Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança

O Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança constitui um dos ramos da Família Imperial Brasileira.[1] Tendo como sua origem o casamento da princesa Leopoldina do Brasil, com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota.[2]

Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança
Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança
Brasão de Saxe-Coburgo e Bragança
Estado Império do Brasil
Ducado de Saxe-Coburgo-Gota
Título Príncipe do Brasil
Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota
Duque de Saxe
Origem
Fundador Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e
Leopoldina do Brasil
Fundação 1864
Casa originária Saxe-Coburgo-Koháry (agnático)
Bragança
(cognático)
Atual soberano
Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança
Linhagem secundária
Nenhuma

História editar

 
Família de Saxe-Coburgo e Bragança em 1900

O ramo teve origem com o casamento da princesa D. Leopoldina do Brasil, filha do imperador D. Pedro II do Brasil, com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, celebrado em 15 de dezembro de 1864. Um Brasil com a linhagem de Saxe-Coburgo-Gota fazia parte da estratégia da Duquesa de Kent para conseguir mais influência e oferecer uma aliança com o país.[3] Desta união foram gerados quatro filhos;[2] entretanto, somente os dois mais velhos, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, permaneceram com a nacionalidade brasileira. Pedro Augusto não teve descendência e passou a chefia do ramo aos descendentes de seu irmão, que já era falecido quando D. Pedro Augusto morreu.[4]

Augusto Leopoldo, exilado em Viena, Império Austro-Húngaro, casou-se em 1894 com a arquiduquesa Carolina da Áustria-Toscana, neta do Grão-Duque Leopoldo II de Toscana. Dessa união, nasceram oito filhos, dos quais a princesa Teresa Cristina (nascida em 1902) foi a única que permaneceu com a nacionalidade brasileira, bem como seus filhos.[5]

 
Castelo de Schladming na Áustria, residência no exílio da família até 1940

Teresa Cristina casou-se em Salzburgo com o barão Lamoral Taxis de Bordogna e Valnigra, radicado na Itália e pertencente à família principesca de Thurn e Taxis. O barão permitiu que seus filhos fossem registrados como brasileiros,[5] para que pudessem permanecer na linha sucessória dos Braganças brasileiros. Esse casal deixou como herdeiro de seus nomes e tradições Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança.

 
Família Saxe-Coburgo e Bragança em 1985

Entre os membros deste ramo não se mentém a dignidade de Dom, pelas regras nobiliárquicas luso-brasileiras, tal título não é transmitido pela via materna, no caso D. Leopoldina. Entretanto, após a morte de Dona Leopoldina, seus dois primeiros filhos, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, foram levados ao Brasil para serem criados como herdeiros do trono imperial brasileiro, haja vista a dificuldade da princesa imperial, D. Isabel, para gerar filhos.[6] Os príncipes Augusto Leopoldo e Pedro Augusto receberam o tratamento de Alteza e de Dom, sendo, para todos os efeitos, príncipes do Brasil. Entretanto, tal condição fragilizou-se com o nascimento de D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, primogênito de D. Isabel e do conde d'Eu, e de seus irmãos.[7]

Chefes do ramo de Saxe-Coburgo e Bragança editar

  1. Leopoldina de Bragança (1847–1871). Filha do imperador D. Pedro II e da imperatriz D. Teresa Cristina.
  2. Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança (1871–1934). Filho mais velho de Leopoldina e do príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota.
  3. Teresa Cristina de Saxe-Coburgo e Bragança (1934–1990). Filha de Augusto Leopoldo e da arquiduquesa Carolina de Áustria-Toscana.
  4. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança (1990–). Filho de Teresa Cristina e do barão Lamoral Taxis de Bordogna e Valnigra.

Lista de membros notáveis editar

Ver também editar

Referências

  1. Genealogia de Leopoldina Teresa, a fundadora do Ramo
  2. a b Pausini 2017, p. 443.
  3. Pausini 2017, pp. 440, 443.
  4. SAXE-COBURGO E BRAGANÇA, Dom Carlos de. Princesa Leopoldina. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vol. 243, 1959, pp. 75, 80-81.[2] Arquivado em 21 de dezembro de 2010, no Wayback Machine
  5. a b Lessa, Clado Ribeiro de (1951). «O Segundo Ramo da Casa Imperial e a nossa Marinha de Guerra». Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro. 211: 118-133. ISSN 0101-4366 
  6. Barman 2002, pp. 123–124
  7. Bragança 1966, p. 205

Bibliografia editar