Relógios públicos de Nichile
Os relógios públicos de Nichile foram um conjunto de relógios públicos instalados nas cidades de São Paulo, Santos e Guarujá que tinham espaços para propaganda presentes na própria estrutura dos postes que sustentavam os relógios. Tratava-se de seis relógios localizados em logradouros distintos da cidade brasileira de São Paulo, bem como dois outros exemplares instalados nas cidades de Santos e Guarujá. Deles, restou apenas o exemplar da Praça Antônio Prado, no centro da cidade de São Paulo, que foi tombado pelo seu valor histórico no ano de 1992.[1] A iniciativa de instalação de tais relógios remonta à primeira metade do século XX, quando o então publicitário Octávio de Nichile pretendia vender os espaços para propaganda presentes na própria estrutura dos postes que sustentavam os relógios, uma ideia inovadora na época.[1] O exemplar da Praça Antônio Prado foi inaugurado em 5 de abril de 1935[2] e, desde a morte de Octávio de Nichile no ano de 1986, sua manutenção ficou sob os cuidados de seus filhos.[3] Eram construídos pela empresa Relógios Michelini.

LocalizaçãoEditar
- São Paulo
Dentre os seis relógios de Nichile da cidade de São Paulo, alguns dos quais substituíam relógios da própria prefeitura, constavam:[4]
- Estação Brás (então conhecida como "Estação do Norte")
- Largo do Arouche
- Largo São Bento (então conhecido como "Largo de São Bento")
- Praça Antônio Prado (então conhecida como "Largo do Rosário")
- Praça Ramos de Azevedo
- Praça da Sé
- Litoral paulista
Localização | Inauguração | Referências |
---|---|---|
Extintos | ||
Casa Hanau & Cia. (3 mostradores), São Paulo - SP | 1909 | [5] |
De Níchile (Largo do Arouche), São Paulo - SP | 1930 a 1933 | [6][7] |
De Níchile (Estação do Norte), São Paulo - SP | 1930 a 1933 | [6][7] |
De Níchile (Pça. Ramos de Azevedo), São Paulo - SP | 23 de dezembro de 1933 | [6][8] |
De Níchile (Pça. da Sé), São Paulo - SP | 1° de maio de 1934 | [6][9] |
Relógio do Gonzaga (De Níchile), Santos - SP | 9 de julho de 1936 | [10] |
Pitangueiras (De Níchile), Guarujá - SP | posterior a 1935 | [10][11] |
Referências
- ↑ a b Folha: Relógio de 75 anos no centro é liberado da Lei Cidade Limpa para sobreviver
- ↑ Novo Milênio: Famosos relógios públicos da cidade
- ↑ Revista Veja: Conheça um dos relógios públicos mais antigos da capital
- ↑ Acervo Folha
- ↑ «Noticias diversas». O Estado de S. Paulo. 4 páginas. 1 de junho de 1909
- ↑ a b c d «Vão ser installados novos relogios publicos nas praças da Sé, Ramos de Azevedo e S. Bento». 1a Folha da Noite. 1 páginas. 23 de agosto de 1933
- ↑ a b «Novo typo de relogios publicos». O Estado de S. Paulo. 6 páginas. 5 de outubro de 1930
- ↑ «Os relogios publicos "De Nichile"». Folha da Manhã. 22 de dezembro de 1933
- ↑ «Um relogio da praça da Sé». O Estado de S. Paulo. 5 páginas. 4 de maio de 1934
- ↑ a b Viviane Pereira (9 de agosto de 2011). «Resgatado mais um pedaço da história de Santos». Santos. A Tribuna: 16-18. Consultado em 7 de setembro de 2013. Arquivado do original em 15 de outubro de 2013
- ↑ «Um antigo relógio público em Pitangueiras». Novo Milênio. Consultado em 7 de setembro de 2013
Ligações externasEditar
- «Conheça um dos relógios públicos mais antigos da capital». Artigo da revista Veja