | |
Nome completo | René Karl Wilhelm Johann Josef Maria Rilke |
Nascimento | 4 de dezembro de 1875 Praga, Império Austro-Húngaro, atual ![]() |
Morte | 29 de dezembro de 1926 (51 anos) Montreux, ![]() |
Nacionalidade | ![]() |
Cônjuge | Clara Westhoff (1901, 1 filha) |
Ocupação | Poeta e novelista |
Magnum opus | As Elegias de Duíno |
Assinatura | |
![]() |
BiografiaEditar
Nasceu em Praga, na Boémia, (actual República Checa), então pertencente ao Império Austro-Húngaro, e mudou seu nome, originalmente René, para Rainer.
Rilke fez seus estudos nas universidades de Praga, Munique e Berlim. Em 1894 fez sua primeira publicação, uma coleção de versos de amor, intitulados Vida e canções (Leben und Lieder).
Alguns anos depois, em 1899, Rilke viajou para a Rússia a convite de Lou Andreas-Salomé, a escritora e depois psicanalista, filha de um general russo, e que foi sua amante por longos anos. Sua passagem pela Rússia imprimiu uma inspiração religiosa em seus poemas. Rilke passou a enxergar a natureza, dadas as dimensões e exuberância das paisagens russas, como manifestação divina presente em todas as coisas. Sobre este aspecto publicou em 1900 a coleção Histórias do bom Deus.
Em 1901 casou com Clara Westhoff, da qual logo se separou. O século XX trouxe para a poesia de Rilke um afastamento do lirismo e dos simbolistas franceses com os quais ele se identificara. Em 1905, publicou O Livro das Horas de grande repercussão à época. Nesta obra, seus poemas já apresentavam um estilo concreto, bem característico desta sua fase.
Em 1902 foi para Paris, onde trabalhou como secretário do escultor Auguste Rodin entre 1905 a 1906. Rodin exerceu grande influência sobre o poema de Rilke, que se reflete em suas publicações de 1907 a 1908.
Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Rilke morava em Munique e lá permaneceu durante todo o conflito. Antes de se mudar para Munique, ele viveu na região do Trieste e publicou, em 1913, a A vida de Maria (Das Merien Leben) e iniciou a redação de Elegias de Duíno (Duineser Elegien), texto que só viria a ser publicado em 1923. Duíno era um castelo na região de Trieste, Itália, onde Rilke morou por dois anos antes da Guerra, a convite da princesa Maria von Thurn und Taxis. Após o conflito na Europa, Rilke mudou-se para a Suíça, a última de suas pátrias de eleição, onde viveu seus últimos anos.
Características literáriasEditar
Rilke possui uma obra original, marcada pelo tratamento da forma e pelas imagens inesperadas. Celebra a união transcendental do mundo e do homem, numa espécie de "espaço cósmico interior".
Sua poesia provocava a reflexão existencialista e instigava os leitores a se defrontarem com questões próprias do desencantamento da primeira metade do século XX.
Sua obra foi influenciada pelo Expressionismo e influenciou muitos autores e intelectuais de diversas partes do mundo.
Obras principaisEditar
- Leben und Lieder (Vida e Canções) - 1894
- Geldbaum - 1901
- Das Buch der Bilder (O Livro das Imagens) - 1902
- Die Weise von Liebe und Tod des Cornets Christoph Rilke - 1904 (A Canção de Amor e de Morte do Porta-Estandarte Cristóvão Rilke, tradução de Cecilia Meireles, Ilustrações de Arpad Szenes, 1947)
- Stundenbuch (O Livro das Horas) - 1905
- Neue Gedichte (Novos Poemas) - 1907-1908. Neles figuram os Ding-Gedichte (Poemas objetivos), e entre eles o “Archaischer Torso Apollos” (Torso Arcaico de Apolo), traduzido no Brasil por Manuel Bandeira.
- Das Marien Leben (A Vida de Maria) - 1913
- Die Aufzeichnungen des Malte Laurids Brigge (Os Cadernos de Malte Laurids Brigge) - 1910
- Duineser Elegien (Elegias de Duíno) - 1923
- Sonette an Orpheus (Sonetos a Orfeu) - 1923
- Briefe an einen jungen Dichter (Cartas a um Jovem Poeta) - 1929 – publicação póstuma.
Referências
- Rios Bonfim, Rita (2011). Poemas e Pedras. Poesia em Pedra. Uma abordagem da correspondência entre a poesia e a escultura com base em obras de Rodin e Rilke. São Paulo: Edusp. ISBN 9788531412394